Antes de morrer, Bernardo achava que, quando a vida acabasse, ele teria um eterno olvido, mas não poderia estar mais enganado. Agora, ele tinha o trabalho de assombrar os lugares e causar medo por aí, mas os céticos não facilitavam as coisas.

“Deve ser o vento” diziam quando ele batia uma porta.

“Que estranho, acho que é o efeito Mandela” falavam quando ele tirava uma coisa do lugar.

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“Eu tô precisando trocar essa luz” pensavam quando ele brincava com o interruptor.

“A gente empurra sem perceber” eles estragavam até o jogo do copo.

A morte nunca tinha sido tão frustrante.