The Fear You Won't Fall
XVIII
— Querida? — Cassiopeia ouviu, levantando a cabeça em surpresa e encontrando Narcisa abrindo a porta muito ligeiramente.
Ela estava em seu quarto, conversando com Jorge através do diário que os dois haviam feito, e as páginas se fecharam quando a mulher abriu a porta por completo, embora ainda do lado de fora.
— Posso entrar?
A garota sentou-se na cama, confirmando com a cabeça levemente.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Você não me disse se você se divertiu. — Ela sentou-se na poltrona no canto do quarto sorrindo e recebendo um olhar confuso da filha.
— Eu passei o dia em casa.
— Ontem. — Narcisa corrigiu a menina. — Draco disse que você chegou cantarolando e sorrindo sozinha.
As bochechas de Cassiopeia se avermelharam enquanto ela tentava esconder o constrangimento
— Foi divertido. — Ela se ajeitou em seu lugar rapidamente. — Muito divertido.
A mãe apenas a olhou, esperando mais da resposta.
— E onde você foi?
A pergunta não assustou a adolescente. Ela havia preparado uma história completa para contar a qualquer um que fizesse muitas perguntas e podia listar os acontecimentos dela de trás pra frente, se necessário.
— Uma praia. — Ela mentiu. — Nós tomamos um pouco de sorvete. Acho que encontrei um amigo do papai no ministério, mas não consigo lembrar o nome dele. Ele enviou cumprimentos.
Ela se permitiu sorrir quando o rosto de Narcisa fez o mesmo, sabendo que a mãe havia acreditado em suas palavras.
— O que mais vocês dois fizeram?
— Um piquenique. — Ela deu de ombros. — Nada muito elaborado, apenas dois a-..
— Amigos saindo juntos, eu sei. — Ela interrompeu a filha. — Tem certeza que isso é tudo? Você não acha que é hora de convidá-lo para jantar? Tenho certeza de que todos nós vamos adorar conhecê-lo.
A garota de cabelos loiros tentou não parecer muito ansiosa quando chacoalhou a cabeça em negação.
— Eu não tenho certeza se essa é a melhor ideia agora. — Ela disse lentamente. — Ele… Eu… — Ela gaguejou, sem saber muito bem o que dizer. — Nós dois.
Sua mãe apenas sorriu como se conhecesse o maior dos segredos.
— Você não está pronta. — Narcisa a interrompeu. — Eu entendo. Você não quer se apressar, vocês acabaram de iniciar um relacionamento.
Os olhos dela se arregalaram.
— Relacionamento?! — Cas exclamou. — Oh não, não, não! Nós não estamos namorando, mãe. Nós definitivamente não estamos juntos!
Ela apenas olhou para a filha.
— Cassiopeia, eu carreguei você dentro da minha barriga. Eu te conheço por mais tempo do que você me conhece. Você não pode mentir para mim.
A adolescente abaixou os olhos por um instante.
Se ela soubesse.
— Nós não estamos juntos. — Cassiopeia repetiu enfaticamente.
Sua mãe se levantou de seu lugar na poltrona e sentou-se na cama, movendo as mãos para o cabelo claro da filha e brincando com os fios quase brancos com seus dedos longos e elegantes. Era assustador o quanto a menina se parecia com ela quando ainda era uma estudante.
— Você tem um brilho nos olhos quando você fala sobre ele. — Ela sussurrou. — Querida… Vocês podem não namorar, mas você certamente sente algo por ele.
Cassiopeia não lhe deu uma resposta e sua mãe moveu a mão para suas as costas, descansando-a ali.
— Ele… — A garota começou, mas limpou a garganta. — Ele me convidou para sair novamente. No meu aniversário. Ele disse que poderíamos visitar um pouco da cidade com a praia e talvez jantar. Sabe… Juntos.
Narcisa olhou para o adolescente com uma mistura de surpresa e excitação.
— Você quer passar seu aniversário com ele?
Cassiopeia respirou.
— Eu… — Ela hesitou. — Eu quero. Talvez passar o fim de semana também. Alguns dias?
Narcisa não disse nada, mantendo seu silêncio por um longo momento..
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!—Vamos encontrar algo para dizer ao seu pai se você não quiser que ele faça perguntas sobre a família e o nome do menino. — Ela decidiu.
Cassiopeia assentiu devagar. Ela havia tido uma conversa com sua mãe antes e absolutamente recusado-se a dar uma única informação sobre Jorge, exceto que ele era de Beauxbatons — uma grande mentira — e morava perto de Paris.
— Tem certeza de que não se importa se eu ficar fora? — A menina questionou
Sua mãe hesitou, mas respirou fundo.
— Quanto mais longe de casa você ficar por esses dias, o melhor. — Ela decidiu, sussurrando suas palavras como se as paredes tivessem ouvidos, e elas tinham. — Seu irmão ainda é uma criança, mas você não.
A adolescente respirou fundo. Ela sabia o que sua mãe queria dizer. Ela podia ver como eles olhavam para ela, como se soubessem que ela não levaria muito mais tempo a menina se juntar a eles.
— Eu vou falar com ele. — Cassiopeia decidiu.
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