Sherlock - Season 5

O encontro dos Jogadores.


Tem certeza? – John perguntou ao detetive.

Os dois estavam no convés de barcos em uma parte afastada da cidade, a ilha de Chiswick Eyo ficava a poucos quilômetros dali. O detetive iria sozinho e John se limitou a acompanha-lo apenas até ali. Não poderia esperar mais tempo ainda mais depois de ver a imagem do rosto de Molly naquela foto, o que fez seu sangue ferver.

Eu vou conseguir salva-la – Sherlock disse e subiu no barco.

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Só não faça nada imprudente – John desamarrou o barco.

Ora John você me conhece – o Holmes se permitiu um mínimo sorriso – eu não vou mais deixar ele, eu ou qualquer outra pessoal machucar Molly.

O Watson observou o amigo por alguns minutos, ele se sentia culpado por tudo aquilo e jamais se perdoaria se Molly se machucasse ou morre-se por sua causa. Ao que tudo indicava a prioridade era a segurança dela e não a dele.

Acredito em você – John suspirou – nos vemos quando isso acabar.

Adeus John – Sherlock disse e deu partida no barco rumo aquela ilha.

Que Sebastian estivesse preparado para as consequências daquela situação já que mesmo ele pensando que tem um controle absoluto ele cometeria o mesmo erro de todos que desafiaram Sherlock para um jogo. Subestima-lo.

—x-

Sra. Hudson estava preparando o jantar enquanto Jane brincava com Rose na sala da casa dos Watson. Depois que Sherlock saiu com John, Mycroft também sumiu por um tempo e ela ficou designada para cuidar da filha de John e da Sra. Hudson. Ela estava preocupada já que o Watson não respondia suas mensagens e muito menos atendia o telefone.

Você se acostuma – Sra. Hudson disse sentando no sofá.

Eu só – Jane sorriu fraco – estou com um mal pressentimento.

Eu sempre sinto isso quando vejo aqueles dois saindo pela porta rumo a desvendar um novo mistério – Sra. Hudson sorriu – saiba que mal pressentimento nenhum se aplica aqueles dois.

Então me ensine a me acostumar – Jane levantou e foi até a janela olhar o movimento da rua.

Seu treinamento na CIA foi de boa serventia, mas eles não te preparavam para lidar com situações que envolviam as emoções humanas, como conseguir ignorar a preocupação com pessoas com as quais se importa? Difícil. Jane estreitou os olhos e viu uma luz vermelha.

Sra. Hudson – ela disse sem tirar os olhos da janela – pegue rose e vá para o porão seguro agora.

A loira sacou a arma sem nenhum alarde e Sra. Hudson desceu as escadas, mas foi impedida por um homem que arrombou a porta e a puxou pela blusa.

Sra. Hudson! – Jane apontou a arma para o homem – Parado aí!

O homem pegou Rose a força e empurrou Sra. Hudson para perto de Jane. A pequena começou a chorar.

Larga ela agora – Jane disse firme com a arma apontada para ele.

Vai correr o risco de atirar nela? – o homem disse.

Eu nunca erro – a loira disse com o olhar firme – e você está sozinho.

Não me subestime, o Sr. Moran sabe o que faz – ele respondeu.

Mycroft também – Jane respondeu com um sorriso de canto e outros agentes entraram na casa cercando o homem.

Droga – o homem disse – não vou entregar!

No minuto seguinte ele jogou uma bomba de gás na sala sumindo da vista de todos. Jane por sua vez correu e o enxergou na rua enquanto Rose chorava e estendia o braço na direção da loira.

Já chega! Pare agora! – Ela gritou mais uma vez e atirou acertando a perna do homem que caiu no chão – Rose!

Jane correu e pegou a garotinha no colo a acalentando, mas o homem se levantou mesmo com dor pronto para ir pra cima dela. Jane correu e colocou Rose sentada na calçada e se virou para atirar novamente, mas o homem estava próximo a ela e a desarmou.

