Depois do Quadribol.
Capitulo Unicco.
— Eu não acredito que ele jogou um balaço no Lee! – Tenten, a apanhadora do time, disse no vestiário da Grifinória. – Maldito sonserino!
Quando os professores sugeriram um treino de Quadribol entre o time da Sonserina e da Grifinória, para promover a interação e a amizade das casas – como se isso fosse possível – Sakura soube que não daria certo e disse isso para Temari, a capitã do time da Grifinória, mas a capitã respondeu que os professores foram irredutíveis.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!No começo do treino, eles ainda mantiveram a civilidade, mas foi só os professores saírem para os ânimos se exaltarem, mas o que marcou realmente o fim de toda aquela baboseira de amizade foi Sasuke Uchiha jogar um balaço na direção de Lee...
Ele nem mesmo era um batedor! O idiota era um artilheiro!
Por sorte Sakura estava por perto e conseguiu voar tempo suficiente para rebater o balaço, mas aquilo fez uma briga generalizada se formar e se não fosse os capitães, muitos teriam sacado duas varinhas por sorte os capitães conseguiram botar tudo em ordem.
— Nós deveríamos ir atrás dele e dar uma lição para todos os sonserinos aprenderem a não se meterem com o time da Grifinória. – Kiba sugeriu já se animando.
Sakura ergueu uma das sobrancelhas.
O que Kiba tinha de corajoso, também tinha de sem noção porque para puxar briga com Sasuke a pessoa não batia tão bem assim da cabeça.
Sasuke Uchiha, além de ser um dos artilheiros e astros do time da Sonserina, era um bruxo muito habilidoso, um dos melhores do seu ano e também vinha de uma família bruxa muito poderosa e tradicional.
Os planos de Kiba foram interrompidos por um barulho alto de algo sendo fechado com força e ao se virarem encontrarem Temari ao lado do baú onde guardavam as bolas do jogo. Kiba engoliu seco ao ver a capitã se aproximar com pisadas fortes.
— Hey, Uzumaki! – seu tom tentava ser controlado, mas era claro que estava puta da vida. Ela parou ao lado do loiro, que estava sentado no banco que ficava ao lado dos armários e que esteve em silêncio todo aquele tempo. – Avisa pro seu amiguinho que dá próxima vez que ele tentar machucar algum dos meus jogadores, eu vou enfiar um balaço em lugar que nem a Tsunade vai saber como tirar.
Naruto arregalou os olhos azuis, as costas coladas na parede tentando colocar mais distancia entre eles e assentiu freneticamente, Temari estreitou os olhos, ainda parecendo irritada, mas não disse mais nada, tirou seu equipamento de proteção, o guardando, e saiu sem falar mais nada.
Apesar do gênio forte, Temari era uma boa capitã e tinha o pulso firme o bastante para colocá-los na linha o que trazia ótimos resultados o que já era o bastante para Sakura gostar dela.
Aos poucos o vestiário foi esvaziando até só sobrarem Sakura e Naruto.
— Já está indo para sala comunal? – ele perguntou já na porta.
Ela balançou a cabeça negativamente, ajeitando a varinha entre as vestes.
— Vou passar na cozinha primeiro e pedir para um elfo domestico pegar algo para mim. – foi até ele e os dois saíram do vestiário.
Eles seguiram juntos pelos corredores iluminados por velas até chegarem a uma encruzilhada onde eles seguiriam caminhos diferentes.
— Olha, sobre o que aconteceu no jogo... – Naruto coçou a parte de trás da cabeça, nervoso. – Eu vou conversar com o Sasuke, ok? Foi babaca aquilo que ele fez.
Sakura sorriu, achando uma graça como Naruto se sentia mal por algo que nem tinha sido ele que fez.
A amizade entre ele, um grifinório, e Sasuke, um sonserino, nunca foi bem vista entre os membros das duas casas, ela mesma nunca entendeu como de fato eles viraram amigos – os dois eram totalmente opostos um do outro – mas Sakura admirava a coragem de Naruto em persistir naquela amizade.
— Quadribol é assim mesmo... – ela sorriu de lado. – Sempre tem uns babacas. – os dois riram.
— Ah, pode trazer um pedaço de bolo de laranja da cozinha pra mim? – ele pediu, os braços cruzados atrás da cabeça definitivamente mais relaxado que antes.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Eu não. – ela disse se distanciando dele. – Vou comer tudo sozinha.
— Que má, Sakura! – ele choramingou. – Seja rápido, ok? O toque de recolher vai ser daqui a pouco!
Sakura assentiu e continuou caminhando.
Agora sozinha, Sakura seguia cantarolando uma música trouxa que era costumava ouvir na casa dos pais. Sakura era nascida trouxa e não fazia questão nenhuma de esconder aquilo, mesmo que sofresse com preconceito de outros bruxos em maioria de sangue puro e da Sonserina ela resolveu rebater aquilo mostrando que tinha orgulho de sua origem e mostrando todo seu potencial
Se uma pessoa achava ruim o fato dela ser nascida trouxa e estar ali, quem tinha problemas era essa pessoa e não Sakura! Ela recebeu a cartão como todo mundo ali e então tinha direito de estar ali como todo mundo
Ela continuou seguindo até as masmorras onde ficavam a cozinha e, infelizmente, a sala comunal da Sonserina porém esse fato ela iria ignorar, já pensando nas delicias que a aguardavam na cozinha.
