Epílogo

Até mesmo os gêmeos tinham vindo ajudá-lo em sua mudança, na verdade Ginny lhe segredou que os dois haviam desistido da faculdade de vez, já que Harry tinha ajudado com o negócio secreto deles, mas ainda assim, Rony estava mesmo tão irritado quanto Pansy estava acusando ele de estar.

— Vocês vão me deixar louco! Vê? Foi por isso que eu insisti para ir procurar o apartamento sozinho! — Ele resmungou mais uma vez para a garota deitada folgadamente em sua cama.

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— E foi por isso mesmo que apostei com Fred que você vai escolher um apartamento com pelo menos um buraco de bala, em uma das zonas mais perigosas de Nova York. — Ela falou divertida, jogando a carteira dele, que sabia que era o que ele estava procurando com tanta aflição.

— Fred apostou no quê?

— Que você não vai conseguir ficar tanto tempo no apartamento que escolheu, então eu nunca poderei provar que ele tinha um buraco de balas mesmo. — Ela respondeu rindo, recebendo um olhar bravo do namorado. — Mas eu confio na sua coragem, Rony, acho que você aguenta ficar uma semana nesse apartamento horrível que vai escolher para a gente.

— Sua confiança suspeita em minha coragem só nos leva a outra pergunta: por que você está preferindo ir nesse casamento de uma prima distante, do que vir logo comigo para Nova York?

— Estou tentando sair de casa em bons termos com meus pais, para garantir o estilo de vida que nós dois merecemos, querido! — Ela falou cínica, depois se levantou bem disposta, ao ver uma mensagem misteriosa no celular. — Opa, sua carona está chegando, tá na hora de ir.

— Essa carona também é muito suspeita, quem você disse que era mesmo esse seu amigo que iria me levar de graça para o aeroporto de Londres? — Rony deixou a garota passar na frente e descer as escadas, enquanto vistoriava seu quarto pela última vez, para ver se não tinha esquecido nada.

— Você está cheio de perguntas hoje, hein? — A garota parou no hall, de onde os gêmeos já haviam tirado as malas e posto tudo do lado de fora. — Antes de sair, vamos repassar as orientações, ok?

Ginny passou pelos dois, piscando marotamente para a cunhada e para o sofrimento do irmão. O garoto revirou os olhos, mas recitou as regras de Pansy em voz alta, com um tom entediado.

— Não falar com o sotaque britânico perto de garotas americanas; Não ser gentil e dar bom dia para as pessoas; E se alguém cair na minha frente, eu não devo ajudar. — Ele terminou com um sorriso sarcástico e Pansy assentiu satisfeita com o desempenho. Ele havia entendido tudo. — Isso é tão errado…

— Você só precisa sobreviver sozinho em Nova York por uma semana, Rony e para não dizer que eu te abandonei indefeso na terra do tio Sam, estou te enviando com o meu empregado mais… — Ela sopesou a palavra certa, depois deu de ombros. — Ausente, na verdade.

— Que?

A garota saiu porta afora, sem responder nada, bem a tempo de ver Ginny, que estava protegendo a mala de Rony do avanço dos gêmeos até então, correr para recepcionar a companhia de Rony durante a viagem até Nova York.

— CHARLES, EU NEM ACREDITO QUE VOCÊ VEIO MESMO! Você está muito gato, está a cara de Chris Pratt! — Ginny pulou no irmão daquele seu jeito despojado, mas o homem conseguiu segurá-la com facilidade.

— Sério? Mas Chris Pratt em Parks and Recreation ou em Jurassic World? — Ele perguntou em dúvida, a colocando no chão com cuidado.

— Como em Guardiões da Galáxia. — A garota ponderou com o cenho franzido e Charles ficou muito grato, significava dizer que ele estava em forma. — Volume 2.

— Ah. — Era um pouco menos impressionante, mas ainda era bom o suficiente.

Rony deixou os gêmeos cumprimentarem o irmão também, os dois de uma vez, para só então se aproximar do grupo, ainda meio confuso.

— Cara, o que você está fazendo aqui? — Rony questionou, enquanto abraçava Charles, que não via a mais de três anos. Pansy assistiu tudo com um sorriso satisfeito no rosto.

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— Sua garota ali me convenceu a fazer uma conexão em Nova York, antes de passar alguns dias aqui em casa. — Ele falou displicente, fazendo todos olharem para uma Pansy de braços cruzados e sorriso convencido. — Algumas pessoas diriam que essa escala é pouco prática e cara, mas não Pansy, ela achou perfeitamente lógica e foi bastante enfática em sua sugestão.

— A culpa é toda sua, Charlie, se tivesse vindo no mês passado como eu sugeri primeiro, sua última semana de férias coincidiria com a viagem de Rony, não o contrário. — Ela apontou com pouca piedade, depois sorriu com crueldade. — O valor mais caro é sua punição pelo tanto de desculpas que você arrumou em todos esses anos para não vir ver sua família!

— Eu não podia vir antes, os lobos estavam bem na época de…

— Ai meu Deus, cara! Vai ter sempre algum bicho na época de alguma coisa! — A garota o interrompeu sem paciência, o que só fez Rony ficar muito intrigado com todo o processo que culminou nessa surpresa dos dois feita para ele.

Molly e Arthur finalmente saíram de casa, a confusão na porta da frente chamando a atenção dos dois para mais um momento de despedida de um de seus garotinhos. Entretanto, ambos vibraram de emoção ao ver o retorno de pelo menos um deles.

Enquanto os pais abraçavam e faziam uma grande festa ao redor do filho pródigo, Rony puxou Pansy para longe deles pela mão. A garota o olhou curiosa.

— Sabia que estava aprontando alguma coisa… Mas por que… Por que trouxe Charlie para cá? Por que… — Ele parou, então a olhou com suspeita. — É aquele lance estranho, de que eu sinto falta dele, que você insiste em dizer que existe?

— Claro que não! Eu ameacei seu irmão para vir apenas porque a cara dele de bom moço no skype me irrita muito. — Ela olhou para Charles com o cenho franzido, depois deu um selinho em Rony, que ainda sorria confuso com a desculpa dela. — E porque ele é o chamariz perfeito para as americanas que querem pegar um ruivo britânico para ser seu príncipe Harry.

— Que? — Dessa vez o rapaz riu de verdade, ajustando melhor os braços que ela tinha colocado ao redor de seus ombros.

— Nada não. — Pansy sussurrou sorrindo, antes de beijá-lo com carinho.

Finalmente tinha garantido para si mesma que o ponto cego de sua janela não existia mais. Ela tinha escrito uma bela carta com tudo que tinha aprendido sobre Rony nos últimos meses e a enviara direto para a Romênia, na esperança de poder dar ao namorado um pouco do que havia recebido dele naquela carta de Natal, que ainda guardava com tanto cuidado.

Pansy estava feliz, porque agora Rony poderia saber o que era ter uma pessoa te vendo de verdade, vendo quem ele era da janela para dentro.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.