as camas - primeiro capítulo

uma casa de estrelas, lyn black

Três camas, em ordem de nascimento a partir da janela. Três irmãs, completamente diferentes, mas ensinadas desde cedo sobre o que deveria as unir acima de tudo: sangue. Aquele sangue do mais puro e mágico. O mesmo que tinha corrido nas veias de ancestrais magnânimos. Poderosos. Bruxas e bruxos que carregavam o céu nos seus nomes.

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Bellatrix olhava de soslaio para a janela desde menina, preferindo a escuridão total da noite. Narcisa tanto lutava para fechar as persianas, no fundo ressentida por ser a Black das flores, fruto da sua herança Rosier. Já Andrômeda, enquanto morou lá, encarou fixamente o céu estrelado até seus olhos se cansarem. Se buscava irreverentemente, sem admitir que ela era invisível por aquela vidraça. Um universo além da Via Láctea.

Duas camas. A do meio foi queimada com fogo maldito junto de qualquer memória do "fruto podre". Não é a toa que um buraco ficou entre as duas. Um abismo. Narcisa e Bellatrix caminharam juntas pelo salão como as verdadeiras filhas fingindo saber como lidar com a ausência. Retiraram o nome "Andrômeda" de seus vocabulários como se nunca houvesse existido.

A raiva de Bellatrix contra tudo relacionado aos trouxas cresceu com força, eles haviam roubado a sua irmã mais nova, tão parecida com ela mesma.

A solidão de Narcisa nunca foi remendada. Sua primeira gravidez foi interrompida por um aborto espontâneo, e secretamente a filha perdida foi enterrada sob o nome de Astrid Andrômeda Black Malfoy.

Tudo muito trágico.

Tudo característico com a família Black. E, no meio do buquê de Andrômeda, um único narciso foi oculto.

Laços de sangue nunca foram tão difíceis de serem quebrados.