— Argh! – soltou a exclamação quando um arrepio desceu, fazendo seu corpo tremer.
As masmorras eram a parte mais fria do castelo e mais escuro também, nem mesmo as velas nas paredes pareciam ser suficiente para iluminarem os corredores.
Cansada de ficar forçando a visão, Sakura tirou a varinha das vestes.
— Lumos! – sua varinha acendeu na ponta e ela finalmente pode ver bem o corredor.
Já se arrependendo no segundo seguinte ao ver Sasuke encostado em uma das paredes em uma encruzilhada entre o corredor que ela estava e o corredor que dava para a sala comunal da Sonserina.
Ela bufou, mas decidiu não apagar a luz para que ele não pensasse que ela tinha medo de esbarrar com ele, resolveu em vez disso passar e ignorá-lo.
Como se o ego do Uchiha suportasse ser ignorado.
— Haruno. – ela ouviu ele a chamar mais perto do que deveria.
Droga, ele a estava seguindo?
— Uchiha. – não parou de andar, nem mesmo o olhou. – Não deveria estar na sua sala comunal? Daqui a pouco seu monitor vai aparecer.
— Digo o mesmo de você. – ele realmente a estava seguindo. – Na verdade, acho que vai ser até pior se o meu monitor te pegar aqui.
— Falando desse jeito quem não te conhece acha até que está preocupado. – ela não conseguiu terminar a frase sem rir de como aquilo era ridícula a ideia.
— Está tão brava assim pelo o que aconteceu no treino? – perguntou ignorando o que ela tinha dito.
Sakura riu mais uma vez.
— Você foi babaca e chocou total de zero pessoas, Uchiha.
— Nem encostou nele. – argumentou revirando os olhos, achando um drama desnecessário aquilo.
— Porque eu estava lá! – ela parou de repente e virou para trás, o confrontando.
Sasuke estava a apenas alguns metros dela e também parou, com as mãos dentro do bolso da calça, ele não usava a capa preta característica do uniforme mostrando que vestia a camisa social dobrada até o cotovelo, a gravata verde e cinza e o suéter.
Ele ergueu uma das sobrancelhas.
— Está levando a situação a sério demais, Lee é o goleiro, certo? Ele já está acostumado com essa situação.
Sakura estreitou os olhos, se controlando para não perder a cabeça.
— Você nem mesmo é um batedor! Por que jogou um balaço nele? Devia estar atrás das goles e não tentando prejudicar meu jogador!
Sasuke estreitou os olhos e deu um passo na direção dela, que não se mexeu para mostrar que a presença dele não a intimidava.
— “Seu jogador”? – repetiu inclinando a cabeça para o lado, como se não tivesse entendido. – Tem certeza que não está se preocupando com ele por outros motivos?
Ela uniu as sobrancelhas fazendo uma careta, seu rosto em confusão mostrava o absurdo que aquela ideia lhe pareceu.
— Você ficou cheirando alguma erva da aula de poções? Qual é o seu problema, Uchiha?
Ele deu mais um passo, se aproximando mais.
— Responda a pergunta. – ordenou.
Ela ergueu uma sobrancelha, debochada, e colocou uma mão na cintura.
— Como é que é?
Mais um grande passo até ela, agora os dois estavam separados apenas por poucos centímetros e Sakura teve que levantar o rosto por causa da diferença de altura deles para continuar o olhando nos olhos. Por que ele tinha que ser tão alto? Urgh.
— Você é irritante.
Sakura riu outra vez, debochada e incrédula. Aquele garoto tinha realmente perdido a cabeça.
— Eu não vou perder mais o meu tempo com você, tenho mais o que fazer. – disse e se virou com intenção de voltar aos seus planos originais de ir até a cozinha.
Ela voltou a andar e pode ouvir os passos dele junto indicando que ele tinha voltado a segui-la.
A bruxa revirou os olhos. Por que ele não voltava para masmorra da onde tinha saído, Merlin? Por que estava ali enchendo a paciência dela?
— Quer parar de me seguir? Isso já está ficando estranho. – reclamou irritada.
— Não posso ir na cozinha junto?
Sakura o olhou pelo canto do olho vendo que ele tinha uma expressão calma, que até dava raiva, no rosto.
— Como sabe que eu iria na cozinha?
Ele não respondeu o que fez Sakura bufar e decidir ignorá-lo.
— Por que me odeia tanto? – a pergunta de Sasuke pegou Sakura de surpresa após eles passarem algum tempo em silêncio.
Os dois pararam de andar e ela uniu as sobrancelhas em confusão, que pergunta mais aleatória.
— Porque... – ela começou toda certa de si, mas a frase morreu no meio quando ela não soube colocar em palavras.
