Troca de Corpos

Capítulo 2


— Como assim vamos ficar uma semana desse jeito? O filho é teu! Dá um jeito dele reverter isso! — Bakugou disse irritado e Uraraka suspirou.

Precisava ser irritado no corpo dela?

— Desculpa pelo meu amigo. — pediu e enfiou uma mão no rosto que antes era seu — Por que não dá para fazer a troca?

— Naoto tem apenas quatro anos, faz quase um mês que ele despertou a individualidade dele. Ainda não sabemos como ela é ativada, então… Eu não posso ajudá-los a reverter isso. A única certeza que eu tenho é que dura sete dias tudo isso, experiência própria com meu marido. — confessou a última parte sem graça.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Uraraka olhou para seu próprio corpo resmungando em um tom muito baixo, supôs serem palavrões. Suspirou antes que pudesse querer explodir, afinal, estava no corpo do loiro agora.

[...]

— Mas qual o problema em dizer para os outros, Bakugou? — Uraraka insistiu na pergunta, ainda sem entender, mas algo pareceu iluminar seus pensamentos — Você está com vergonha do que os outros vão pensar?

— Como é que é?! Ficou louca, cara redonda?!

Uraraka considerou aquilo como um “sim”.

— Certo. Se vamos manter isso em segredo, temos que criar algumas regras.

— Tch.

— Primeiro: pare com essa sua personalidade estando no meu corpo.

— E como que eu vou fazer isso?! Quer morrer?!

— Bakugou! Pare com isso! Você não vai morrer se tentar se controlar um pouco! Não é você que quer manter isso em segredo?! — escutou o estalar de língua.

— Desculpa. Você não estala a língua. — o pedido assustou a garota, mas ficou quieta — Parou de andar por quê?

— Ah. — murmurou ao notar que a surpresa havia feito-a parar de andar — Desculpa. — parou pra pensar um pouco enquanto voltava a caminhar lado a lado com Bakugou — Se eu ficar mais na minha, os garotos não vão se importar, né?

— Provavelmente vão achar que alguma coisa aconteceu e vão te encher, mas insiste no “não me enche” que eles largam do seu pé depois de um tempo.

— Certo. Irei me esforçar!

— Pare de mexer seus braços desse jeito, eu não faço assim.

— Tem razão. Me desculpa.

— Pare de mexer. — Bakugou achou estranho ver a si mesmo rir sem graça — Serão sete dias desse jeito. Acha que consegue dar conta?

De repente a garota lembrou de um detalhe importante e apesar da vergonha que sentia, não sentiu suas bochechas esquentarem como com seu corpo.

— Bakugou… Tem um pequeno problema…

— Problema? — ele questionou e sentiu algo descer da região íntima do seu corpo. Estranhou, mas ficou quieto.

— Sim… Eu estou menstruada… — respondeu esperando que o outro explodisse.

— Merda! Como minhas explosões fazem falta! — murmurou irritado.

— Dentro dessa sacola tem alguns doces, você vai sentir vontade de comer, acredite. E o essencial: absorventes. Por favor, troque-os conforme achar necessário.

— Você sabe que essa troca significa que vamos conhecer o corpo um do outro, não sabe?

— Eu sei! — gritou ela com vergonha, mas sabia que não estava corada — Bom… Pelo menos me livrei da pior parte do meu mês. — riu, fazendo o outro bufar.

Curiosamente achou engraçado ver seu próprio corpo realizando aquele ato, mas optou por ficar em silêncio.

— Vamos voltar para a U.A., está ficando tarde.

— Ah, tem razão.

— E você precisa me ensinar como usar seu poder.

— Você está certo. Preciso aprender também. — Uraraka respondeu pensando acerca — Eu conheço um lugar mais escondido para podermos treinar. — Bakugou ergueu uma sobrancelha curioso sobre o local.

Logo que chegaram no dormitório notaram o caos que estava após um fim de semana com toda a turma distante.

Discretamente ambos se dirigiram aos seus respectivos quartos para se organizarem e assim como entraram, conseguiram sair.

— Primeiro: menstruação é uma merda. E aqueles idiotas falam demais. — reclamou Katsuki irritado e Ochako riu de sua própria feição, irritando mais o outro.

— Estamos quase chegando. — alertou ela e então Bakugou se deparou com um local sem árvores — Eu não sei quem criou esse espaço, mas é perfeito para treinar sem ser incomodado.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Como você descobriu esse lugar? É muito afastado dos dormitórios e no meio de muitas árvores.

Então Uraraka notou seu erro. Entretanto, lembrou que iria precisar falar para o colega mais cedo ou mais tarde.

— Me faça essa pergunta novamente quando estivermos voltando para o dormitório. — pediu — Agora me ensine como não explodir as pessoas. — disse com um sorriso que Bakugou reconheceu ser típico seu.

Sorriu da mesma maneira empolgado com a ideia.