Um telefonema me chamou de volta ao trabalho. "Se não puder trabalhar, traga um atestado médico". Vi-me obrigada a procurar um médico. Se não para me ajudar, ao menos para justificar minha veleidade de faltar ao trabalho.

Fui ao médico. Fiquei um tempo na sala de espera. Uma a uma as pessoas foram sendo atendidas e liberadas para suas casas. Até ficarmos eu e um desconhecido. Um senhor calvo e gordo, que me olhava insistentemente, como se me conhecesse, como se soubesse o que ocorrera. Pouco a pouco fui ficando incomodada, até explodir.

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— Pode parar de me encarar, por favor?