Filho da guerra

Eu.
Dos olhos vazios.
De sonhos sombrios
Só um pingo no rio.
Desgraça pra raça que faço de caça.
Lembrado é aquele que se torna ameaça.
Com a espada em mãos, volto a casa.

Você.
Adoça o veneno. Dá mais um gole.
Curte a noite. Abandona tua prole.
Por que se importar, se não é tua essa fome?

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Eu.
Sem passado. De intenções anormais.
Obra do acaso.
Sou o mais vil dos animais...
Ou só mais um filho que caça os próprios pais?

Frágil é a paz. Num saque, ela se desfaz.
Mas nada escapa do aço voraz.
E noite adentro, minha fúria devora.
Tua cria te caça agora.

Minha raiva não é mera.
Minha espada não erra.
Sou filho da guerra.
O ódio me impera.

Eu.
Filho sem pai.
Sua maldita herança.
Tua vida se esvai, minha lâmina dança.
Esculpir a carne nunca me cansa.

Pintando com sangue a minha sorte.
Criando arte a cada corte.
Como é bela a guerra.
Como é bela a morte.

Quem vive iludido, o feio adorna.
Quem vive de sonhos, jamais acorda.
Quem cresce esquecido, que monstro se torna?

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