POV DO SCORP

Ela deitou no meu colo e encerrou o assunto. Eu duvidava que os avos dela estavam chateados com ela. Eles me acolheram bem desde o início da minha amizade com o Al. Depois falaria com ele e tentaria descobrir a verdade.

— Você precisa mandar uma carta ao seus pais.

— Falando o que? – perguntei confuso.

— Perguntando se eu realmente posso passar as festas lá.

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— Claro que pode. Minha mãe disse que podíamos levar alguém.

— Mas ela não disse que você poderia levar a filha do maior inimigo do seu pai.

— Rose meu pai mudou. Ele não e o mesmo garoto da época de Hogwarts.

— Eu sei Scorp. Não quis dizer que ele e a mesma pessoa. Mas meu pai o ofendeu e mandou ele falar para nos afastar.

— Isso não quer dizer que ele vai pedir para nos afastarmos.

— Por favor mande uma carta. Não quero brigas no natal.

— Ok eu mando. Depois do almoço vou no dormitório e escrevo a carta e já mando.

— Ta. Então vamos almoçar.

Chegamos ao salão principal e nos sentamos com a Lys e o Al.

— Desculpa – o Alvo pediu quando a prima sentou ao seu lado – saiu sem querer.

— Não tem problema. Nós conversamos. – ela falou me olhando.

— Então você falou que o tio te proibiu de passar o Natal na toca.

Ela deu um tapa na nuca do primo e eu e a Lys rimos.

— Serio vou cortar sua língua.

— Você disse que tinham conversado.

— So tinha dito que ele não era meu pai e que nossos avos estavam magoados

Ele me olhou envergonhada e começou a comer.

— Por isso você passa mal – Lys repreendeu o Al – come igual um desesperado. Como se não fosse haver outra refeição.

— Não sabemos o dia de amanhã. Pode ser a última mesmo – ele riu e comeu uma coxa de galinha.

— Rose – Lys chamou – podíamos treinar um pouco hoje a tarde. Só nos duas.

— Vamos sim.

— Porque nós não? – o Al perguntou enquanto comia.

— Por que eu te chamei e você não quis esperto.

— Ae.

— E eu?

— Você já correu de manhã. Não vai querer treinar agora.

— Você me conhece bem Lys.

Nos rimos. Terminamos de comer e fomos para o salão comunal.

— Vou lá no dormitório já volto. – falei assim que entramos.

— Que se vai fazer – Rose me perguntou.

— Você não queria que eu mandasse a carta para os meus pais. Então vou lá escrever.

Subi para o dormitório e peguei o pergaminho e a pena.

“Mãe e Pai.

Gostaria de saber se tem problema minha namorada Rose Granger Weasley passar o Natal conosco.

Aguardo resposta.

Com amor Scorpio”

Desci e os três estavam conversando minha irmã chorava de rir.

— Quer dizer que ela dormiu com o Craby achando que era o Al. Se fudeo.

— Que maldade Lys – falei me sentando do lado da Rose.

— Maldade nada. Quem mandou ela querer meu namorado. Tem que se ferrar.

— Eu concordo com a Lys. Provaram do próprio veneno. Agora elas aprendem a não mexer com os nossos namorados.

A porta do dormitório foi aberta e o Zambine e o Crab entraram de cabeça baixa. A Lys começou a aplaudir.

— Nossos heróis. – ela disse rindo.

— Herói nada. Nos ferramos. – o Zambini falou sentando em uma poltrona livre.

— Vocês foram expulsos? – Perguntei.

— Não mas foi por bem pouco – Crabby se jogou na outra poltrona.

— Eu fui expulso do curso avançado de poções por uso indevido de uma poção preparada em sala. Por falar nisso obrigada Rose a poção ficou perfeita graças a você.

— Você não disse a diretora que eu fiz a poção né.

— Disse. Mas expliquei que éramos parceiro de aula e que você não sabia que eu usaria pra tal fim.

— A bom. Se eu me ferrasse por culpa sua ia te quebrar. Já quase perco o namorado por culpa de vocês.

— Foi mal ai – o Zambine falou nos olhando cauteloso – não queríamos prejudicar vocês. E que não sabíamos que elas iam sair contando pros outros.

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— E perder a chance de jogar na minha cara e na da Rose que os meninos tinham dormido com elas. Jamais perderiam a chance.

