On a Date

Bad Dream


Tasha estava fazendo atividades de Yoga e Pillates para ajudar no alívio dos sintomas da gravidez e também porque queria um parto natural, o que dependia e muito de como levasse a gravidez. Ela tinha algumas alterações de humor se irritava com facilidade e sem motivo se via chorando pelos cantos. Os enjoos haviam passado quase completamente, mas às vezes sentia dores de cabeça que a incomodavam. Reade se mostrava muito atencioso sempre preocupado em saber como ela estava se sentindo e quando ela desejava comer algo diferente ele se dispunha a lhe agradar. No trabalho ela estava se mantendo apenas no escritório e às vezes participava de algum interrogatório, não apenas Reade, mas todos os seus companheiros de trabalho procuravam garantir que ela não se exaltasse muito durante o trabalho para não passar nada negativo para o bebê.

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Jane que havia voltado para o trabalho há algumas semanas estava sempre ansiosa para que o dia terminasse e pudesse voltar para casa para ficar com Ben. Ela e Kurt tinham uma excelente babá que se mostrava muito cuidadosa com o pequeno deles. Jane sempre tentava dar conselhos positivos para Tasha sobre a evolução da gravidez e seus sintomas, apesar que os sintomas de Tasha pareciam mais intensos devido ao seu humor sempre inconstante, o que já era de se esperar.

Tasha com 15 semanas de gravidez e sua barriga já estava aparecendo e, ela e Reade estavam amando acompanhar cada detalhe. Ainda não era possível sentir o bebê se mexer e aguardavam ansiosos o momento que isso aconteceria. Às vezes ela estava tirando um cochilo e acordava com Reade conversando com o bebê em sua barriga. Momentos como esse a enchiam de emoção.

O ultrassom seria no outro dia e os dois estavam muito ansiosos, pois dependendo da posição do bebê seria possível descobrir o sexo. Eles haviam comprado algumas roupinhas e também ganharam alguns presentes, mas estavam ansiosos para comprar tudo no sexo correto e também queriam começar a preparar o quarto onde o bebê dormiria.

Reade insistia que seria uma garota e Tasha não queria desapontá-lo expressando sua intuição feminina, então preferia esperar o ultrassom que lhes mostraria com certeza o que seria o bebê. Ela já tinha até alguns nomes em mente, mas esperaria a hora certa.

Mais uma vez essa semana Reade teve um pesadelo e acordou assustado. O sonho era meio desconexo, mas ele conseguia distinguir algumas coisas. Não era possível que isso voltaria pra ele, já fazia bastante tempo e ele julgava ter se esquecido e superado, mas agora tudo parecia estar voltando. Ele chegava a sentir medo de dormir, pois sabia que poderia ter esse pesadelo de novo.

— Reade, o que houve? – Tasha acordou quando ele voltou do banheiro e deitou na cama. – Está tudo bem?

— Está sim. Só fui ao banheiro. Venha aqui. – Ele a puxou pra ela e abraçou levando a mão até a barriga dela onde se demorou no toque e fez uma oração silenciosa para que nada de ruim acontecesse com o bebê deles.

— Está tudo bem mesmo? – Ela se preocupou, pois havia percebido que ultimamente ele estava acordando durante a noite, o que não era comum.

— Está sim. Só não quero que nada aconteça com vocês dois. Queria poder fazer algo mais para proteger vocês.

— Tudo que você está fazendo está tão perfeito. Não vejo como pode estar faltando alguma coisa. – Tasha o tranquilizou. – Depois que Dominic morreu e Madeline finalmente foi levada para uma prisão da CIA consigo dormir mais tranquila, mas existem coisas que podem acontecer e que não estão ao nosso alcance e não podemos prever.

— Eu sei, mas eu quero garantir que nada de mal aconteça a vocês dois.

— Nada de mal acontecerá a nós dois. – Dizendo isso ela lhe deu um beijo terno nos lábios. – Eu te amo muito.

— Eu também te amo. – Ele a segurou ainda mais forte em seus braços, como se assim fosse possível impedir que qualquer mal chegasse até eles.

Após um longo dia de trabalho e uma espera ansiosa eles foram à obstetra realizar a consulta mensal e também o tão esperado ultrassom que poderia lhes dizer o que tanto ansiavam para descobrir.

— E então papai e mamãe, vão querer saber o sexo do bebê? – A doutora Layla perguntou entusiasmada.

— Sim. – Tasha disse sorrindo.

Reade apenas assentiu. Ele estava ansioso, porém estava com um pouco de medo, pois achava que seria uma garota, mas e se não fosse?

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— Vamos lá bebezinho, me ajude. – Dra Layla dizia enquanto realizava o ultrassom. Reade segurava a mão de Tasha e os dois tentavam acompanhar pela tela da TV onde eram exibidas as imagens. – Olha aqui está o sexo dele.

— Dele? – Tasha perguntou curiosa.

— Sim. É um garoto! Parabéns, vocês terão um menino e ao que tudo indica no exame será forte e saudável.

Reade tentou sorrir ao receber a notícia, mas não conseguiu esconder seu desapontamento. Ele tinha tanta certeza que seria uma garota, mas às vezes não era certeza, e sim seu subconsciente que desejava que não fosse um menino.

— Ei amor, você pensou em um nome para ele? – Tasha perguntou assim que chegaram em casa e se sentaram no sofá.

— Na verdade não. Você tem algo em mente? – Ele acariciava a barriga dela.

— Tenho algumas opções. Você não ficou feliz em saber que será um garoto? Você poderá ensiná-lo tantas coisas, como, levá-lo para pescar, jogar futebol. – Tasha olhou pra ele e percebeu que ele estava pálido. – O que há de errado?

— Eu não sei o que é, mas as coisas que o esperam aqui fora. Tem muita gente por aí capaz de fazer muita maldade com crianças inocentes. – Reade refletia perdido em pensamentos.

— Sobre o que você está falando? – Tasha estava começando a se preocupar de verdade.

— Não é nada. Me fale sobre os nomes que você pensou. – Ele desconversou a puxando para junto dele.

— Então, pensei em Eduardo, que combina com seu nome, ou então Miguel.

— Ah eu gosto de Miguel. Miguel. – Reade falou aproximando o rosto da barriga dela. – O papai está aqui para te proteger, Miguel.

Tasha não pode deixar de sorrir com a cena. Ela não sabia ao certo o que preocupava Reade, mas queria ajudá-lo a superar qualquer problema que houvesse.

Reade caminhava pelo vestiário do campo de futebol enquanto ouvia passos atrás dele, ao mesmo tempo ele não era Reade e sim seu filho Miguel que andou mais rápido para impedir que o dono dos passos se aproximasse, mas a porta estava fechada e não tinha como se esconder, até que ele foi puxado pela mão o forçando a parar...

— Nããããããão!

Tasha acordou assustada com o grito de Reade.

— O que foi? Você está bem?

— Pesadelo. Era Jones, ele estava atrás do nosso filho...