Sorriso
Capítulo único.
— Hak, o que é aquilo? — indago após observar um bocado de gente e alguns alvos de tiro.
Hak se vira para o local onde apontei, ligeiramente interessado. Ele não precisa avaliar por muito tempo até descobrir do que se trata.
— É um campo de tiro onde você aposta. — responde a minha pergunta.
— Aposta?
— Você aposta onde acha que o competidor vai acertar o alvo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Dou um sorriso, animada. Deve ser bem interessante participar de uma competição dessas.
— Parece divertido. — confesso a ele.
Hak não me responde diretamente. Em vez disso, ele vai até o senhor que administra a competição. Não fico para trás e o sigo para ver o que faria.
— Ei, senhor, posso ser um competidor? — então Hak gostaria de participar?
Eu quero ver isso. Certeza que irá acertar com facilidade, afinal, ele é um ótimo professor.
— Ei, jovem. O próximo ponto está prestes a abrir. — o senhor o informa.
— Não, na verdade, a competidora será esta jovem senhorita aqui.
Hak me indica com uma mão, enquanto a outra toca um dos meus ombros. Ele esboça um pequeno sorriso divertido.
— Espere um segundo, Hak... — falo, surpresa por ter me inscrito ao invés dele mesmo.
— Não tem problema, tem?
Ele olha pra mim, como se me desafiasse. Alguns homens próximos a nós comentam sobre a minha inscrição, desdenhando. Não devia ser usual uma mulher entrar nesse tipo de competição. Isso me deixa ligeiramente irritada e um pouco pressionada.
— Eu consigo de qualquer forma! Fazer esse tanto. — respondo, decidida a participar.
Alguns homens apostam que eu não acertaria nada, ou no máximo que iria acertar a marca mais longe do centro. Eles não dão nenhuma confiança em mim, deixando-me ainda mais nervosa. Crispo os lábios, descontente.
— Duzentos rin que ela acerta a primeira marca! — Hak exclama sem nem ao menos hesitar.
Ele apostaria todo o dinheiro que restou em mim? Bom, eu realmente havia melhorado no arco e flecha.
— Princesa... Apenas relaxe. — ele incentiva, dando confiança a mim.
Hak está observando... Não posso deixar que ele veja meu lado ruim! Não depois de todo o treinamento que ele me deu e o esforço que tive. Suas palavras me dão conforto e confiança, tirando a raiva e a pressão que os outros homens fizeram em cima de mim. Direciono o arco e a flecha assim que os pego, mirando exatamente na marca do meio, onde Hak disse que eu acertaria. Em menos de um segundo ponderando se mirei certo, lanço a flecha com a seriedade de uma batalha real. Pois, de certa forma, também era. A flecha acerta em cheio na primeira marca, para a surpresa de todos — com exceção de Hak — do local.
— Viram isso, idiotas? Ela não é incrível?! Minha jovem dama! — Hak se gaba das minhas habilidades.
Hak está sorrindo tão intensamente... Há quanto tempo não o vejo com uma expressão feliz, genuína e sem preocupações? Normalmente ando vendo um resquício de tristeza em seu sorriso. A última vez provavelmente fora quando estávamos ainda no castelo, antes de tudo acontecer. O seu sorriso é simples, mas verdadeiro e bonito.
Ver que o motivo do seu sorriso é apenas o fato de eu ter acertado com sucesso a flecha no ponto central da mira me faz ficar muito orgulhosa, além de dar uma vontade ainda maior de esforçar e melhorar as minhas habilidades de combate. Deixá-lo feliz e satisfeito com o resultado também fez com que eu fique com uma felicidade acima do que eu jamais imaginaria que poderia ficar com algo parecido. Parando pra pensar nisso, o sorriso de Hak é realmente importante.
Quando foi que o seu sorriso virou tão especial aos meus olhos? Difícil saber, visto que passamos por tanta coisa juntos. A minha única certeza é que eu realmente amo esse lado de você, Hak. Gostaria que sempre pudesse rir assim. Devo dar o melhor de mim.
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