Morada

Respingos de tinta


Karin passou a última demão de tinta e inspirou: o cheiro forte fez seus olhos lacrimejarem e enviou-lhe uma onda de entusiasmo. Rapidamente, pegou o pequeno aparador de livros; empurrou-o até a parede azul e fresca cuidadosamente.

— Ah, perfeito!

O apartamento estava quase pronto e, mesmo faltando alguns detalhes cruciais, já conseguia sentir que era o seu lar, poderia até fingir que sempre o foi. Suspirou, satisfeita, depois de alguns minutos.

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A agitação do dia cobrou seu preço e ela sentiu o timbó recair nos ombros, então, jogou-se no chão. A ida a floricultura poderia esperar.

Adormeceu-se ali sem demora.