Palavras de Papel

Carta aberta a todos que partiram


Provavelmente você não se lembra de mim, ou que alguma vez tocou meu corpo. Não chegou a saber o nome do meu filme favorito, ou minha mania estranha de andar pela casa enquanto escovo os dentes. Jamais provou da minha sopa de legumes – que, por sinal, é deliciosa -, nem descobriu que eu odeio beterrabas.

Você se depositou em mim, colheu o que seria conveniente no momento, e se retirou sem olhar para trás. Isso não é um sinal de repreensão, longe disso. Eu entendo sua resistência, uma poça tão rasa não fica bem no meu oceano.

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Me é estranho saber que, outrora, teus dedos passeavam pela minha superfície, causando sensações que, no momento, eram tudo que importava. Hoje, não se lembra do meu nome ou da minha face.

Volto a afirmar que isso não é um ato de repreensão, eu mesma já estive na sua posição várias vezes. É só um convite para promover a tua reflexão.

Quando você vai sair da tua zona de conforto e se permitir amar – nem que seja a sua vida?

Com amor,

Eu.

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