Uma Casa de Estrelas

Azares Inversos


azares inversos - décimo terceiro capítulo

uma casa de estrelas, lyn black

i. irmã do meio

Andrômeda cresce entre dois extremos. Ela é supostamente a média entre a hiper-responsabilidade legada à Bella e a vida de mimos de Cissy. Ela escutou uma vez que, no fundo, ninguém quer ser o filho do meio. Significaria ser esquecida. Nem o começo potente da história, nem o gran finale. Andrômeda é encarregada da maior tormenta de qualquer escritora: o enredo, a trama. Prender a atenção pelo conteúdo.

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Tecnicamente, isso deveria ser um horrível peso, mas Andie nunca foi uma garota de entradas ou saídas triunfais. Ela se fazia prender a atenção em meio ao seu andar determinado e ao seu estranho existencialismo. Era uma mulher de muitas palavras. Então, quiça ser a filha perdida no meio de dois pontos tenha sido algo que simplesmente caísse bem nela.

ii. amora

Ela não parecia a mais aberta das meninas de Hogwarts. Às vezes, até poderia ser chamada de carrancuda. Ela de fato não era uma garota que deixava cicatrizes à mostra, sua autopreservação era forte demais. Resguardada, Andy era a mestra de feitiços defensivos.

Havia, entretanto, uma garota bem ao contrário de Andie e ela era o tipo de gente que já saí ao ataque em um duelo ao invés de cansar o oponente. Sua mãe, mais tarde, determinaria que aquilo tinha sido sua ruína: Astrid Rosier. O começo da queda, diria Druella, num praguejo.

Perto de completar dezesseis anos, Andrômeda passou suas férias junto de uma prima distante na casa de verão dos Black. No começo, ela havia protestado veementemente contra ficar presa por tanto tempo com uma desconhecida. Nem mesmo sangue substancial tinham em comum! O tempo , porém, mostrou-se incrivelmente mágico.

Quem ficou sabendo, e foram poucos, trataram de comentar sobre como o destino não sorria para aquela Black. Afinal, uma mulher que se deitava com outras mulheres era uma vergonha naqueles tempos. Ela era jovem, e quando Druella e Cygnus descobriram o quão íntimas as garotas haviam ficado, foi o fim.

Um grande azar, alguns diziam. Para Andrômeda, um tipo de amora cúmplice que guardaria como uma lembrança distante, até Nymphadora deixar escapar que estava "meio que muitohiperapaixonada pela Mia, mãe, ela é incrível, né?".

iii. theodore. teddy, por favor.

Sua história de amores, auto-descobrimento e escolhas com Tonks foi vista de soslaio por quase todos. Deserdada. Grávida, não muito tempo depois. Ela foi amaldiçoada por ter optado por um bruxo não-puro. As pessoas não conseguiam ser afáveis com uma Black. A irmã de Bellatrix!, diriam. A acensão da fala purista já estava acontecendo, e seu rosto era automaticamente vinculado à ele. A semelhança física com Bella causou muitas inconveniências.

Andrômeda por muito tempo foi a mulher sem sobrenome. Seu namorado, sua única família. Renegada, uma incógnita social, e as pessoas simplesmente não gostam do desconhecido. Quais eram os valores dela? Amor? Naqueles tempos aquilo era vazio, uma piada tosca. Ela só era vista como uma menina da alta sociedade com uma pitada desconcertante de rebeldia. Pagara o preço de se revoltar. Era seu caminho amaldiçoado, afinal.

iv. o grande porém

Ela nasceu numa sexta-feira 13. Seu patrono tem a forma de um gato. Parece que Andrômeda atraí morcegos quando saí de noites pelos terrenos de Hogwarts. Ela aprende com Teddy que ela é uma bruxa especialmente bruxística segundo os trouxas. A mais azarada se os trouxas guardassem as verdades sobre feitiçaria. Para Black, essa foi a descoberta de que carregava a sorte mal-interpretada nos ombros. Finalmente tantos dos aspectos da sua vida explicados.

Andrômeda Black era uma azarada para o mundo, mas a mais sortuda feiticeira quando colocava suas próprias palavras na história. A irmã do meio, a bisexual, a deserdada. E ela tinha orgulho de cada pedacinho seu condenado pelos outros.

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