Armadilhas do Amor

Almoço de Natal


POV DO SCORP.

Quando chegamos dentro da mansão a mesa do almoço já estava posta. Meu pai deu um sinal para que fossemos falar com ele.

— Meninos – ele disse quando nos aproximamos – a Astoria quer que sentemos na ponta da mesa, segundo ela e o certo a fazer – ele revirou os olhos – então eu queria pedir que o Scorp e a Rose sentassem ao meu lado, e a Lyra e o Alvo do lado da Astoria pode ser?

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— Pode – dissemos os quatro juntos.

— Vamos nós sentar – minha mãe chamou todos – o almoço já está servido.

Encaminhamos-nos para a mesa então meu pai se sentou na ponta e eu e eu e Rose sentamos cada um ao seu lado. Olhei para a outra extremidade da longa mesa e minha mãe estava sentada, tendo Al e Lys ao lado. E então para minha surpresa Thiago estava sentado ao lado de Al, em frente a sua mãe que tinha um sorriso enorme no rosto.

A maioria das pessoas haviam se sentado, mas ainda restavam cadeiras vazias ao meu lado e da Rose. Os últimos a se sentarem foram os pais da Rose, a mãe dela se sentou ao lado dela e o Hugo ao lado da mãe, então meu querido sogro se sentou ao meu lado. Com uma cara extremamente irritada, provavelmente sendo obrigado a isto. O senhor Arthur Weasley se sentou ao lado dele e parecia não se importar com nada.

Meu pai se levantou e começou seu discurso.

— Gostaria de agradecer a presença de todos aqui.

— Como se eu tivesse tido escolha – o pai da Rose interrompeu.

— Espero que este seja o inicio de uma nova era. Já que nossas famílias estão mais ligadas do que nunca agora.

Meu pai olhou pra mim e pra Rose e depois pro Al e pra Lyra.

— Saibam que fico muito feliz por Rose e Al passarem a fazer parte da minha família. E que todos sempre serão bem vindos na minha casa.

— Isto é temporário – o pai da Rose interrompeu novamente – esta união não durara muito tempo, pode ficar tranqüilo.

— Eu espero que todos se sintam bem acolhidos – meu pai ignorou mais uma vez – tenham um bom apetite.

— Por que você insiste neste show Malfoy? Por que não diz a verdade, que está tão descontente como eu com este namoro?

— Porque eu não estou descontente Weasley. Sua filha e um encanto de menina e eu não podia pedir nora melhor.

— Mas ela continua sendo uma mestiça. E todos nós sabemos que sua família não suporta os mestiços.

A tensão na sala era palpável. Percebia que a mãe da Rose estava louca para arrebentar o marido.

— Ao contrario do que você pensa meu caro. Eu não tenho nada contra os mestiços. – meu pai o encarou – e gostaria de aproveitar a oportunidade – ele se virou para a minha sogra – gostaria de pedir perdão Hermione por tudo de mal que fiz durante o tempo de Hogwarts. Todas as ofensas que eu lhe dirigi. Eu me arrependo muito por tudo que fiz naquela época.

— Você não precisa me pedir desculpas Draco. Eu sei que tudo que você fez no passado foi apenas para proteger sua família. Considero que a escolha que eu fiz foi mais fácil que a sua. Eu consegui proteger meus pais apagando a memória deles. Mas você para proteger sua mãe precisou se unir ao Lord. Não te julgo pela sua escolha.

— Você é uma tola. – o marido dela completou.

— Chega Ronald Bílius Weasley – a senhora Molly disse ficando em pé – você está parecendo uma criança mimada. Eu não te criei para ser assim.

— Quando eu era criança todos vocês odiavam os Malfoys – ele encarou a mãe – porque as coisas mudaram agora.

— Porque os tempos são outros Ronald – a mulher dele quem respondeu – você não é mais uma criança. É pai de dois filhos, que exemplo ridículo que você está dando a eles. Querendo que sejam preconceituosos e que vivam presos em um passado.

— Melhor presos ao passado do que junto dos Malfoys.

