As semanas se seguiam e Hermione conseguiu amenizar a dor. Ainda estava sofrendo por tudo o que aconteceu mas ficou suportável e não sentia seu coração tão machucado para chorar e agradeceu a Merlin por isso.

Estava fazendo a mala calmamente se certificando que não estava esquecendo nada. Havia aceitado o convite feito pela Sra. Weasley de passar o restante das férias com eles, elabora fizesse mistério sobre a localização que estavam. Os Weasley não tinham ido para toca naquele verão e Hermione ficou ansiosa e curiosa para descobrir onde era.

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Tudo pronto, resolveu ir tomar banho e esperar Sr. Weasley que havia marcado de buscá-la pela lareira.

Entrou no banheiro tomando um banho quente que fazia seu corpo relaxar. Saiu enrolada numa toalha branca e quase gritou quando percebeu uma coruja marrom e branca batendo o pico contra a janela fechada. Hermione fora até a mesma abrindo deixando que o animal adentrasse e ela entrou sobrevoando sobre o quarto e pousou sobre a escrivaninha que tinha inúmeros livros.

- Eu não quero mais nenhuma carta dele. - Vociferou para o animal que continuava esticando a perninha. - Eu não quero nunca mais vê-lo e...vá embora. - Disse querendo expulsar a coruja que apenas dera um olhar de desprezo. - Pois então fique por aqui, eu estou indo embora de qualquer jeito.

A coruja piou como se estivesse confusa e permaneceu no mesmo local. Hermione pegou uma muda de roupa e entrou no banheiro novamente e se arrumou colocando uma blusa branca, uma calça jeans e um casaco preto, seus cabelos ficaram soltos e os cachos estavam mais comportados e mais definidos. Saiu do banheiro encontrando a coruja do mesmo jeito que estava e agora encarava Hermione com desdém.

- Você é tão teimosa quanto o seu dono. - Falou aborrecida encarando o animal que esticou a perninha novamente. - Tudo bem eu vou pegar essa droga de carta. - Disse indo até Ayla desamarrando a carta.

A coruja encarou Hermione com superioridade e levantou vôo desaparecendo pelo céu nublado.

Ela ficou fitando a carta numa luta interna consigo mesma se leria ou não. Por fim resolveu ler estava ficando curiosa pelo tanto de cartas que escrevia e pelo jeito o garoto deveria está no mínimo desesperado.

Estava prestes a abrir quando escutou sua mãe a chamando no primeiro andar, provavelmente Sr. Weasley deve ter chegado.

Ela guardou a carta no último instante no malão e fora rapidamente atender sua mãe que estava gritando seu nome.

- O que foi mãe? - Hermione perguntou parando no último degrau da escada.

- Um homem está aqui querendo vê-la.

Hermione terminou de descer o restante da escada e encontrou um homem alto, olhos azuis, cabelos negros lisos e curtos e sua testa estava com algumas fracas rugas.

- Olá, sou Richard Turner. - Se apresentou estendendo a mão para que apertasse. - Pai do Dylan Turner.

- Oi, sou Hermione Granger. - Falou apertando a mão dele por fim.

- Vou fazer um café para o senhor. - Sra. Granger falou sorrindo simpática e foi para a cozinha.

- Obrigado, Sra. Granger. - O homem agradeceu educado.

- O que posso ajudar? - Hermione perguntou fingindo indiferença, mas por dentro seu coração apertou de preocupação.

- Meu filho gosta muito de você. - Começou encarando o chão. - Foram semanas difíceis para ele. - Disse suspirando pesado. - Ele ficou falando sobre você o tempo todo, disse que ama você de verdade e que vai lutar para ter seu amor de volta.

- Olha Sr...

- Não me interrompa, por favor. - Disse a calando. - Dylan tentou inúmeras vezes algum contato com você e não teve retorno nenhum.

- Eu nem sequer cheguei ler as cartas. - Disse magoada. - Não é nada fácil superar uma traição.

- Não vim aqui pedi que volte para ele. - Falou deixando a garota confusa. - Eu só vim porquê o Dylan nessa última semana ficou febril e chamamos uma curandeira para cuidar dele e mesmo com poções e remédios caseiros para parar febre não conseguimos.

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- O que isso quer dizer? - Perguntou mesmo sabendo a verdade.

- Ele está com febre porquê senti sua falta.

Nesse momento a Sra. Granger serviu uma xícara de café para ele que aceitou de bom grado. O homem queria aparentar um sorriso amável no rosto, mas sua expressão não enganava ninguém estava preocupado.

- Talvez deva haver outra explicação. - Hermione questionou.

- Não tem. - Disse Sr. Turner bebendo um gole do café. - Se fosse alguma doença teria parado com os remédios e quando é psicológico só resta outra solução.

- Eu recebi um convite para sair e...

- Sei que ama meu filho também. - Disse a encarando intensamente como se pusesse enxergar sua alma. - Dylan não come, não bebe e só fica deitado numa cama febril e chamando seu nome. - Falou deixando a xícara na mesa de centro. - Por favor, Srta. Granger, venha comigo para minha casa e salve o meu filho.

- Quem escreveu às últimas cartas? - Falou se lembrando que recebia cartas dele por dia.

- Nessa última semana foi eu. - Disse se lembrando o quanto implorou para que respondesse ao menos uma.

- Vá Hermione. - Sra. Granger se intrometeu na conversa pela primeira vez. - Esse rapaz parece gostar mesmo de você.

- Mas o Sr. Weasley...

- Deixe que explico o motivo ao Arthur. - Falou olhando o homem que parecia desesperado. - Tenho certeza que irá entender.

- Está eu...só preciso pegar meu malão.

- Eu vou pegar para você. - Sr. Turner falou seguindo Sra. Granger até o quarto de Hermione.

Hermione ficou se sentindo extremamente culpada pois Dylan estava morrendo por causa dela.