Episódio 1: Wild Child.

—Pai, me passa outro pedaço de pizza?- que pena que a mamãe não pode estar hoje, esta tão divertido.

—Não, Lol , tem que deixar um pra sua mãe.

Ouço a campainha tocar, quem pode ser uma hora dessas.

—Deixa que eu vá atender meninas – Noe e Lexi nem prestam atenção, estão esperando a pizza doce sair no forno.

—Papai esta demorando vou dar uma olhada. – passando pelo corredor percebo uma luz forte, papai esta falando com policiais, ele esta chorando, eles me olham e dizem sinto muito, então eu entendo.

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Despertador...........

Lola acorda com o som de Smell Like Teen Spirit do celular.

“Droga esse sonho de novo, vazias messes que isso não acontecia, ainda me lembro de cada detalhe, o sabor da pizza, as risada das minhas irmãs, o som da campainha, as luzes do carro de policia, das lagrimas do meu pai, do olhar de pena e da minha voz que parecia que não estava saindo de dentro de mim, um som que eu não conseguia controlar. Horas depois me disseram que eu gritei histericamente por minutos, mas paresiam horas. A pizza doce que tanto esperamos ficou dias dentro do forno, ninguém teve coragem de tirar, eram as favoritas dela e tão estranho se referia a minha própria mãe desse jeito, no passado, como uma lembrança.”

Lola tem esses pensamentos enquanto esta no banho por saber que essa vai ser a ultima semana na casa onde passou seus primeiro 17 anos de vida, a casa que sua mãe e seu pai escolheram cada móvel cada papel de parede, transformaram uma casa vazia em um lar para família que queriam formar, aquele quarto que a pouco anos ainda tinha quadros de bailarinas e paredes rosas que sua mar escolheu com tanto amor, agora esta quase vazio as paredes estão sem as fotos de quando era uma criança e amava contos de fada, os últimos ursos de pelúcia foram doados a poucos dias para um orfanato, e suas roupas que ela não usas a meses estava em uma caixa no porra escrito doação, a messes atrás a primeira coisa que odiou em seu quarto foi o espelho, todas as vezes que se olhava não reconhecia mais a garota de cabelo loiro e olhos azuis, o batom discreto nude as unhas sempre em tons pasteis, não entendia porque suas colegas usavam maquiagem para ir a aula. Tirou o espelho de seu quarto, cortou o cabelo e também mudou a cor para um tom mais claro, as unhas começaram a deixar crescer e pintou de cores mais escuras, as roupas ficaram mais curtas e apertadas, não tinha mais sua mãe para escolher suas roupas, e seus olhos e lábios passaram a cada dia estarem cobertos por tons diferentes de coloração, seus quarto que antes nunca esteve com a porta fechada agora estava sempre com a porta trancada e sua janela a noite começou a ficar cada vez mais aberta e com isso recebendo visitantes diferentes.

—Droga Lola sai dai, você não e a única que precisa tomar banho – Noe grita para sua irma mais nova sair do banheira para que ela e Lex poção usar o banheiro também.

Agora ela entende que as cores em seu rosto e para que quando as pessoas a sua volta perguntem se esta tudo bem seja mais fácil dela sorrir e contar suas mentiras porque ela aprendeu que e isso que as pessoas querem ouvir, por que não esta tudo bem, nunca mais vai estar bem, sua mãe morrem e ela vai continuar a chorar em baixo do chuveiro todas as vezes que tiver esse mesmo sonho ruim.

—Droga Lola, você demorou – fala Noe esbarando em sua irmã mais nova – Você estava chorando ? – pergunta a mesma, com Lola já entrando em seu quarto.

—Lex a Lola não esta bem – Noe diz para sua irmã gêmeo estão ambas na frente do quarto da mais nova que a pouco escreveu em sua porta “Não Entre”, com esmalte vermelho e preto.

—Ela nunca mais vai ficar bem, nem uma de nos vai ficar, mas cada um enfrenta o luto de um jeito diferente. – diz Lex para sua gêmea entrando no quarto em que ambas dividem.

