Last Chance

Capítulo 12


Edward deixou a filha na casa dos pais de Bella. Haveria uma reunião de família e eles queriam que ela participasse, para que todos a conhecessem. Ele foi convidado, apenas por educação, é claro, mas acabou recusando. Além de se sentir deslocado e de Charlie ainda o odiar e achar que ele tinha algo a ver com o tiro levado por Bella, Edward recusou, pois assim poderia ir atrás de Caius Volturi, irmão de Jane e Félix.

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Demorou um tempo, mas ele finalmente havia encontrado Caius. Não sabia se Jane deu o recado a eles ou se eles simplesmente imaginaram que Edward iria atrás deles. Tudo o que ele sabia era que eles sumiram do mapa. O que foi bom, pois cessou as operações deles.

Entrou no apartamento e correu para pegar o notebook e reservar uma passagem de avião. Teria que ser rápido, não gostava de ficar longe da filha e não queria dar trabalho aos Swan.

—Droga! Isso é hora de não ligar? - Resmungou se controlando para não jogar o aparelho na parede. Ele entendia um pouco de computação, mas não estava com tempo para isso agora. Teria que usar o de Bella, ele ficava guardado no armário. - Obrigado por não ter colocado senha, embora seja meio insensato isso. - Bella era muito inocente, na opinião de Edward. O notebook ligou e ele sorriu ao ver o papel de parede. Era uma foto do que parecia ser um ensaio fotográfico de gestante. Bella estava linda e sorridente e ele acessou a pasta de fotos para ver mais, mas uma pasta chamou a atenção dele, o nome era Grécia.

—Caramba! Você gosta mesmo de fotos. - Tinha 1500 fotos na pasta e alguns vídeos. Clicou em um e era Bella mostrando o mar.

[...]

Isso é incrível. - O foco saiu do mar e o rosto de Edward surgiu na tela.

—Deveria tirar menos fotos e aproveitar mais. - Tirou a câmera das mãos dela e colocou em cima da sacada do hotel. Não dava para ver os rostos deles, mas o áudio estava bem nítido.

—Estou aproveitando, mas queria ter registros de que tudo isso foi real.

—Bem, esse lugar é meio que inesquecível, não acha?

—Sim. É claro. Mas não me referia ao local em si, mas nas coisas que fiz.

—Sair em lua de mel com um desconhecido, é o que você quis dizer?

—Também. - Ela riu e ele passou os braços em volta dela. - Pelo que me lembro, essa é a primeira vez que faço as coisas por impulso e estou me divertindo muito. Então, se consigo fazer isso, consigo fazer qualquer coisa.

—Você só precisa querer e agir. Às vezes é bom deixar de ser um pouco certinha.

—Eu não sou certinha. - Reclamou fazendo uma careta.

—É sim. Você é do tipo que salva criancinhas, o meio ambiente e que ajuda os necessitados.

—E todos não deveriam ser assim? - Retrucou se afastando dele e pegando a câmera de volta.

—Nada de me filmar. - Pediu escondendo o rosto com as mãos.

—O que tem? Ninguém vai ver mesmo.

—Então ninguém vai ver o meu rosto? - Perguntou desligando a câmera, mas ele não precisava do vídeo para se lembrar do resto da conversa.

—Por que tem tanto medo de alguém ver o seu rosto? Tem alguma esposa ou namorada e está com medo dela descobrir onde está?

—É claro que não. Sou completamente solteiro, mas não gosto de fotos. - Desconversou.

—Sei… - Ela sabia que ele estava escondendo algo, mas não insistiria para saber. - Enfim, não se preocupe. A única que já viu o seu rosto é a Rosalie. Ela, assim como os meus pais, achava que as fotos que postei eram montagem, então tive que mandar uma de nós dois para provar que era verdade. E a propósito, ela te elogiou bastante e disse que você é mil vezes melhor do que o Clarence.

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—Clarence? - Edward segurou o riso.

—Meu ex. - Explicou segurando o riso também. - Clarence Terceiro. – Ergueu os três dedos do meio da mão direita.

—E ainda tem um numeral no nome. Muito legal. - Assobiou e ela o cutucou.

— Enfim. Você foi aprovado.

—Rosalie seria a…?

—Minha melhor amiga. Ela é ótima, mas um pouco enxerida.

—Tenho um amigo assim também e uma irmã.

—Não sabia que tinha uma irmã. - Ele não gostava de falar sobre a vida pessoal dele.

—Eu tenho. - Não daria maiores detalhes. - E você?

—Sou filha única, mas considero a Rosalie como minha irmã. Ela me ajuda muito e é bem protetora.

—É bom ter amigos assim.