Você é um incomodo – ele disse e os dois começaram a lutar corpo a corpo.

Jane era boa nessa luta e se movimentava bem rápido, mas ele era mais forte e num segundo de distração a socou no estomago. Ela tossiu e urrou de dor caindo no chão.

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Não vou decepcionar o Sr. Moran – o homem disse e piso no peito dela – vou matá-la e levar a menina.

Eu vou cuidar bem dela prometo – Jane disse para John assim que ele se despediu dela.

Obrigado – ele sorriu – fico mais tranquilo sabendo que ela está bem e segura, não sei o que eu faria se algo acontecesse com minha filha.

Minha prioridade é a segurança dela confia em mim – Jane o olhou nos olhos.

Eu confio – John sorriu.

Ela não podia decepciona-lo aquilo foi uma promessa e ela nunca iria falar com John, nunca. A arma estava perto e ela esticou o braço para pega-la e em segundos ela conseguiu dar um tiro certeiro no homem que caiu no chão desacordado.

Rose – Jane correu e abraçou a pequena que já tinha parado de chorar e que abraçou forte a loira – está tudo bem minha pequena.

Os agentes chegaram e levaram o homem enquanto Sra. Hudson pegou Rose no colo. Jane pegou o celular e digitou uma mensagem para Mycroft, era melhor se apressarem.

—x-

Sherlock desceu do barco e encarou a ilha que parecia abandonada e na realidade estava mesmo. Andou um pouco, mas logo ouviu o barulho de carros e em um caminho entre as árvores um carro surgiu e dois homens desceram dele.

Sr. Holmes – um homem disse, ele estava armado – o Sr. Moran o espera.

Sherlock apenas assentiu com a cabeça e entrou no carro. Sebastian estava em vantagem ali e o detetive sabia que sua vida não corria risco, mas quem estava realmente por um fio era Molly. Mais fundo na floresta havia uma antiga mina abandonada e foi ali que pararam, o Holmes avistou muitos homens armados ao redor do local e que fugir dali seria uma tarefa um tanto complicada.

Seja bem-vindo Sr. Holmes – a voz de Sebastian ecoou pela entrada do local e sua imagem se viu no portão de entrada – vejo que realmente acatou minhas ordens, muito sábio de sua parte.

Eu não acho que devo temer por minha vida Sr. Moran – Sherlock o observou ele estava com Molly minutos antes de estar ali – já que não quer me matar.

Nisso não iremos discordar – ele fez sinal e os seus homens saíram de perto – siga-me.

Onde ela está? – o detetive perguntou num ato involuntário, estava ficando preocupado.

Melhor manter a calma – Sebastian se virou para encará-lo – eu mandei meus homens irem embora para a floresta só para garantir que você não trouxe reforços e também porque agora o jogo de verdade começa com apenas dois jogadores e um prêmio final – ele sorriu de forma confiante – a vida de Molly Hooper.

Acha que eu arriscaria a segurança dela trazendo alguém aqui? – Sherlock retrucou.

Mycroft é muito bom em passar despercebido, disso Jim me alertou muito bem – Moran continuou andando – estamos acima da mina onde há muitas salas – eles entraram numa sala grande – aqui Sr. Holmes estão as chaves das salas e em uma delas está Molly esperando para ser resgatada.

Sherlock analisou as chaves e pensou no mapa que havia visto da mina, tinham muito mais chaves do que salas. Moran iria dificultar muito aquilo.

Quanto tempo pretende me dar? – Sherlock disse chegando perto da chaves.

Como sou um bom homem te darei 15 minutos – Sebastian caminhou para a saída – enquanto isso eu e minha espingarda estaremos observando Molly porque assim que o tempo acabar eu vou matá-la.