O pai das meninas prepara o café de suas filham junto de toradas e panquecas entes de leva-las para a escola e se preparar psicologicamente para conversas com a diretora por algo que suas filhas tenham feito.

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—Meninas o café da manha esta pronto – chama Thomas do fim da escada.

Lola desse primeiro já com seus fones de ouvido e a mochila em um de seus ombros.

Noelle e Lexie dessem um pouco depois por ter demorado mais pra conseguirem se arrumar por Lola ter demorado de mais no banheiro que as três dividem.

—Valeu Lola por demorar, vamos nos atrasar de novo – diz Noe irritada esbarando de proposito em Lola que mostra o dedo do meio para a irmã mais velha.

—Não faça isso – diz o pai das meninas encostado no balcão da pia tomando seu café preto, mas elas sabem que ele fala isso sem tem qualquer importância de realmente repreende-la por seus atos.

—Então papai, como vai ser a casa nova? – pergunta Lex que e a única sentada em uma cadeira enquanto tomas seu chá verde numa caneca da Pucca, sempre tentando amenizar o clima ruim em todas as refeições,

—Achei uma casa, ela e maior cada uma vai ter seu quarto com banheiro e closet – quando Thomas diz isso as três param o que estão fazendo para olha-lo – Agora estão interessadas nas mudanças, espero que isso... Ou melhor, acredito que essa mudança vai ser muito boa para a nossa família.

—Ou o que sobrou dela- dizem Lola, todos a olham e percebendo que o que falou magoou se pai logo se desculpa.

—Desculpa. – após o comentário de Lola Thomas decide deixa-las na escola, e por também ter uma reunião com a diretora que ele já estava um pouco atrasado.

Lola por ser mais nova que suas irmãs estavam no penúltimo ano, e detestava a ideia de se mudar em Março na metade do ano escolar, mas não se importava em deixar as pessoas que um dia ela chamou de amigos, a pouco tempo percebeu que nunca se importou com eles de toda forma uma nova cidade, uma nova escola poderia ser interessante.

—Srta. Delavigne poderia nos citar uma frase do livro “Alice no país das maravilhas” do autor “Lewis Carroll”.

—“Quando acordei hoje de manhã, eu sabia quem eu era, mas acho que já mudei muitas vezes desde então” – diz Lola estando sentada na ultima classe do lado da janela, seu professor fez a pergunta por achar que ela não estava prestando atenção por estar usando fone de ouvidos.

Após disser isso todos a olham por não esperar que ela soubesse a resposta, ou qualquer resposta, não que exista resposta certa, mas essa não a esperado, todos seus colegas tinham lido o livro isso era obvio, sendo um livro curto e rápido, mas essa não era uma citação conhecida e nem a mais desejada para a pergunta do professor.

—O que a senhorita entende por essa frase? – diz o professor estando encostado em sua mesa, segurando o livro com uma mão e o outro braço apoiando o cotovelo.

Lola percebe que deixou o professor numa situação difícil, literatura costuma a ser sua disciplina favorita, agora não gostaria de dar nem uma resposta por que cada um pode ter uma interpretação diferente de um mesmo livro.

—Eu não sei, acho que na vida podemos ser quem nos quisermos ser e que somos mutáveis, somos um pouco de tudo e nada ao mesmo tempo, e que estamos sempre mudando e a cada situação podemos nos adaptar. – estão todos me olhando, odeio situações como essa, parece que estão me examinado com um microscópio, que sou um experimento que não sabem se vai funcionar ou explodira ao qualquer momento.

—Isso e uma interpretação, mais aluem gostaria de dar sua opinião? – pergunta o professor, mas ninguém se manifesta, ele não parecendo surpreso volta a se sentar em sua cadeira e a pegar outro livro.

—Como já terminamos a aula sobre Alice n Países das Maravilhas podem começar a lerem “O apanhador do Campo de Centeio”. – diz o professor. – Abram numa pagina qualquer e leiam um trecho.