— Não contávamos com isso – Crabby parecia chateado.

— Mas além de ser expulso da aula de poção o que mais vai acontecer? – Perguntei.

— Não vamos poder ir pra casa no Natal ficaremos na escola pagando detenção. So não sabemos ainda quais detenções.

— Que pena – falei solidário.

Eles se levantaram e saíram.

— Rose então vamos treinar? – Lys falou se levantando.

— Vamos. Vocês vao ficar fazendo o que?

— Vou no corujal levar a carta depois voltarei e estudarei um pouco.

— Eu vou dormir até vocês voltarem.

— Devia estudar também – Rose repreendeu o primo – depois na hora das provas fica tentando colar de mim e do Scorp.

Elas subiram para o dormitório enquanto eu e o Al ficamos lá embaixo.

— Estamos indo – Rose falou me dando um selinho.

— Vou acompanhar vocês ate um pedaço ai levo a carta.

Fomos até uma parte do caminho juntos. Depois as meninas foram pro treino e eu para o corujal depois de enviado a carta voltei ao salão comunal. Cheguei lá e o Al mexia no celular trouxa que ele tinha.

— Al queria falar com você.

— Diga – ele falou se sentando.

— A Rose me disse que seus avôs estão magoados com ela. Você sabe me dizer se e verdade.

— Não sei. Mas podemos descobrir. Vou ligar pra minha mãe.

Ele pegou o celular e apertou um negocio dava pra ver ele na tela.

— E uma chamada de vídeo – ele me explicou.

Logo a mãe dele apareceu na tela.

— Oi meu bem. Como você esta? – ela perguntou sorrindo – e você Scorp. Fiquei sabendo que e meu sobrinho agora.

— Estou bem mãe.

— Tambem estou senhora Potter.

— Já disse que pode me chamar de Gina querido.

Eu sorri ela sempre fora carinhosa comigo apesar do meu pai.

— Mãe queria te perguntar uma coisa.

— Pergunte.

— A vovó e o vovô estão magoados com a Rose.

— Magoados porque?

— Por ela estar namorando comigo.

— Claro que não que absurdo. Por que vocês acham isso.

— O tio Rony mandou uma carta dizendo isso pra ela. E falou que ela não poderá passar o Natal na toca.

— O QUE? – ela estava vermelha igual um pimentão – PORQUE SEU TIO DISSE ISSO.

— Ele esta bravo porque a Rose aceitou namorar o Scorp.

— Eu estou aqui na Toca. Espere um pouco que eu vou falar com a sua Vo.

Dava pra ver que ela estava indo para algum lugar.

— Mãe – ela chamou.

— Oi querida – não víamos quem falava.

— O Rony te disse alguma coisa sobre a Rose estar namorando com o Scorp?

— Ela ta namorando com ele? Ai que bom ele e um menino tão bom.

O Al me olhou e eu sorri. Era bom ver que pelo menos mais alguém naquela família não me odiava.

— Não seu irmão não me contou não. Porque.

— O Al esta no telefone e me disse que o Rony mandou uma carta para a Rose dizendo que você e o pai estão magoados com ela e que não querem que ela venha passar o natal aqui.

— SEU IRMÃO DISSE O QUE? – ala apareceu na tela do celular – Agora eu entendi a carta que eu recebi da Rose. Eu e seu pai nem respondemos estávamos tentando entender o que era. Oi queridos.

Ela falou nos vendo na tela.

— Oi vovó.

— Oi Senhora Weasley.

— Agora você e parte da família pode me chamar de vovó também.

Eu sorri ela não era contra nosso namoro.

— Obrigada. E muito bom saber que vocês não estão bravos com ela. E que apoiam o nosso namoro.

— E claro que apoiamos. Se meu filho disse algo ao contrario disso ele esta mentindo responderei hoje mesmo a carta da minha neta. E ela passara o natal aqui aonde ja se viu a coitada ficar na escolar por causa desse cabeça dura.

— Na verdade vovó. A Rose não vai ficar na escola. Ela vai passar o Natal na casa do Scorp. Como o tio disse que ela não era bem vinda ela aceito o convite dele.

— Tudo bem. Mas diga a ela que se quiser vir aqui na toca ela será muito bem vinda. E você também Scorp.

— Obrigada Senhora Weasley. E você Al quando vai arrumar uma namorada.

