Procurando um livro de mistério, levei para casa o nome de Lauren.

Lauren era roxo.

Apresentando uma linha esotérica, demorei longos meses para decifrar cada traço ambíguo de suas expressões. Introspectiva, cada ação sua era processada em cada conjunto de minhas sinapses e seguia com uma teimosia obstinada de uma criança seus passos pela cidade.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Lauren era uma incógnita que nunca pude decifrar por completo. Seus dedos deslizavam pelos papéis do jornal enquanto seus olhos, que continham o brilho da desconfiança de um gato, analisavam-me por completo e ela sintetizava frases das quais nunca me possibilitei decifrar. Contudo, sua aura reproduzia uma jovem com a tendência de se isolar ao se deparar com algum acontecimento insólito. Lauren era melancólica.

Sua personalidade enigmática era o que me encantava, portanto, ao me encontrar passos de decodificar suas linhas faciais, distanciei-me da mulher que se vestia como uma duquesa inglesa ao guardar o livro por entre as prateleiras da mesma biblioteca, em que eu a conheci aos meus vinte e cinco anos.