A Força Que Tenho

— Você não deveria ter feito isso garoto!

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Eu me assustei com o que ele havia me dito. Claro que aquela pode não ter sido a melhor escolha mas eu precisava fazer algo para sair daquele lugar, mas, pensando bem, talvez o que eu tenha feito tenha sido algo ruim.

Mas...Eu fui avisado...eu não deveria ter feito aquilo...talvez...

O homem que havia me visto ficou parado na porta, talvez estivesse esperando o pior. Uma gota de suor desceu de seu rosto. É. Ele sabia o que estava por vir. E o que estava por vir veio...: Meu coração começou a bater muito forte e comecei a ficar ofegante. Levei minha mão ao peito e senti meu coração a mil. Comecei a ficar preocupado, não sabia o que viria... Não sabia disso até sentir um estranho formigamento no meu braço direito. Olhei para este e me assustei ao ver que ele estava ganhando um formato estranho, peculiar. Ele estava mais forte, estava crescendo aos poucos. Eu comecei a sentir uma maior dificuldade de respirar e vi meu outro braço imitar o que estava ganhando um tamanho estranho. Minha visão ficou um pouco embaçada mas aos poucos foi voltando ao normal. Olhei para minhas pernas, elas estavam grossas, grandes. Eu havia aumentado meu tamanho e minha força, e ainda ganhado uma certa coloração...um verde escuro. Tirei minha atenção das pernas e encarei novamente os meus braços que agora continham a cor verde. Passei a mão no rosto e no topo de minha cabeça, sabendo que agora eu estava sem cabelos e com uma cabeça maior.

— Nãããããããããooooooooo!!!

Caí de joelhos e fiquei encarando minhas mãos, talvez eu não tivesse mais minhas mãos humanas. Percebi que minha voz havia mudado também. Mudado para uma mais grossa.

— Não, não, não! Merda! -- Bati meu punho esquerdo na parede e me surpreendi ao ver um pequenino amassadinho. -- Espera... -- Olhei ao redor procurando por uma caixa grande e a encontrei. -- Vamos tentar...isso! -- Peguei a caixa e a levantei. Joguei a mesma contra a parede que ficava logo a frente, a uma pequena distância, e vi que o objeto havia se quebrado, deixando um amassado na parede. -- Isso! Eu...eu...eu estou mais forte!

Caminhei até a porta que se encontrava fechada e olhei o pequeno aparelho ao lado onde se permitia fazer a senha. Fui apertando os botões rapidamente mas quando reparei no que estava fazendo vi que o aparelho havia pifado.

— Arg!! E agora como e-... Já sei! -- Coloquei as mãos na parte onde a porta se abria e, colocando muita força, a abri. -- Isso!

— Parado aí! -- Vi algumas pessoas armadas vindo em minha direção e corri pelo lado oposto.

— Isso não é bom! -- Murmurei correndo.

Virei um corredor e depois outro, chegando a um local onde havia um elevador. Me aproximei deste e logo apertei o único botão que se encontrava ao lado da porta, sinalizando para cima.

— Vai, vai, vai! -- Ouvi o barulho de passos vindo e logo a porta se abriu. Entrei rapidamente no elevador e apertei o botão de subir descontroladamente até que este havia se quebrado e a porta se fechado. -- Espero que eu não fique preso!

Senti o grande objeto subir e respirei aliviado.

"Se eu conseguir sair daqui, Anatoly que me aguarde!