— Ele já esta namorando.

— Com quem – as duas ruivas disseram juntas.

O Al me olhava vermelho.

— Com a irmã do Scorp.

Ele disse ainda vermelho.

— Eu sempre soube que aquela loirinha seria minha nora.

Elas riram.

— Traga ela aqui também querido. Vou adorar receber todos. Tenho que ir terminar o bolo, vejo vocês nas festas – a vo dele disse sumindo da tela do celular.

Vi que a mãe dele saiu do lugar onde estava.

— Al, Scorp. Os demais Weasley como reagiram?

— Bom o Thiago nem preciso falar né mãe. Ele parou de falar com ela novamente. O Hugo também havia virado a cara com ela mas com acontecimentos recentes eles fizeram as passes. E as primas estão apoiando ela.

— Menos mal. E com você?

— Normal mãe. Eu e o Thiago já não nos falamos a cinco anos, não mudou nada.

Me sentia mal em estar escutando essa conversa. Mas o Al parecia não se importar que eu escutasse, fiz sinal que iria subir e ele fez sinal para que eu ficasse.

— Seu irmão e um cabeça dura. Ele parece mais filho do seu tio do que meu. Vou tentar falar com ele novamente.

— Mãe não precisa. Você sabe que não me importo mais.

Ela suspirou.

— Doi meu peito em saber que vocês estão desse jeito e muito triste pra uma mãe sabia.

— Mãe eu preciso desligar. – ele falou tentando encerrar esse assunto.

— Tchau querido. Tchau Scorp. Se cuidem. Scorp venha em casa um dia nestas folgas. E Al convide a minha nora a passar um dia aqui também. Quero muito conhecer e conversar com ela.

— Coitada da Lys – o Al disse serio.

— Coitada porque Alvo Potter.

— Depois que você começa a falar não para mais. A menina vai fugir de mim.

Ele riu sua mãe ficou seria.

— Tchau mãe te amo, manda um beijo pro velho diga que estou com saudades.

— Se ele escutar você chamando ele de velho vai te matar.

Eles riram e ele desligou.

— Sua mãe e uma figura.

— Ela é.

— Você não ia contar sobre a Lys? – não havia entendido o motivo dele ter ficado vermelho.

— Na verdade Scorp eu ia conversar primeiro com a Lys.

— Você esta pensando em terminar com ela? – disse ficando em pé.

— Claro que não né Scorp. Mas eu me toquei de apesar de estarmos juntos e praticamente estarmos namorando eu não pedi ela em namoro.

Eu sentei e ri da cara dele.

— Vai que eu peço e ela não aceita. E ai como vai ser.

— Você realmente acha que minha irmão faria isso? Ela gosta de você e esta muito feliz de estar com você. E pelo que eu percebi ela já considera que esta namorando com ela.

— Mas eu devo pedir. Fazer as coisa direito como manda o figurino. E você já pediu a Rose.

— Eu já. Desde que ela resolver lutar pelo nosso amor.

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— Hum. Você acha que e brega eu dar uma aliança pra Lys?

Não havia pensado nisso. Uma aliança eu devia comprar uma aliança para a Rose.

— Scorp?

— Desculpa. Não e brega não. Acho que vou dar uma pra Rose também.

— Vai me dar o que? – ela falou abrindo a porta

— Nada não – o Al falou se arrumando – porque voltaram cedo?

— A Vassoura da Rose quebrou – Lys falou se jogando no Al.

— Você se machucou? – falei indo de encontro com ela.

— Não. Eu estava voando baixo na hora consegui pular. Acho que ela foi sabotada. Ela estava estranha.

A olhei ela parecia preocupada. Colocou a mão no meu braço e eu senti uma dor.

— Ai – tirei meu braço do toque dela.

— Que foi Scorp? – ela perguntou assustada.

Olhei o meu braço e havia uma marca nele.

— O que e isso? – ela perguntou analisando.

— E aonde o sereiano me segurou quando tentei te salvar.

— Você mostrou para a enfermeira?

— Não eu nem lembrei.

— Vem vamos até.

Ela me puxou para fora do salão comunal e vi que a Lys e o Al nos seguia.

— Rose não e nada de mais.

— Claro que é. Eu estudei eles. São venenosos.

Não escutei o restante da frase da Rose minha cabeça começou a rodar e tudo escureceu.