Dark Night

Capítulo 4 de Dark


Tasha estava vendo TV esperando o sono chegar, já havia deitado, mas se levantou e foi para a sala. Ela estava na casa segura, não pôde ir para seu apartamento, não era seguro, nunca se sabia o que Madeline seria capaz de fazer para pegá-la. Após o confronto no aeroporto eles foram para o FBI e Reade a encaminhou junto com dois agentes para um locar onde Madeline não tivesse meios de encontrá-la, deu a ela um telefone irrastreável e deixou o dela no FBI. Patterson foi com um agente até a casa de Tasha e lhe trouxe roupas e pertences pessoais. O lugar era muito impessoal, frio e sem cor, mas pelo menos ela estava segura.
Tasha pegou o telefone, ela sabia o que queria fazer, mas não sabia se devia. Sem pensar muito ela chamou um dos poucos números que estavam registrados no telefone.
— Alô! – Reade acordou assustado com o toque do telefone.
— Oi. Sou eu. – Tasha do outro lado da linha meio sem graça por tê-lo acordado.
— Está tudo bem? Os agentes estão aí? O que houve? – Ele se levantou rapidamente e já ia se arrumando para sair.
— Está tudo bem, sim. Não é nada, desculpe se te acordei.
— Você me assustou. Não tem problema, pensei que tivesse acontecido alguma coisa. – Ele se sentou aliviado.
— Bom saber que você se preocupa comigo. – Ela falou com um pequeno sorriso.
— Sempre. O que houve para você me ligar?
— Nada, só estava sem sono e estou presa aqui, não posso sair e dar uma volta. – Ela falou desanimada.
— Nem pense. Fique quieta aí, nós não sabemos se Madeline está te procurando.
— Fica tranquilo, não vou a lugar nenhum.
— Quer que eu vá aí? – Ele perguntou num impulso. – Quer dizer, posso levar uma bebida.
— Não precisa, pode voltar a dormir.
— Eu vou, agora já acordei mesmo, nem sei se consigo dormir depois desse susto.
— Me desculpa. – Ela falou sem muito arrependimento.
— Não importa, eu não ligo. Estou indo.
Tasha ficou nervosa esperando Reade. Já fazia tempo que não conversavam e nem ficavam muito próximos. Ouviu uma batida na porta e era a agente responsável por sua segurança.
— Senhorita Zapata, o Sr Reade está aqui e quer falar com você. – A agente falou.
— Tudo bem, pode deixar ele entrar. – Ela consentiu.
— Quase não me deixam entrar. – Reade disse rindo ao entrar.
— Foram suas ordens. – Ela também riu.
— É, foram sim. Eu trouxe uma bebida, talvez assim você consiga dormir. – Ele disse mostrando a garrafa de uísque com mais da metade da bebida.
Tasha pegou os copos e ele lhes serviu. Eles brindaram e Tasha bebeu boa parte do conteúdo em um só gole fechando os olhos e deixando o álcool penetrar em suas veias.
— Ei, vai com calma! Vai ficar bêbada. Ele advertiu.
— Que nada, só preciso relaxar um pouco pra dormir, lembra? – Ela disse.
— Eu gostaria de me desculpar, por tudo. – Ela disse olhando pra ele.
— Tudo bem. Eu deveria ter entendido que você estava fazendo seu trabalho, mas ao invés disso eu explodi e te disse coisas horríveis. – Ele disse arrependido.
— Eu mereci, afinal eu que fui embora sem dar satisfação, sem atender seus telefonemas.
Eles sentaram no sofá e continuaram bebendo e conversando, de tempos em tempos flertavam e acabavam se esbarrando por querer. A garrafa já estava quase no fim e Tasha sentia o álcool no seu corpo.
— Acho melhor parar. – Ela disse colocando o copo na mesinha de centro.
— Eu também, tenho que trabalhar de manhã. – Ele também colocou seu copo na mesa.
Reade levantou e Tasha se levantou também.
— Vou embora. Vou deixar você dormir.
— Não vá ainda. – Tasha o encarou segurando o braço dele.
— Você quer que eu fique? – Ele a encarou com olhar malicioso.
— É, você pode dormir no sofá. Ou você dorme na cama e eu durmo no sofá. – Ela soltou o braço dele e passou a mão no cabelo meio sem jeito.
Reade levantou o queixo dela e disse olhando para ela.
— Eu quero ficar. – Ele a puxou para si e a beijou. Tasha o abraçou e se deixou levar pelo beijo.
Há muito tempo os dois queriam isso, mas a saída repentina dela fez com que se afastassem, aconteceram tantas coisas nesse intervalo que eles nem sabiam se conseguiriam superar e ter outra chance de tentar de novo. A proximidade que estavam agora poderia ter sido estimulada pela quantidade de álcool que ingeriram que só fez com que o inevitável acontecesse.
— Eu não vou dormir no sofá. – Ele disse ao interromper o beijo.
— Eu também não vou. – Ela respondeu sorrindo.
Eles foram para o quarto e se amaram até ficarem exaustos. Logo dormiram. Não dava para saber se foi o álcool ou a companhia um do outro que fez com que dormissem tão rapidamente, mas a verdade é que junto com Reade, Tasha se sentia segura e em casa.
Ela ainda dormia quando Reade acordou. Ele se arrumou sem fazer barulho, mas não queria sair e deixa-la assim. Ele se aproximou com cuidado e tocou o rosto dela chamando baixinho para não assustá-la.
— Ei, Tasha. Acorde.
— Hum. Oi. – Ela respondeu sonolenta.
— Tenho que ir, preciso passar em casa.
— Tudo bem. – Ela disse sentando-se na cama. – Eu tenho motorista particular. – Ela riu se referindo aos agentes que estavam lá fora.
— A gente se encontra no FBI. Ele se aproximou e a puxou para ele e a beijou.
Eles não sabiam quando conseguiriam prender Madeline para que Tasha pudesse voltar a andar nas ruas com segurança, mas tentariam fazer isso juntos e ela jurou a si mesma que nunca mais esconderia nada de Reade e nem da equipe do FBI, pois ela já conhecia as consequências por todas as vezes que escondera algo deles.

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