—Tenho muita sorte. Os meus pais são incríveis também. - Declarou com saudade deles. Ligaria para eles depois, ou não, recebeu mensagens furiosas deles.

—Você é uma boa pessoa e merece ser protegida.

—Assim como as criancinhas e o meio ambiente. – Provocou e ele fez cócegas nela. – Se eu sou do tipo que salva eles, você é do tipo que empurra criancinhas e chuta gatinhos?

—Se elas não estiveram na minha frente me atrapalhando, eu não vou empurrá-las. – Bella o olhou em choque e deu um tapa no ombro dele. – Só estou brincando, com relação às criancinhas, é claro, porque com os gatos, eu posso ou não ter chutado um. – Deu de ombros se lembrando do gato de Alice, ela nunca soube a verdade.

—Você é muito malvado, Edward. – Correu o dedo pela tatuagem nas costas dele. – Ela é linda. – Edward tinha uma fênix tatuada nas costas. Ela começava bem em cima dos ombros dele e se estendia até embaixo, com as penas esvoaçantes.

—Por que não faz uma? – Sugeriu e ela riu.

—Deveria fazer um ursinho fofinho?

—Poderia fazer vários pássaros ao longo das suas costas. – Infiltrou a mão por dentro da blusa dela. – Daqui, até aqui. – Correu o dedo causando arrepios nela.

—É uma ideia bem interessante, mas eu sou doadora de sangue, então não posso fazer uma tatuagem.

—É claro que você é doadora. Boazinha demais. – Cantarolou e ela o empurrou entrando no quarto.

—Poderia ficar um tempo sem doar e depois voltaria sem o menor problema.

—Vou pensar.

—Se fizer me mande uma foto que isso eu vou querer ver.

—Depois daqui é cada um por si, então vai ter que ficar curioso se eu fiz ou não. – Provocou e ele a pegou no colo e a jogou na cama.

—Vai mesmo me deixar curioso? – Começou a beijar o pescoço dela.

—Quem é a boazinha agora?

[...]

—Você ainda é a boazinha, Bella e não merecia o que te aconteceu. Eu vou fazê-los pagar por isso. – Fechou a pasta de fotos e entrou no site para comprar a passagem. Já tinha mandado uma mensagem para o contato dele e ele o esperaria na França.

Edward tinha vários métodos, mas geralmente preferia um tiro de longa distância, era mais difícil de ser rastreado e acabou se tornando a marca registrada dele. Caius estava se escondendo em uma pequena cabana no interior da França e o contato de Edward já havia indicado o local perfeito para que ele se posicionasse.

Caius saia todos os dias para passear com o cachorro, então Edward se colocaria no alto de uma colina e dispararia de lá, a 200 metros do alvo. Simples, fácil e rápido. Estaria de volta na noite seguinte, bem a tempo de buscar a filha na casa dos avós.

[...]

—Tem certeza disso? – Perguntou entregando o rifle para ele.

—É claro que tenho. Esse imbecil mexeu com o cara errado. – Respondeu ajeitando o rifle e se posicionando no local.

—Emmett me contou o que aconteceu e sinto muito. – Agachou ao lado dele. – Só lembre que não está mais sozinho, agora.

—Eu sei Eric. – Resmungou conferindo os cálculos. – Isso não vai durar cinco minutos. – Caius deveria passar em frente a eles dentro de poucos minutos. – Obrigado por isso. – Agradeceu concentrado no trabalho.

—Como começou essa guerra sua com os Volturi? – Eric não sabia dos detalhes, apenas estava fazendo um favor a pedido de Emmett. Ele conhecia Edward de Quântico, mas desde que ele abandonou o treinamento, os dois não se viam. – Teve algo a ver com a morte de Aro Volturi?

—Quanto menos souber, melhor será para você, Eric. Agora fique em silêncio. – Pediu com Caius já na mira. Um garoto passou correndo e entregou um papel a ele. Edward sabia muito bem o conteúdo do bilhete, já que havia sido ele quem escreveu.

—Agradeça a sua irmã por isso. – Caius leu e mal teve tempo de registrar aquelas palavras. O tiro de Edward foi certeiro e Caius não teve a mesma sorte de Bella, se é que poderia chamar de sorte. Ela estava viva, mas em coma e ninguém sabia se ela realmente acordaria.

—Você nunca esteve aqui. – Edward entregou a arma para Eric e retirou as luvas. – E você nunca me viu. – O alertou. Sabia que ele estava quebrando muitas regras para poder ajudá-lo, mas não poderia correr o risco de Eric abrir o bico ou ligar os fatos e descobrir o que ele fazia para ganhar a vida.