— Pois eu prefiro estar com eles – Rose disse encarando o pai – desde que eu os conheci em momento algum o senhor Draco ou a senhora Astoria me trataram mal. Eles me receberam como se eu fosse filha deles. Me trataram bem e me acolheram quando o senhor me colocou pra fora e me proibiu de passar o natal na toca. E mesmo sabendo o ignorante que você é eles aceitaram passar o natal na toca para que eu pudesse ficar junto das pessoas que eu amo. Convidaram todos a virem na casa deles e os receberam de braços abertos, pensando na minha felicidade. – ela se levantou – sabe pai eles se importaram comigo mais do que você. Por que desde que eu entrei na Sonserina nos não temos mais o mesmo relacionamento de antes, por mais que tenhamos voltado a conversar não é a mesma coisa. Você assim como o Thiago acham que eu e o Al somos monstros por estarmos na sonserina e sermos amigos dos Malfoys. Mas eu posso te garantir uma coisa, nos dois somos bem melhores que vocês dois pois mesmo pertencendo a Sonserina temos o coração mais limpo que o de vocês, pois o coração de vocês dois está cheio de preconceito, magoas e passado.

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Ela se virou e subiu as escadas correndo. Não esperei ninguém falar nada e fui atrás dela. Quando cheguei na porta do quarto da Lys, aonde a Rose estava passando estes dias percebi que o Al e a Lys estavam atrás de mim. Abri a porta e ela estava encolhida na cama. Fui até ela e a abracei. Lys e Al nos abraçaram juntos. Quando nos soltamos eu a encarei e percebi que ela se segurava para não chorar.

— Bom estávamos certo – Al comentou – o dia não passaria sem brigas – ele tentou fazer graça para anima-la.

— Pelo menos ninguém saiu no soco – Rose devolveu a brincadeira - ainda.

— Não aconselho ninguém a fazer isso. – Al falou colocando a mão na costela machucada.

— Por que? – Lys perguntou confusa ao namorado.

— Ele não te mostrou ainda o hematoma? – perguntei encarando meu amigo.

— Que hematoma? – Rose perguntou preocupada.

Meio contrariado ele levantou a camisa e mostrou as duas o machucado. Elas olharam surpresas mas antes que pudéssemos dizer qualquer coisa uma batida na porta chamou nossa atenção, olhamos todos ao mesmo tempo para ver quem é, e posso dizer que todos ficamos surpresos.

— Rose posso falar com você – o pai dela pediu da porta.

Me virei pra ela e vi que ela pensava o que dizer.

— Pode.

— Vocês podem nos dar licença – ele pediu aos demais.

— O que você tiver que me dizer pode dizer na frente deles. Não tenho nada a esconder deles.

— Eu sei que não tem. Mas esta e uma conversa de pai e filha e precisamos te-la em particular.

Não esperei que a Rose respondesse, me levantei e dei um beijo na testa dela.

— Se precisar estaremos lá embaixo. Lys, Al vamos.

Os dois se levantaram e saíram. Dei uma última olhada na Rose e sai também.

— Obrigada – ele agradeceu quando passei por ele.

Apenas acenei com a cabeça e sai. Quando chegamos ao andar de baixo todos olhavam aflitos para a escada.

— Eles ficaram sozinhos? – a mãe da Rose me perguntou.

— Ele disse que precisava ter uma conversa de pai e filha com ela. – respondi me sentando.

— Por Merlim que ele tenha tomado juízo – ela disse aflita.

— Acho melhor comermos – a senhora Molly tentou mudar de assunto – tudo irá se resolver.

Vi que Al e Lys tomaram seus antigos lugarem mas que não comia. Eu também não conseguia comer. Meu coração estava apertado e eu não sabia se tinha feito uma boa escolha ao sair do quarto. Rose poderia me odiar pelo resto da vida. Meu pai colocou a mão sobre a minha e então disse só para que eu escutasse.

— Fique tranqüilo. Tudo ficará bem.

Assenti mas continuei tenso apenas olhando para escada esperando qualquer sinal de gritaria para voltar correndo para o quarto socorrer a Rose.

— Não seria bom alguém ir lá em cima verificar se está tudo bem? - Al perguntou.

— Se não estivesse tudo bem já teriamos ouvido os gritos - Hermione disse ao sobrinho.

Isto fez com que eu ficasse ainda mais nervoso. Os minutos foram passando e nada acontecia, meu coração se apertava mais. Será que estava tudo bem com a Rose. Escutamos passos vindos lá de cima e eu percebi pela visão periférica que todos pararam de comer e olharam para a escada.