INTRUSA EM THE MAGICIANS

Capítulo 1 - What the fuck?


Nossa heroína, assim que atingiu sua maioridade, foi até o seus pais e lhes explicou que sentia saudades de casa, a sua casa nos Estados Unidos. Seu tempo no Brasil havia sido bom, mas não conseguia se ver atingindo seu potencial naquele país. Seus pais ficaram alguns meses remoendo a ideia, até que um dia a chamaram num canto e lhe perguntaram se ela ainda desejava retornar aos EUA, e caso quisesse, eles fariam os preparativos para enviá-la.

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Em poucos meses, ela já embarcava em um avião para o seu amado país, onde moraria em sua antiga casa, junto com a sua tia Cecil, seu primo Adan e uma gata de sua tia, chamada Rose.

No dia em questão, estava na sala com o fone no ouvido, desfrutando uma música brasileira, quando foi interrompida por seu primo emo que lhe tirou um dos fones.

— Qual é o teu problema? – Gritou Elena estressada.

— Está de TPM é? – Debochou Adan, em quanto se sentava no sofá todo relaxado.

— Não é da sua conta, filhote de Hades!

— Que mulher estressada. Só queria saber o que estava ouvindo. – disse Adan, um tanto sério.

— Uma música brasileira. – Respondeu Elena, contra gosto.

— Porque escutar música brasileira se você odeia o país? –Enquanto conversava com a prima, o garoto desfazia os laços dos tênis, e os tirava, deixando do lado do sofá.

— Eu não odeio o Brasil, e a música é boa. – Respondeu Elena, enquanto se levantava e calçava seus chinelos.

— Vai sair só porque eu cheguei? Estou começando a achar que você não gosta de mim... – disse Adan, sendo dramático.

— Como eu poderia odiar o filho de Hades, senhor das trevas, abençoado pela escuridão e amigo de satanás? – Respondeu Elena, com deboche.

— Fala como se fosse uma Santa... – Resmungou Adan irritado.

— Santa não, estou mais para "A Deusa da Discórdia". – Ao ouvir Elena, o primo gargalhou.

— Finalmente achou algo que combina com você, porque se tem algo que você atrai, é a discórdia. – Concordou o primo.

— Obrigada. – Fez uma reverencia dramática e então subiu as escadas para o seu quarto, abrindo a porta em quanto escolhia a próxima música. – Se não gosta, senta e chora... Hoje eu tô a fim de incomodar; Se não gosta, senta e chora... mas saí de casa pra causar... — Ao escolher a música perfeita, bloqueou a tela do celular e o colocou no bolso de trás de sua calça.

Elena levantou a sua cabeça e olhou para frente, imediatamente arqueou a sobrancelha por pura confusão, olhou para os lados sem conseguir acreditar no que estava acontecendo. – Mas que porra é essa?

Quando abriu a porta, esperava se encontrar encarando sua cama de solteiro coberta pelo seu edredom azul, e não para o gramado verde de uma universidade.

Uma garota de cabelos ondulados, de calça jeans apertada e com uma blusa azul, apareceu na sua frente. Ela lhe analisou de cima abaixo, com a sobrancelha arqueada.

— Obviamente seu senso de moda é péssimo... Quanto desperdício. – balançou a cabeça negativamente e voltou a lhe encarar. – Imagino que esta aqui para fazer o teste de admissão.

— Teste? – Perguntou Elena confusa – Quem é você para inicio de conversa, e o que é esse lugar?

— Sou Margo, se passar na prova, podemos ser amigas. – disse com uma expressão neutra, deixando a americana confusa. – E estamos em Breakebills.

A morena lhe levou até uma sala que estava repleta de pessoas tão confusas quanto ela. Elena decidiu entrar no jogo, e se sentou do lado de uma loira de óculos. Ela teve de pegar o celular e o desligar, pois era proibido escutar música ou usar o celular e quaisquer aparelhos que não fossem extremamente necessários durante uma prova, onde quer que estivesse, pelo menos, era o que ela acreditava.

Colocou o fone enrolado no pescoço e esperou o homem de pele negra falar.

— Sentem-se. – Pediu o homem escuro vestido com trajes formais na frente da turma. – Seja bem vindos, vocês podem me chamar de Heitor. Eu sei que vocês têm perguntas, e todas elas serão respondidas na hora certa. Agora, seu único trabalho é passar na prova que está diante de vocês. – O professor girou uma ampulheta que estava em cima da mesa para contar o tempo da prova. – Comecem!