—Não se preocupe. Sei guardar segredo e jamais entregaria um amigo. – Estendeu a mão para ele após guardar a arma. Os dois tomariam caminhos diferentes e provavelmente nunca mais se veriam. – Estamos quites agora e espero que suas garotas fiquem bem.

—Tome cuidado, Eric. – Apertou a mão dele com força.

—Te aviso se souber do outro Volturi. – Edward apenas acenou, colocou o boné o puxando para que nenhuma câmera pegasse o rosto dele e desceu a colina, enquanto Eric deu a partida no carro. O local era um pouco deserto àquela hora e levaria pelo menos uns trinta minutos para que alguém encontrasse o corpo de Caius. O garoto do bilhete não viu o rosto de Edward, então não poderia entregá-lo a polícia e muito menos correria o risco de se envolver com as autoridades e ser acusado de cometer o crime. Afinal de contas, eram as digitais do garoto que estavam no bilhete.

[...]

—Edward? – O corpo dele arrepiou todo ao ouvir o tom de desespero de Renée. Aurora deveria estar em perigo. Jogou a mala de qualquer jeito no chão do apartamento e pegou as chaves do carro. – Aurora passou mal e a trouxemos ao hospital. – Ele sentiu o coração dele parar por alguns segundos.

—Como ela está? – Gaguejou tentando colocar os pensamentos em ordem. Ele havia acabado de chegar e queria buscar a filha para se sentir em paz novamente.

—Ela está bem, agora. Foi uma reação alérgica. – A voz dela era chorosa e ele respirou fundo tentando se acalmar um pouco.

—Chego em dez minutos. – Avisou descendo correndo as escadas. Normalmente ele gastava de 30 a 20 minutos para chegar até o hospital, mas o desespero era maior que o senso de responsabilidade no trânsito. Arcaria com as consequências depois. Avançou alguns sinais e estacionou de qualquer jeito. Correu até a ala pediátrica e só conseguiu relaxar ao ver a filha sorrindo.

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—Papai! – Ela abriu os braços e ele a abraçou bem forte.

Ele nunca sentiu um medo tão grande quanto o de saber que a filha estava doente. Não saber como ela realmente estava o deixou em pânico total.

—Papai. – Aurora reclamou o empurrando.

—Desculpa, meu amorzinho. – Os braços dela estavam com algumas bolhas e o rosto um pouco inchado, mas fora isso, ela parecia muito bem. – Papai ficou preocupado com você. – Passou as mãos no cabelo dela.

—Dói. – Apontou para a agulha espetada na mão dela com o soro.

—Calma que daqui a pouco eles tiram. É só para você ficar boa logo.

—Edward, eu sinto muito. Não sabia que ela é alérgica a nozes. – Só então ele notou Renée no quarto. Ela segurava um lenço e os olhos dela estavam inchados de tanto chorar. – Estava tudo bem e de repente ela começou a empolar e a garganta fechou. Eu... – Edward levantou e a abraçou.

—Já passou. – Sussurrou dando batidinhas nas costas dela. – Não tinha como você saber. E o que importa é que ela está bem. Foi só um susto. – A tranquilizou e Renée chorou ainda mais.

—Eu tive tanto medo de a perdemos também.

—Renée. – Edward segurou o rosto dela entre as mãos. – Nós não perdemos a Bella e não vamos perder a Aurora. Está tudo bem.

—Vou pegar um café. – Ela não queria que a neta a visse naquela situação.

—Está com dor?

—Não. – Aurora fez um bico e estendeu a mão para que o pai a pegasse no colo. Ele a pegou com delicadeza e passou um braço em volta dela.

—Não precisa ter medo, o papai está aqui e vai cuidar de você. – Deu um beijo no nariz dela e ela deu uma risadinha. – Esse é o melhor som de todo o mundo.

—Canta papai. – Pediu deitando a cabeça no peito dele.

—Seu pedido é uma ordem, meu amorzinho.

[...]

Aurora estava devidamente medicada e teria que cortar nozes da alimentação dela. Fora apenas um susto e ela já estava em casa. Edward a colocou para dormir e após tomar banho, deitou na cama e esticou os braços e pegou o notebook de Bella. Queria ver o que mais havia nele e recordar um pouco mais dela. Tinha muitos vídeos e talvez ele pudesse mostrar alguns para Aurora. Assim ela conheceria um pouco mais da mãe.

A pequena dormia tranquilamente no quarto dela e Edward se sentia um pouco mais em paz. Tinha eliminado mais uma ameaça e aquilo tornava o mundo mais seguro para filha. Ainda faltavam dois, mas ele lidaria com aquilo mais tarde. Agora estava muito concentrado no vídeo que achou do ultrassom de Bella.