—“Choveu na porcaria do túmulo dele, e choveu na grama em cima da barriga dele. Chovia por todo lado. O pessoal todo que estava de visita saiu correndo para os carros. Foi isso que me deixou doido. Todo mundo podia correr para dentro dos carros, ligar o rádio e tudo e ir jantar em algum lugar bacana - todo mundo menos o Allie.” – e mais um silencio constrangedor, foi difícil não rir, ate tive pena da aluna nova, ela não sabe, todos a olham, ela explica o obvio do trecho não tem mesmo muito a que se disser da citação.

—O trecho fala sobre alguém que se chama Allie, alguém que morreu e que o narrador não consegue entender porque todos não sentem a perda como ele não teve o mesmo significado, ele sente muita raiva de todos. – e todos na aula continuam a olha-la, coitadinha e culpa minha.

E isso que acontece quase todas as manhas, quando eu falo algo ou alguém fala algo reverente a morte, silencia, e como se o silencio gritasse, em cada aula de uma forma diferente, alguns com olhares de pena outros com indiferença, mas todos não sabem o que falar e quanto tentam era melhor se tivessem ficado calados, palavras sem sentido ditas da boca pra fora. Falta tão pouco pra mudança, mas hoje mais corredores e sala de aulas com meus fones de ouvido escutando alguma banda antiga.

—Lola – Lex para sua irmã mais nova no corredor após puxar seus fones de ouvido deixando a mais nova furiosa.

—Que merda você esta fazendo – diz Lola furiosa pela atitude da mais velha.

—E intervala vem lanchar com nos! Suas irmãs – após Lex disser isso Lola percebe que estão no meio do corredor e não tem ninguém lá, só elas e que a outra gêmea Noe esta encostada do armário qualquer com a expressão de poucos amigos e também esta de fones de ouvido.

—Ok, droga não vi o tempo passar, vocês viram o pai ir embora? Qual vão ser suas próximas aulas? – pergunta Lola para suas irmãs já caminhando com as duas para o refeitório.

—A minha e química – diz Lex empolgado por esse ser uma de suas favoritas.

—Frances. “Mon prof de français est délicieux” ¹, - diz Noelle fazendo suas irmãs rirem.

Estando no refeitório cada uma pega um tipo de alimento diferente, Lola um pedaço de pizza com Coca-Cola, Noelle um hambúrguer também com Coca- Cola e Lexie um sanduiche natural com suco de laranja.

As aula seguintes as irmã se separam cada uma para um lado diferente da escola, Noelle para a aula de francês, Lexie para o laboratório de química e Lola para o ginásio pra educação física, hoje vai ser vôlei, ela já foi da equipe, isso e algo que ela e boa.

O ultimo período ela tinha vago, achou melhor passar seu tempo na biblioteca devolvendo os livros que faltam antes da grande mudança, historias que ela lera há meses, mas por falta de vontade sempre ia adiando a devolução sabia que esse era o ultimo dia que entraria neste lugar que nos últimos meses foi seu refugia de olhares alheio em imersa em seus novos amigos, J.D. Salinger, Franz Kafka, George Orwell e S. E. Hinton que estavam voltando para suas casas, nas estantes empoeirada de uma biblioteca qualquer.

Eu sabia que a ultima semana seria um saco, tudo pela ultima vez, as aulas, a biblioteca ate o refeitório uma longa despedia ate os garotos como Ryan e Liam.

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Ryan a encontrou no estacionamento depois do treino de futebol, ela sábio o que ele queria, ele sabe o que ela queria sexo sem compromisso dentro de um carro no estacionamento da escola.

Lian já era o estranho, um amigo com quem ela se divertia de forma esporádica e consensual, olhou um filme aquela noite da mesma forma que já tinham feito antes, mas essa era a ultima vez, seria como foi a primeira deles juntos a primeira vez da vida de Lola, o filme do Donnie Darko, chocolate e Vodka, foi divertido sempre e, mas essa seria a ultima junto de suas vidas, e após o ato ela chorou em seus braços, cada um desses garotos era importante de uma forma diferente, casual consensual divertidos e amigos.