Cassiopeia inclinou a cabeça para o lado levemente, encarando o novo decreto educacional.

“Qualquer aluno encontrado em posse da revista O Pasquim será expulso", ele dizia.

Merlin, isso estava ficando cada vez mais ridículo a cada minuto.

— Uma revista. — Ela suspirou. — Ela agora tem medo de uma revista?

Ela tinha lido o artigo de manhã antes do vigésimo sexto decreto ter sido pregado na parede, mas podia ver porque ele era perigoso. Enquanto todos os alunos estavam sussurrando sobre isso, um pequeno grupo composto dela mesma e de outros Sonserinos haviam feita silêncio o dia todo. Em sua lista de Comensais da Morte, Potter havia nomeado Lucius e pelo menos um membro das famílias Goyle, Crabbe, Rosier e Nott - na família de Eleanor, mais do que uma única pessoa.

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Os meninos estavam furiosos com as revelações de Potter — que eram exatamente aqui. Relevações. Ele não estava mentindo —, mas Cassiopeia e Eleanor provavelmente eram as únicas tentando processar as coisas racionalmente.

A garota loira manteve a cabeça erguida, de qualquer maneira. Não era como se alguém pudesse vir a fazer perguntas, de qualquer maneira, e os sussurros ao redor dela e dos Sonserinos tinham que parar, eventualmente.

O próximo passo de Umbridge foi remover Trelawney de sua posição, e o diretor rapidamente a substituiu pelo Centauro Firenze - que a desagradou ainda mais do que a primeira professora. Mas, honestamente, as aulas dele eram certamente muito mais interessantes que as de Trelawney.

Com tudo aquilo acontecendo, Potter agora estava ensinando a Armada como conjurar um Patrono, e enquanto todo mundo estava indo muito bem – o Patrono de Jorge era algo canino—, Cassiopeia, por outro lado, estava tendo dificuldade em produzir o mínimo de uma luzinha.

Para produzir um Patrono, o bruxo ou bruxa precisava conjurar a melhor das suas memórias. O problema é que ela não conseguia fazer aquilo. Todo o estresse em sua mente e as coisas acontecendo com ela e sua família estavam tomando muito espaço e Cassiopeia não conseguia se lembrar de um único momento que estivesse feliz o suficiente para continuar.

Foi numa das noites do encontro da Armada que a menina loira estava saindo quando Draco apareceu do nada, parecendo muito animado com alguma coisa e a vendo antes que ela pudesse produzir uma mentira decente para contar a ele.

— Ei. — seu irmão parou no meio do salão comunal. — Vai a algum lugar?

Cassiopeia levou um segundo para responder. Se ela dissesse sim, ele estaria em cima dela em meros segundos para saber onde ela iria tão tarde.

— Não. — A menina decidiu mentir. — E você?

Seu irmão franziu a testa por um breve momento, mas abriu um sorriso.

— Nós vamos desmascarar Potter e seus amigos de uma vez por todas. — Ele parecia orgulhoso. — Quer vir comigo?

Ela sentiu o coração disparar e cruzou os braços como se quisesse esconder sua surra na parede do peito.

— Eu acho que estou bem aqui. — Cass fingiu um sorriso. — Vou estudar um pouco mais e ir para a cama.

Ele caminhou até a irmã, beijou-a no rosto e saiu.

Cassiopeia quase correu de volta para seu dormitório, tentando parecer calma ao entrar, e procurou por uma pena, pegando seu diário. Ela escreveu uma mensagem de emergência para Jorge, alertando-o sobre Umbridge, embora soubesse que não era suficiente.

— Cassiopeia? — ela ouviu e virou a cabeça para ver que Eleanor abrira as cortinas em volta de sua própra cama. — O que você está fazendo?

A adolescente congelou, sentindo as mãos frias.

— Eu esqueci um dos meus livros na biblioteca. — Ela se colocou em pé. — Eu preciso dele para estudar poções. Eu vou pegá-lo de volta.

Sua amiga olhou para ela, bastante grogue e apertando os olhos em confusão.

— A essa hora?

— É muito importante. — Mentiu Cassiopeia. — Ele tem todas as minhas anotações sobre o assunto, eu voltarei em breve.

Ela saiu rapidamente, ainda capaz de ouvir alguém comentar sobre como ela era "tão nerd", mas ela não se importava o suficiente para responder. A garota correu para o sétimo andar o mais rápido que pôde, mas todos já estavam correndo quando ela chegou lá, então ela usou sua presença como uma distração e apontou corredores vazios para que os outros pudessem se esconder e sair. Ela procurou por Jorge, mas ele não estava em lugar algum e, quando Cassiopeia estava pronta para partir, alguém chamando o nome dela a fez parar.

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Draco.

— Ei!

Ele estava segurando Potter pelo cotovelo, e ninguém menos que Umbridge estava bem atrás deles.

— O que você está fazendo aqui?

Os olhos de Potter se cravaram nos dela, e o olhar de Umbridge era pesado o suficiente para pesar nos ombros da Malfoy mais velha.

— Perseguir Grifinórios por não seguir as regras? — Ela tentou parecer entusiasmada. — Parecia muito divertido para ignorar.

O sorriso de seu irmão cresceu e os olhos do menino de cabelos escuros não se moveram dela ela.

— Para onde você está levando Potter? — Cassiopeia questionou.

— O escritório do diretor.

Ela assentiu devagar.

— Ele e os amigos devem ter feito algo de bem ruim.

Seu irmão fez uma careta por um momento e Cassiopeia tentou não relaxar visivelmente, conhecendo-o bem o suficiente para prever a resposta.

— Potter aqui nos ajudará com essa parte. — Ele decidiu. — Não se preocupe. Quer vir conosco?

Cassiopeia se forçou a abrir um sorriso.

— Eu posso? — Ela questionou, então se virou para Umbridge com seus melhores olhos esperançosos. — Senhora?

A mulher apenas sorriu.

— Clar,o minha querida. Vamos.

A menina seguiu o trio silenciosamente e trocou um olhar com Dumbledore quando seu irmão empurrou Potter para dentro do cômodo.

— Vocês dois podem ir. — Ele apontou para os irmãos. — Obrigado, senhorita e senhor Malfoy.

Cassiopeia deu a Potter outro olhar curto e pegou o braço do irmão no dela.

— Vamos, Draco.

— Mas… — Ele tentou protestar.

— Vamos. — Ela o interrompeu. — Não se chuta cachorro morto.