Uma Casa de Estrelas

descendência


descendência - vigésimo primeiro capítulo

uma casa de estrelas, por lyn black

Se ela tem um corpo de espinhos, como não se furar com o próprio toque? As pétalas de Narcisa moram apenas nos seus azulados olhos, feitos de bruma e inalcançáveis para ela mesma; impossibilitada de se alcançar sem machucados fora do espelho.

Cissy toca piano com destreza e diversão para um pequeno recém-nascido, criança sua, porém legalmente herdeira de Lucius.

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É estranho ser uma Malfoy, quando Narcisa tem um sobrenome novo no seu nome, em como é reconhecida, ela passa a ter de cuidar de outro legado. Tradições diferentes, ela está adentrando à uma linhagem de homens, todas as esposas de Malfoys com suas origens apagadas pela má fé reinante.

Como criar Draco como um verdadeiro Black? Cissy aprendeu a honrar seu sangue; a magia residia não no líquido viscoso vermelho, mas na passagem, de geração em geração, de segredos, rituais e tradições.

Contudo, no seu âmago ela tenta se conformar com a realidade de haver abandonado parte de quem foi para entrar no papel de esposa. O lugar de mãe, porém, é diferente e ela quer contrui-lo da sua forma.

Druella, a referência materna a guia-la, era uma Rosier e trouxe isso para a caçula através de puxões de orelha, cantigas e ditados francesas e encantamentos em livros e nos céus. Ela era, de fato, a filha mais Rosier de Druella, mulher com as origens distantes.

A Black, entretanto, tem família no mesmo círculo e pretende criar Draco a reconhecê-la. São raízes feitas de poeira estelar, de cadências brilhantes e explosões mágicas. Não espera o declínio de sua linhagem, ainda é jovem demais.

Bellatrix é sombria. Andrômeda foi apagada. Sirius traiu a todos. E Régulus, outro traíra, chafurdou no mar pelas mãos da irmã de Cissy. Cabe a Cissy manter um legado esquecido.