Luke suspirou. Ele acabou de se mudar. Ele precisava. Sua esposa havia falecido há algum tempo e ele sentiu a necessidade de trocar de apartamento.

Infelizmente nenhum era bom o suficiente, nem tinha a localização do seu trabalho novo no FBI. Ele estava desistindo quando um papel voou em sua cara. Pegando o papel, ele percebeu que era de um apartamento para alugar.

Era do outro lado da rua. Ele entrou no prédio e subiu as escadas. Algo o atraia para aquele apartamento e ele não entendia.

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— Eu gostaria de ver o apartamento. – Luke pediu. – Por dez ou quinze minutos.

— Certo. – O zelador abriu a porta. – É uma pena o que aconteceu a moça.

Ele foi recebido por um apartamento em roxo brilhante com figuras de ação e cartazes. Ele olhou por todos os cantos, esperando que alguma foto da mulher estivesse. Nada.

— Ela não tem família. – A corretora disse. – É um cara que colocou para alugar. Ele disse algo sobre acidente de carro.

Luke experimentou o sofá de Penelope e sentiu paz pela primeira vez.

— Eu adorei. – Ele disse. – Quero ficar aqui.

— Ok. – A corretora estava feliz. – Trago os papeis logo.

— Obrigado. – Luke respondeu. – Peça a eles para eu ficar com o sofá.

A corretora riu do pedido.

No primeiro dia, Luke foi ao trabalho. A equipe parecia mais contida, no entanto.

— Desculpe por isso, agente Alvez. – Hotch estava chateado. – Tem sido difícil desde que nossa analista entrou em coma.

— Espero que ela fique bem. – Luke respondeu sincero. – Vejo que todos sentem a falta dela.

— Ela deixou uma marca única aqui. – Hotch olhou para Spencer. – Peça a Spencer para levar você até ela.

— Vamos focar alguns casos e depois eu posso conhecer ela. – Luke sorriu. – Se me desculpar, preciso ir para casa dar comida a Roxy.

— Certo. – Hotch deu um sorriso triste. – Ei Derek. Como ela está?

— Na mesma. – Morgan ainda estava no leito de Penelope. – Eles.... Eles me deram os documentos.

— Você vai desligar? – Hotch não queria isso. – Pense nela.

— Estou pensando nela. – Derek rosnou ao telefone. – Ela está sofrendo aqui.

Luke entrou na casa e procurou uma cerveja na geladeira. Sua esposa faleceu de um problema cardíaco.

— Ei. – Penelope gritou. – Quem é você? O que está fazendo no meu apartamento?

— Ah! – Ele quase deixou a cerveja cair. – De onde você veio?

—Está invadindo. – Ela tentou alcançar o telefone. – O que?

Luke olhou espantado para a mulher a sua frente. Ela era um fantasma e uma fantasma muito bonita se ele pudesse dizer.

Foi assim por dias, até Luke decidir compartilhar com alguém. E Spencer apenas o olhou espantado.

— Eu preciso te mostrar algo. – Reid falou. – Está na hora de conhecer nossa técnica.

Quando Reid o acompanhou pelo corredor do hospital, ele se apresentou e a enfermeira deu-lhe um sorriso triste.

— Luke. – Reid o impediu de entrar. – Eu gostaria de apresentar Penelope Garcia.

— Meu Deus! – Luke gritou. – É ela! A mulher que vem me perseguindo.

— Ela esteve em um acidente a três meses. – Reid explicou. – Seu carro foi prensado entre uma carreta e o muro. Foi um milagre ela ter vivido tanto.

O espirito de Penelope se aproximou de seu corpo e olhou incrédula.

— Ela é linda. – Luke estudou a mulher. – Mas ela está morrendo aos poucos.

— Sim. – Reid ficou triste. – Derek está pensando em assinar o desligamento dos aparelhos.

Luke olhou chocado. Não, ele não poderia deixar ela morrer agora.

Quando ele voltou para o apartamento, as imagens de Penelope ficaram em sua mente. Havia uma chave para o terraço acima do apartamento.

Era um lindo lugar. Ele havia planejado um lugar maravilhoso para ele, mas agora, ele se sentou e ficou admirando o céu.

— Eu queria fazer um jardim aqui. – O espirito de Pen falou. – Acho que não vou conseguir.

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— Estava esperando você aparecer. – Luke ficou feliz agora. – Eu não sei porque, mas desde que aprendi a viver com você, eu sinto vontade de te beijar.

— Nunca vai acontecer, não é? – Pen estava machucada. – Derek vai desligar os aparelhos e eu... Eu vou morrer.

— Nunca. – Luke queria abraçar ela. – Eu não vou te perder como perdi a minha esposa.

— Nunca me contou como foi. – Pen se afastou. – Ou o que aconteceu.

— Ainda me machuca. – Luke respondeu. – Eu prefiro não comentar.

— Podemos tentar algo? – Pen o olhou fundo. – Se essa for nossa última noite...

Descendo para o quarto, Luke se deitou em sua cama e o espirito de Garcia também.

Colocando as mãos quase perto, ambos puderam sentir a conexão que compartilhavam.

— Eu sei porque não fui embora. – Pen falou de repente. – Você é meu negócio inacabado.

Luke chorou. Ele não poderia aceitar que ela fosse embora.

