No limite

P.O.V. Maryse.

Estamos sem alas de proteção, estamos sem nada. Muitos Shadowhunters morreram pela falta de cuidado de um feiticeiro, pela informação que não nos foi fornecida por um vampiro.

—Temos que fazer alguma coisa.

—O Jace está com a Clary agora. Talvez, ele possa interceder.

—Interceder. Ela me quebrou o pescoço uma vez.

—E quebraria de novo. Vocês querer negociar? Ou preferem continuar com a sua auto-suficiência?

—Muito bem. Negociamos.

—Ótimo. Eu e um representante de cada Clã, estaremos aqui amanhã, no fim da tarde assim que anoitecer.

—Que seja.

E renegociamos. Os vampiros podem beber sangue mundano contanto que seja sangue doado, os feiticeiros podem tirar folga e os lobisomens podem virar híbridos.

Porém, ela exigiu documentos. Documentos provando a legitimidade dos acordos. Protocolando tudo aquilo.

Ela não é burra. Ao contrário, muito inteligente.

Além de exigir uma assembléia de submundanos para que houvesse igualdade. Sendo assim, assinados os documentos os feiticeiros refizeram as alas de proteção. Bem a tempo de ouvirmos todos os alarmes soarem.

—Tem alguma coisa fora do perímetro.

—Membros do Ciclo?

—Não. Tem sangue de vampiro.

—Como sabe?

—O cheiro.

—Não se mexa! Largue o que está segurado!

—Mãos pra cima!

P.O.V. Clary.

Meu Deus! É o Simon!

—Meu Deus! Simon! O que você fez com ele?!

—Não fui eu. Foi a Camille.

—Camille?

—Os vampiros quebraram os acordos.

—Não só a Camille. Ela deu a ele uma prova do sangue dela e como um viciado ele voltou querendo mais.

—Duvido muito. Ele morreu não é? Morreu com o sangue dela no sistema dele.

—É. Ele é um insipiente.

—É o jeito chique de dizer que ele está em transição?

Eu comecei a chorar.

—Me desculpe Simon. Fui eu que trouxe toda essa escuridão pra sua vida. O único motivo para ele ter bebido o sangue da Camille, foi o maldito Cálice. Fui eu. Mas, foi você que o sequestrou! Você o deixou á mercê daquela criatura!

—Nunca quis que isso acontecesse!

—Raphael, eu quero te matar! Estávamos indo tão bem! Estávamos fazendo progresso!

—Foi a Camille não eu! Ela o atacou sozinha.

—Quando ele acordar...

—Vai ter que se alimentar de sangue humano e completar a transição ou não se alimentar... e morrer de vez.

—Está ficando esperta.

—Eu aprendo rápido.

—Você vai fazê-lo ser um diurno?

—Se ele escolher se transformar... vou.

—Pode me fazer ser um diurno?

—Posso, mas eu não vou. Tem que merecer.

P.O.V. Alec.

Um representante da Clave está vindo. Então, o Valentim entra e eu atiro uma flecha nele. Mas, ele a pega.

Logo, o Valentim se transforma numa mulher.

—Eu sou Lydia Brenwell e estou assumindo temporariamente o controle do Instituto. Onde está Clary Mikaelson?

—Estou aqui.

—Bom, você fez uma greve contra nós e considere os seus novos acordos... revogados e inválidos.

—É? Tudo bem, então dona. Beleza.

—Como assim Beleza?!

—Calma Raphael. Calma.

—Onde está indo?

—Embora. Vou voltar pra minha casa.

—A Clave...

—Pega sua Clave... e enfia naquele lugarzinho!

Ela foi embora e levou todos os submundanos com ela.

P.O.V. Clary.

Raphael não para de reclamar.

—Vai aceitar isso quieta?! Temos que agir rápido...

—Não. Temos que ser mais espertos. Nós não somos tapete para eles ficarem nos pisando, não aceitaremos mais os mandos e desmandos dessa Clave. Agora, eles vão provar do meu veneno. Nosso Veneno. Temos que ser discretos, porque vamos montar um exército. E a aquela senhorita Brenwell nem faz ideia que eu tenho meu padrinho do meu lado.

Eu comecei a andar recrutando lobisomens, transformando eles em híbridos.

—E o que eu ganho se te ajudar?

—Te transformo num diurno. Mas, é melhor você ficar de boca fechada sobre esse segredo.

—De acordo. Eu quero meu prêmio agora.

—Promete que estará ao meu lado na batalha?

—Sim. Prometo.

—Ótimo.

Começamos a treinar e treinar e planejar. Logo, atacaremos o Instituto.

—As bombas ainda estão lá Clary. Os explosivos que eu plantei.

—Ótimo. Tem o detonador ai?

—Sim.

—Mas, as alas estão...

—Posso desfazer as alas.

—Legal.

—Eu vou voltar ao cemitério. Os Irmãos do Silêncio tem uma coisa que não lhes pertence.

P.O.V. Lydia.

Os monitores começaram a piscar, picos de energia.

—Energia demoníaca?

—Não. Energia angelical.

—Nessa proporção?! O que teria tanta energia angelical?

—Um anjo. Um anjo!

Os Lightwoods se entre-olharam e Jace também.

—O padrinho da Clary.

—O padrinho da Clary? Quem é o padrinho da Clary?

—Lúcifer. O Satã.

—Mas, é energia angelical.

—O Diabo é um anjo, Lydia. O mais poderoso arcanjo.

P.O.V. Clary.

Estou discursando para os Submundanos.

—Eu estive no Instituto! Tenho amigos Shadowhunters! Eu vi o que eles veem! Eu sei o que eles sabem! E eu vou acabar com eles! Porque eu prefiro morrer lutando por uma vida melhor, do que viver nessa morte mais um dia! Quem caminhará comigo?! Quem lutará ao meu lado?! Porque senhoras e senhores.... Nós importamos!

Eles me ovacionaram!

—Nós não vamos nos curvar! Não vamos aceitar este abuso calados! Vamos chutar as bundas deles! Eles tem sangue de anjo, mas eu tenho anjos de verdade!

O meu padrinho e os irmãos dele aterrissaram.

Daniel Grigori, Cameron Briel, Arienne Walter.