Sherlock se virou para encará-lo, mas o homem já havia sumido se sua vista. Não importava quanto tempo ele teria e mesmo se chegasse a tempo ele sabia que Sebastian mataria Molly mesmo assim e só queria deixar as coisas mais interessantes enquanto esperava o detetive ter a sensação de vitória para no último minuto fracassar. Sherlock sabia de tudo isso e ainda que Sebastian se achasse no controle Sherlock estava um passo à sua frente.

—x-

Qual a sua posição? – Mycroft perguntou pelo comunicador enquanto estava escondido no barco.

Estou perto das alavancas – John disse e avistou os homens de Moran se aproximando – temos companhia.

Não se preocupe doutor Watson meus homens sabem o que fazer – o Holmes mais velho disse.

John correu e se protegeu atrás de uma árvore enquanto os agentes de Mycroft faziam o maior trabalho. Os tiros se ouviam dos dois lados e John detestou a sensação de estar novamente em um campo de batalha. Ele entrou na sala das alavancas e respirou fundo controlando seus nervos.

Esperando o seu sinal – John disse no comunicador.

Agora é sua vez caro irmão – Mycroft sussurrou para si mesmo.

—x-

Sherlock abriu diversas portas ao acaso já que precisava ganhar tempo para que Mycroft pudesse assumir o controle do local. A ordem era que ninguém interferisse no encontro dele com Sebastian até Molly estar devidamente segura. Após abrir mais uma sala se deparou com o vazio. O total de chaves era de 40, mas o total de salas era reduzido para um pouco mais que a metade sendo que cada uma se dividia em alas diferentes da antiga mina. Os números óbvios foram descartados pelo detetive. Sherlock parou um pouco e começou a pensar.

Se ele me deu várias chaves para me fazer perder tempo – Sherlock olhou para as chaves que faltavam – de acordo com a ordem que estavam só há um número certo.

Ele andou pelo corredor até a menor porta que tinha, aquela era a sala de número 25. Sherlock pegou a chave e ela entrou como uma luva na fechadura e quando ele ouviu ela destrancar torceu por sua intuição estar certa.

25 de agosto – ele disse para si mesmo – aniversário de Moriarty.

Quando enfim puxou ar para os pulmões entrou na sala que mais era um grande pátio a céu aberto onde haviam torres ao seu redor e a uma distância grande ele a viu com uma mordaça na boca e machucada. Seus olhos estavam marejados, ela estava de joelhos e com as mãos para trás amarradas assim como os pés. Sherlock sentiu uma agonia ao vê-la daquele jeito, se sentiu um inútil e mais culpado ainda.

Molly! – ele gritou atraído a atenção dela para si.

Molly arregalou os olhos e balbuciou algo impossível de se entender já que ela estava com um pano amarrado na boca. Sherlock tinha apenas mais 2 minutos para chegar até ela então seus pés se moveram. Sebastian poderia estar em qualquer torre daquela com sua espingarda pronto para atirar na legista.

Me perdoe – Sherlock disse enquanto apressava os passos – eu estava com medo Molly, medo da mudança que você traria para minha vida – ele parou por um instante ofegante e se apoiou nos joelhos – eu admito que fui um covarde, mas se eu a procurasse eu teria que confessar e eu não estava preparado – levantou seus olhos azuis que olharam para a legista – você é a última pessoa no mundo que eu quero que sofra e eu mesmo não quero ser o responsável pelas suas lágrimas – ele começou a caminhar dessa vez sem pressa em direção a ela – eu não posso mais esperar e espero que acabe com a agonia que estou sentindo me aceitando ao seu lado porque eu...

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Sherlock respirou fundo como se sua vida dependesse daquele ato, ela estava tão próxima dele que mais um pouco conseguiria alcança-la, mas não poderia assustar Sebastian se não ele atiraria com toda a certeza.

Eu amo você – ele disse então se jogou em direção de Molly – AGORA!

E ouviu-se o som do tiro que foi em direção aos dois.