Seu telefone tocou e ele sentiu como se a morte estivesse ligando para ele.

— Boas notícias. – A voz irritante da corretora anunciou pelo celular. – Parece que o apartamento pode ser seu para sempre.

— O que? – Ele se sentou rápido. – O que mudou?

— Parece que eles vão desligar os aparelhos dela hoje. – Ela soava como se estivesse comemorando. – Eu passo com os papeis logo mais.

Luke correu em busca de roupas. Ele precisava seriamente correr e salvar a mulher da sua vida.

Ele pegou seu amigo dos tempos de captura de fugitivos e o obrigou a participar.

— Vamos roubar um corpo? – O home estava chocado. – Vamos ser presos e você vai ser demitido do FBI.

— Eu não vou deixar ela morrer. – Luke gritou. – Não quando eu encontrei alguém.

— Ela está em coma, Luke! – Ele praticamente gritou. – E vão desligar seus aparelhos.

— Não vou permitir. – Ele entrou no hospital vestido de médico. – Pegue tudo que for para entubar alguém. Vamos salvar essa garota.

Eles equiparam tudo e seguiram até o quarto de Penelope. O home hesitante apenas parou na porta. Seus olhos se mantiveram na mulher deitada na cama, mantida pelos aparelhos.

— Luke. – Ele não conseguia falar. – É ela?

— Sim. – Luke viu seu amigo em choque. – O que?

— Lembra do encontro que não deu certo? – Ele viu seu amigo suspirar. – É ela. Eu pedi a Derek para apresentar ela a você.

Luke olhou em choque. Ele ficou chateado pelo encontro ter sido cancelado.

“Ela acabou se acidentando. Parece que é grave. ”

“Não daria certo de qualquer jeito. “

“Não diga isso. Ela era uma boa mulher. ”

— Ela é o meu negócio inacabado. – Luke sussurrou. – Por isso ela se manifestou para mim.

— Eu vou te ajudar a levar ela. – O homem agora decidiu. - Ainda há uma chance.

Quando eles saíram do quarto, com Penelope na maca, ainda respirando com o respirador automático, Luke teve que agir rápido quando os guardas tentaram alcançar.

Houve uma briga e o respirador foi arrancado de Penelope. Luke olhou para o espirito desaparecendo, enquanto as linhas ficaram planas.

— Luke. – O espirito de Garcia sumia. – Estou com medo.

— Não. – Ele a beijou em uma tentativa de respiração boca a boca. – Eu te amo, Penelope.

Derek olhava a cena junto com Hotch. Um segurança afastou Luke do corpo de Garcia. Então de repente, a magia apenas funcionou.

Penelope abriu os olhos e começou a tossir, respirando com dificuldade, mas claramente sozinha.

Luke estava contido por dois seguranças, a olhava com expectativa.

— Baby Girl! – Derek estava perto dela. – Eu não posso acreditar que eu quase te deixei ir.

Hotchner fez sinal para os seguranças soltarem Luke e se aproximar.

— Oi. – Luke viu como ela hesitou. – Estou feliz que esteja acordada.

Penelope olhou para Derek e ele entendeu.

— Baby, é Luke. – Derek viu a confusão nos olhos dela. – Você não se lembra dele?

Ela apenas balançou “não” com a cabeça. Luke engoliu em seco e se afastou. Seu coração quebrou. Suas lágrimas apenas caíram. E ele foi embora.

Duas semanas depois...

— Eu nem acredito que você esteja bem Baby Girl. – Derek abriu a porta do apartamento. – Alugamos o apartamento por alguns meses, mas o homem foi embora.

— Obrigado Derek. – Ela o abraçou. – Volte amanhã. Quero ficar um pouco sozinha.

— Me chame se qualquer coisa acontecer. – Derek piscou para ela. – E Hank quer muito ver sua madrinha.

Ela sorriu. Sentando no sofá em frente à mesa, ela tocou a marca circular. A lembrança de uma briga com o homem do hospital depois de ele a fazer, a assustou.

Subindo ao telhado, Garcia entrou no que agora era um lindo jardim. Não era apenas um jardim. Era o jardim que ela queria fazer antes doo acidente.

— Desculpe. – Luke apareceu de repente. – Eu só achei que você deveria ter seu jardim. Estou indo embora.

— Espere! – Penelope sabia que o conhecia. – Como entrou aqui?

— A chave. – Ele a viu pensando. – Debaixo do extintor.

— Ah. – Ela o viu ir embora. – Você precisa colocar de volta.

Luke apenas assentiu. Penelope o olhou.

— Eu sinto que conheço você. – Ela começou a lembrar. – Mas de onde eu te conheço?

— Talvez dos seus sonhos. – Luke estendeu a mão para ela.

Hesitando um pouco, Penelope estendeu a própria e tocou a de Luke. Os flashbacks a inundaram.

— Não foi um sonho. – Penelope disse de repente.

— Não. – Luke concordou. – Não foi um sonho.

Luke a puxou e então suas bocas se encontraram. Todo o resto depois foi maravilhoso entre eles. O beijo no jardim que ambos sonhavam era o que faltava.

Eles começaram a trabalhar juntos na BAU. Derek sorriu quando viu ambos se beijando. Era a magia do amor.