Flowers

Gillyflower


Os longos cabelos loiros iam se esvoaçando com o vento. Assim como a grama verdinha no jardim movia-se, as árvores deixavam cair algumas pequenas folhas e flores pelo jardim.

Shou estava sentado sobre a cama, encostado numa das árvores daquele imenso jardim, cheio de fontes e ruídos agradáveis, e tinha seu loiro entre suas pernas, bem encostado em seu tórax.

Fazia um certo tempo que não ficava com ele, enquanto o céu ia sendo tingido aos poucos de um lilás muito suave. Uma fina garoa caía, mesmo que o sol insistisse em deixar fugir alguns poucos raios seus sobre aquela cidade.

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- Shou-kun...

O maior apoiou a cabeça no ombro de Bou, esperando-o dizer o que era. Notou que ele brincava com uma pequena flor, um cravo muito perfumado, num tom de rosa muito fraco.

- Um cravo?

- Uhum... – Bou sorriu daquele mesmo jeito fraco, não havia katanas ou armas ali, naquele momento – Sinto a sua falta... Gostaria de passar mais tempo com você, fazendo o que desse na cabeça...

- Sabe o que significa o cravo?

Shou moveu os braços e virou-o no seu colo, fazendo-o sentar-se – mesmo que usando aquele longo kimono estampado de flores azuis – de frente para si, entre suas pernas. Passou as mãos por sua cintura e beijou sua testa.

- O cravo significa inocência e um amor fiel...

- Cravos são flores bonitas, mas... Eu nunca gostei muito deles não...

Shou olhou-o intrigado, pela forma com que Bou falava não devia gostar mesmo da flor que estava em sua mão. E nem precisou perguntar o motivo dele não gostar.

- Ele brigou com a rosa, debaixo de uma sacada...

Bou sorriu docemente, arrancando o riso do outro, que a muito tempo ele não ouvia. Eles se olharam, o loiro com aquela cara de constrangimento, e o maior abraçando-o e ainda rindo.

Seu amor era mesmo um cravo. Nunca foi necessário mais do que meias palavras para ser compreendido. Não precisava mais do que um olhar para sentir-se desejado. Nada mais do que um toque para sentir-se amado.

Permaneceram naquele jardim por mais poucos minutos, aproveitando o que sobrava do tempo que realmente podiam aproveitar juntos. As mãos, entrelaçadas, provavam que, mesmo na ausência, o amor que viviam era sim capaz de ser como um cravo.

Inocente e fiel.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.