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Elena abriu sua prova, mas não conseguia entender nada. As perguntas ficavam mudando aleatoriamente. Elena esfregou os olhos achando que era da sua cabeça, mas resolveu pegar o lápis e começar a responder o que sabia. Não queria perder seu tempo com uma prova ridícula, queria saber o que estava acontecendo, mas o tal Heitor prometeu que daria as respostas a quem terminasse a prova, ela então, mesmo a contragosto, fez a bendita prova.


Enquanto apagava um erro de escrita com a borracha, começou a sentir sua pele na área em cima do seu busto queimar. A queimação não era forte, mas lhe incomodava. Elena colocou a mão por cima e tentou prosseguir com a prova.

Quando terminou a prova, a garota fechou o caderno de questões e ficou aguardando o tempo se esgotar. Entediada, começou a fazer um desenho aleatório no caderno de questões, que no fim, o desenho se transformou em uma cobra que mordia a própria cauda.

Quando o tempo acabou, todos os alunos se levantaram para entregar a prova aos professores. Elena esperou as massas se dissiparem antes de entregar sua prova, e ao o fazer, o professor Heitor lhe entregou um cartão com o número da sala onde faria seu teste final. Ela pegou o cartão e seguiu os outros alunos.

Ela olhou para as portas uma a uma, até achar a sua sala. Como ensinada, ela pediu licença antes de entrar na sala, e lá dentro havia uma mulher na casa dos trinta lhe aguardando atrás de uma mesa, a mesma sorria em quanto pedia para se sentar a sua frente.

— O que está acontecendo? – perguntou desesperada. – Eu estava entrando no meu quarto quando apareci no pátio e depois fiz uma prova pra sei lá o que...

— Deixe eu me apresentar primeiro. Sou Eliza. – começou a ruiva. – Você não era esperada, mas por algum motivo está aqui, ou pode ser algo aleatório... Não tem como saber o verdadeiro motivo.

Novamente, Elena sentiu aquela queimação incômoda. Ela afastou a blusa e olhou para o local, ficou surpresa ao ver o símbolo de Ouroboros.

— Algum problema? – Perguntou Eliza preocupada.

— Quando fazia a prova, senti algo estranho... E agora voltei a sentir... – Respondeu Elena, enquanto puxava a blusa um pouco para baixo, permitindo que a mulher visse a imagem da serpente que mordia a própria cauda.

— Faz sentido agora. – Constatou Eliza, com satisfação. – Senti algo diferente em você, então era isso.

— Do que você tá falando? – Perguntou Elena confusa.

— Esse desenho marcado em sua pele, é a indicação que você passou por uma das trezentos e sessenta e cinco fendas de Jormungandr. – Explicou Eliza, com um fino sorriso.

— Como é? – Se antes estava confusa, agora a garota estava ainda mais.

— Diz à lenda, que o filho de Loki, a serpente Jormungandr, enquanto estava em fase de crescimento, acabou criando trezentos e sessenta e cinco fendas que atravessam dimensões, tempo e espaço,ao redor da arvore Yggdrasil, antes que causasse mais estragos, o Deus Odin a jogou em Midgard. Aqueles que atravessam uma das fendas são marcados como consequência. – Explicou Eliza.

— Isso é loucura... – Suspirou a morena em quanto encostava-se à cadeira. – Eu devo estar sonhando.

— Posso afirmar que essa é a realidade. – disse Eliza cruzando as pernas. – Breakebills não é uma escola ruim de se frequentar. – Estendeu algumas folhas e uma caneta para Elena assinar e preencher. – E é melhor se acostumar com a ideia, raramente uma fenda se abre na mesma dimensão, espaço e tempo uma segunda vez.

Elena ficou calada, mergulhada em seus próprios pensamentos, mas foi interrompida por um único pensamento: "Breakebills", onde foi que ouviu aquele nome? Porque era tão familiar?


A garota varreu sua mente em busca da resposta, e quando encontrou, entrou em desespero, estava na série "The Magicians". No começo do ano, no segundo dia de aula, algo terrível iria acontecer.

— Puta merda! – Levantou-se em um instante. Sua face era de puro desespero, sua mente remoía as memórias que tinha daquela série, e nada de bom iria acontecer, e para piorar, estava presa naquele mundo.