Desejo Oculto - TDA

《 Capítulo doze 》


Heriberto virou no mesmo momento que ela o rosto para o beijo e suas bocas ficaram tão perto que podiam sentir a respiração um do outro e ela o olhou nos olhos no mesmo momento que seus lábios roçaram os dele. Victória pegou sua pasta e se afastou aquilo era uma verdadeira loucura e ela se virou para ir.

— Não se atrase... - sem mais caminhou novamente e pegou os sapatos sumindo pela casa e ele sorriu feito um bobo.

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— Aaahhhh Victória... - falou para si mesmo e voltou a mesa para comer estava cheio de fome e teria um longo dia.

Victória foi para seu carro e respirou pesado deixando que o motorista a levasse assim como seus pensamentos, olhou o celular que tocava e era Osvaldo, respirou mais fundo ainda e não o atendeu. Ela tinha os pensamentos voltados ao sonho e aquele momento entre os dois naqueles poucos minutos que tinham estado tão próximos.

Perguntava-se se era possível se apegar tanto a uma pessoa como ela estava apegada a ele, ou melhor, poderia estar apaixonada por seu padrinho de casamento? Negou com a cabeça e as palavras de sua mãe ecoaram em sua cabeça e ela não pensou duas vezes e discou o número dela que atendeu no terceiro toque.

— Oi meu amor... - falou com um lindo sorriso na cara por ter sua menina do outro lado da linha.

— Mamãe, podemos conversa? - falou com a voz baixa querendo o carinho da mãe.

— Sim, quer falar pessoalmente ou por telefone mesmo? - falou com calma.

— Pode me encontrar no teatro mais tarde? - passou as mãos no cabelo.

— Sim, mas por que lá? - estranhou.

— Tenho uma surpresa para a senhora... - falou com o coração aos saltos, queria que a mãe visse o trabalho dela com as meninas e logo elas iriam para algum lugar conversar sobre aqueles sentimentos todos que ela nem conseguia distinguir.

— Então eu te encontro lá mais tarde... - falou sorrindo.

— Eu te amo mamãe!!! - falou toda carinhosa e Julia sorriu ainda mais.

— Eu te amo muito mais minha menina, você não tem ideia de como mamãe te ama!!! - falou com o coração rasgado de amor por ela. - Você é tudo de mais perfeito que tenho nessa vida.

Victória pode sentir os olhos encherem-se de lágrimas e antes que chorasse ali se despediu e desligou rapidamente deixando Julia um tanto preocupada, mas iria resolver suas coisas e logo estaria com sua menina e fosse o que fosse ela estaria a seu lado para que resolvessem juntas.

Victória chegou à empresa e foi resolver tudo que tinha para resolver e depois foi diretamente ficar com as crianças, ensaiaram mais uma vez e ela acalmou seu coração por um momento deixando que apenas a felicidade daquele momento fosse seu foco e o dia se foi...

(...)

Heriberto chegou ao teatro e foi direto ao camarim, tinha um meio sorriso a todas as pessoas e mães que o reconheciam por ali, caminhou e ao chegar onde Victória estava com as crianças parou e ficou a admirar como ela estava linda e tão perfeita naquela roupa de balé. Era a mulher mais linda que ele já tinha conhecido em sua e ficou ali por longos minutos até que uma das meninas veio correndo a ele que a pegou nos braços.

— Aí que bailarina mais linda!!! - a cheirou.

— Tio, vai se vestir. - falou agarrada a ele rindo pelo carinho.

— Eu já estou indo!!! - sorriu mais e a colocou no chão.

Victória veio a ele com um sorriso no rosto e um nervosismo que ele podia sentir de longe.

— Você está perfeita... - falou com calma a admirando.

Ela abaixou um pouco a cabeça e colocou o cabelo para trás da orelha.

— Obrigada!!!!

— Onde eu posso me arrumar?

Ela tornou a olhá-lo e se aproximou, ergueu a camisa dele sem cerimônia e viu o roxo em sua costela e tocou de leve.

— Você tem certeza que vai conseguir? - estava preocupada.

Ele sorriu e pegou a mão dela beijando.

— Sim!!! - piscou para ela que nada mais disse apenas o levou para se trocar.

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Foram alguns minutos em que ela ficou com as crianças e ele voltou com uma fantasia verdade e ao ser visto a risada foi solta, Victória que estava distraída com Antonieta virou e não aguentou também caiu na risada até perder o fôlego. Heriberto ainda não tinha provado toda a fantasia e naquele momento tinha a cara vermelha de raiva e vergonha por estar tão "arrochado".

Ela se aproximou e olhou de cima a baixo e segurou o riso mais era quase impossível e ele a prendeu em seu corpo e disse bem próximo de seu rosto.

— Eu poderia te matar com uma injeção letal por essa fantasia ridícula.

Ela riu mais ainda segurando ele pelos ombros.

— É por uma boa causa doutor árvore!!! - se soltou. - Vamos que está na hora.

Heriberto suspirou e agradeceu que ali ninguém o conhecia além das mães e se posicionou como tinha ensaiado todos aqueles dias, Antonieta ajudou Victória com as crianças e as cortinas foram abertas e a música soou com as crianças começando a dançar e ele se moveu como uma árvore e aos poucos foi se soltando por ver a felicidade das crianças e o sorriso de Victória o impressionava a cada segundo.

Julia estava sentada na primeira fileira e ao ver a filha tão feliz se emocionou e encheu os olhos de lágrimas, começou a gravar para que o marido visse como a filha era linda e feliz com a vida que tinha escolhido, tinha esperanças de que ele mudasse um dia com sua menina, mas eles eram completamente diferentes.

Um homem na última poltrona também sorria emocionado por ver Victória ali dançando e sendo livre como sempre tinha visto. Era uma menina mulher e se movia com um lindo sorriso e sempre de olho em Heriberto que já sorria e as crianças dançavam pelo palco emocionando a todos.

Em determinado momento da peça Heriberto deixou de ser a árvore por um beijo de uma das meninas do balé e era a hora de dançar junto a Victória que sorriu para ele ainda tanto duro, mas com toda a coreografia decorada por ele que a jogou para o alto e ao "cair" em seus braços novamente eles se abraçaram ofegantes com a música tendo fim assim como o espetáculo.

As palmas foram ouvidas de todos que levantaram felizes com aquele momento lindo deles no palco e Victória o olhou nos olhos com um sorriso ofegante e ele a desceu de seus braços e ela olhou a todos na platéia e sua mãe sorriu mandando beijos enquanto chorava muito. As crianças vieram a eles e os agarrou muito e eles ficaram por um tempo ali junto a elas e as cortinas se fecharam com as meninas indo se vestir para ir embora.

Victória também iria fazer o mesmo para poder ir sair com sua mãe, mas Heriberto não aguentava mais segurar seus instintos e entrou no camarim logo atrás dela que se assustou, mas ao vê-lo sorriu.

— Foi um sucesso... - foi somente o que ela conseguiu dizer, pois sua boca foi invadida pela língua dele em um beijo que a muito era desejado e ocultado pelos dois...