Que a luz nunca se apague

Aquanami - A canção de ninar em giro e resignação.


Uma epidemia na cabeça. Era como uma canção de ninar em giro, perfeitamente acolhedora — se não fosse complementada por uma também tão perfeita ironia. Eram como pequenos risinhos e pequenas mãozinhas, toda aquela música de ninar. Expandindo-a, expandindo-a, expandindo-a. As mãozinhas sem qualquer sensibilidade, apenas tateando e encontrando. Aquilo era tão desesperador. Aquela música girando e ressonando.

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Escuridão estaria em toda parte. Isso seria acolhedor se tornar livre se não fosse tão desesperador o que ela poderia encontrar. No âmago dela, ela poderia encontrar aquela escuridão plena também?

Se ela pudesse, ela complementaria aquela canção de ninar com os gritos dela, gritos de desespero e frustração, e dor.

Em algum momento a canção de ninar mudou, e pareceu como se fosse cantada por ele, o que quer que ele fosse. Apenas miséria. Eles estavam nos ouvidos dela, contando a ela algo de algum dia que ela não lembrava bem.

Aqua murmurou algo que ela mesma não sabia o que era, se tinha sido algum xingamento, alguma melancolia. Não conseguia perceber mais palavras em concreto no estado dela, nada além do franzir de sobrancelha da outra menina que a contemplava naquele momento.

Não demorou muito para Naminé suspirar baixo também. Aqua se focou em afastar a mecha de cabelo que a impacientava de sua testa, para o lado. Depois disso os dedos dela repousaram sobre a porta que se desenhava na frente delas. Isso realmente demorou muito para aparecer. Naminé aguardava com ela, com mais resignação que ela deixava transparecer.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.