Vocês devem ter ficado se perguntando porque essa história é classificação treze anos quando poderia ser livre, e aqui está a resposta: hentai. Calma, não irei narrar aqui a primeira vez do Melc afinal, não é uma fic de terror. Falarei neste capítulo sobre animes hentai.

É consenso que o traço dos animes é mais sensual do que dos cartoons, mas Melc não chegou a perceber isso logo no seu primeiro contato até porque tem poucas mulheres em Cavaleiros do Zodíaco.

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Todavia, certo dia quando estavam passando em frente à locadora do Bidê, Melc e seu primo Edil-son resolveram entrar e avistaram uma fita muito diferente onde havia uma garota de anime com os seios de fora e o título era “As ninfetas do zodíaco”.

— Caraca, desenho japonês de sacanagem – disse Edil-son.

— A gente tem que ver – completou Melc.

Hoje é muito fácil ver um hentai ou filme pornô qualquer, basta digitar o nome no Google, assistir em um site qualquer e depois ter suas senhas roubadas por um vírus. Mas naquela época era muito mais difícil, primeiro tinha que ser sócio de uma locadora, depois ter grana pra alugar e nem sempre os atendentes alugavam pornô pra moleques de doze anos. Com todas essas dificuldades, Melc voltou pra casa apenas imaginando como seria o tal desenho de sacanagem.

Edil-son, em outro momento, conseguiu alugar “As ninfetas do zodíaco”, mas acabou contando pro Melc que não era essa coisa toda. Não tinha nada a ver com Cavaleiros do Zodíaco, era só umas garotas com seios anormalmente gigantes em uma nave espacial.

Durante anos, o que Melc viu que era mais próximo de um hentai foram as transformações de Sailor Moon e uns peitinhos a mostra em Detonator Orgun (uma série de três OVAs exibida pela Manchete). Alguns anos depois foi lançada a revista Hentai, um mangá brasileiro com hentais de um capítulo só. Melc não chegou a comprar nenhum volume, mas leu alguns que seu amigo Leco comprava e até que eram bem legais, e a melhor parte é que não tinha censura.

Agora um causo interessante. Sabemos que houve um período em que a Band investiu pesado em animes, e um dia Melc viu anunciar que passaria um filme de anime chamado A lenda do demônio. Ele não sabia muito a respeito mas é claro que veria, essa era uma oportunidade rara que não poderia ser desperdiçada.

Um dia antes da exibição do filme, conversando na rua com seus amigos.

— Vai passar aquele anime pornô amanhã – disse Leco.

— Não é pornô não – insistiu Melc.

A lógica do nosso protagonista em insistir que não era desenho pornô era a seguinte: sim, a Band passava filmes eróticos no seu Cine Privê, mas isso era de madrugada e A lenda do demônio ia passar começar dez e meia da noite, muito cedo pra um conteúdo do tipo.

Em fim, chegou a hora do filme. Melc estava vendo TV na sala com sua mãe, ela foi dormir e ele trocou de canal, estava começando o anime e… carai, na primeira cena já tinha duas mulé se pegando! O garoto gostou a surpresa, agradeceu a Zeus por sua mãe ter ido dormir e prometeu nunca mais discutir com o Leco quando o assunto for hentai (aliás, Leco é a pessoa mais viciada em hentai que Melc já conheceu). Mas logo, a surpresa ficou beemmm desagradável.

A lenda do demônio era um hentai extremamente nojento. Tinha tentáculos, demônios com pênis do tamanho de prédios (literalmente) e que estupravam mulheres que depois explodiam, saindo larvas após a explosão. Uma das piores experiências em sua vida de otaku.

Agora vamos a uma coisa boa pra desintoxicar. Alguns anos mais tarde, Melc viu vendendo em uma banca de jornal um pacotão hentai onde vinha um VHS, duas revistas hentai e um CD ROM. Era um pouco caro, mas Melc pegou uma considerável parte do seu salário de estagiário e comprou o material, e certamente não se arrependeu. A melhor parte do pacote era o VHS, um filme que traduziram para As perversinhas do colégio, um hentai com uma estória sobre rivalidades entre colegiais, com boas cenas de sexo sem censura e nenhuma bizarrice. Melc viu o filme várias vezes, o que lhe rendeu uma tendinite, mas ele não reclamou.

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Pouco mais de um ano depois, Melc passou a ter internet em casa. Ainda era a época da internet discada e era impossível ver ou baixar vídeos de anime ou qualquer outra coisa, mas dava pra ver imagens a vontade. E qual foi uma das primeiras imagens que Melc foi procurar? Hentai, logicamente.

Melc viu bastante coisa de bom gosto, muito hentai de Sailor Moon, Evangelion e muitas originais também, até que um dia teve uma ideia brilhante.

— Pokémon tem mulheres bonitas, tem a Jessie, a policial Jane, a enfermeira Joy… vou procurar hentai de pokémon.

Essa foi uma das piores ideias que o rapaz teve. Não tinha hentai da Jessy, nem da Jane nem da Joy, tinha muito, mas muuito hentai da Misty. E o pior: dela transando com os pokémons! Desenhistas de hentai, vocês são doentes?

A moral da história é: nunca procure hentai de pokémon. E se algum de vocês ficou curioso com A lenda do demônio, lembre-se de que a curiosidade matou o gato.