Ela o odiava porque ele era ele! Sasuke Uchiha! O puro sangue sonserino perfeito!
O sonserino a olhou e o seu olhar era muito intenso, esperando pela resposta dela, intensidade essa que fez Sakura sentir suas bochechas e orelhas queimarem. Ela estava se sentindo acuada.
— Que motivos você me dá para gostar de você? – fugiu da resposta, fazendo uma pergunta tentando sair daquela pressão do olhar dele. - Olhe o que você fez hoje com o Lee!
Sasuke estreitou os olhos de leve e deu um passo até ela e Sakura recuou, sentindo suas costas baterem na parede do corredor, a única coisa que os separava era a varinha dela que Sakura mantinha erguida e iluminava o ambiente.
O que era aquilo? Desde quando a presença de Sasuke tinha o poder de deixá-la acuada? De a fazer esquecer seu argumentos? Droga de diferença de altura! Ela engoliu seco, suas mãos suando de nervoso.
— Me dê uma chance. – ele pediu, seu tom bem mais agradável, quase como uma seda.
O que?! Sakura piscou várias vezes, nervosa.
— Como é? – ela expulsou as palavras da boca, mas sua voz quase falhou mostrando o quão nervosa ela esta.
— Me dê uma chance de provar que não sou a pessoa horrível que você acha que eu sou. – pediu sem desviar seu olhar do dela nem por um momento.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Sakura o olhava nos olhos, esperando pelo momento em que ele faria alguma gracinha e diria que estava brincando, mas Sasuke apenas continuou a olhando nos olhos, bastante sério.
— E-eu... – ela gaguejou, chocada, sem saber o que responder ao pedido.
Porém, antes que ela pensasse em algo, a conversa dos dois foi interrompida pelo som de passos em um corredor próximo.
— Hey, quem está ai?! – eles reconheceram a voz do zelador.
Eles tinham perdido completamente a noção do tempo, já tinha se passado e muito do toque de recolher.
— Nox! – Sakura murmurou e a luz de sua varinha se apagou.
Os dois mergulharam na escuridão incomoda das masmorras e Sakura já estava pronto para dar o fora dali tateando pelas paredes quando viu, pela fraca iluminação das velas, uma mão estendida em sua direção. Ela seguiu com o olhar da mão para o dono dela, encontrando Sasuke a olhando de volta.
— Eu te ajudo a sair daqui.
Ela não pareceu muito segura em aceitar.
— Quer ser pega ou não? – Sasuke perguntou sem paciência. Não tinham tempo para aquilo, pelo som dos passos o zelador estava cada vez mais perto.
— Argh. – ela exclamou, insatisfeita, mas colocou a mão sobre a dele. – Anda, me tira daqui.
Por causa da escuridão, Sakura não soube dizer se realmente viu Sasuke sorrir ou tinha sido coisa da sua cabeça antes dele a puxar pela mão, a guindo pelos corredores.
— Hey... Hey! – Sakura tentou chamar sua atenção quando terminaram de subir as escadas e saírem das masmorras, mas o sonserino não parecia escutá-la. – Sasuke! – seu sussurro alto, o mais próximo de um grito que ela poderia dar no momento, fez Sasuke finalmente parar. – Acho que posso seguir sozinha daqui.
O Uchiha virou para ela, sua sobrancelhas unidas mostravam que ele não estava de acordo com aquela ideia.
— Ainda falta muito até a torre da Grifinória, você ainda pode ser pega.
Sakura deixou uma risada sair.
— Não é minha primeira vez andando pelo castelo depois da hora de recolher. – seu argumento não pareceu convencê-lo. – Anda, você também precisa voltar, se te pegarem próximo da torre da Grifinóra vai ser perigoso é pra você.
Ele revirou os olhos, não se sentindo nem um pouco ameaçado por aquilo.
A postura arrogante dele fez Sakura rir, mas sua risada foi morrendo e suas bochechas ficando avermelhadas quando ela percebeu que eles ainda estavam de mãos dadas.
Ela soltou sua mão da dele e a colocou para trás do corpo, a segurando com força. Seu olhar se focava em qualquer lugar que não fosse ele.
— Acho melhor eu ir. – ela disse, nervosa.
Sasuke assentiu, mas continuou parado a olhando intensamente.
Sakura engoliu seco ficando mais nervosa ainda, ela acenou com a cabeça e se virou, começando a se afastar.
— Sakura?
Ouvir ele chamá-la pelo primeiro nome fez Sakura arregalar os olhos e parar.
— Sua resposta é...?
A nascida trouxa respirou fundo, se recompondo, tentado voltar ao comportamento normal e sumir com aquele nervosismo absurdo que tinha surgido do nada. Quando se julgou ok o suficiente para respondê-lo, ela o olou por cima do ombro com o meio sorriso de sempre.
— Você tem uma chance, Uchiha. – ela estreitou os olhos levemente, como se o desafiasse. – Me convença.
Agora livre da escuridão das masmorras Sakura viu claramente antes de sair depressa do local. Sasuke Uchiha sorriu e, merda, o sorriso dele era lindo.
Fale com o autor