Flowers

Amaranth


Reno acomodava-se na cama. O rosto descansava calmamente sobre o travesseiro do amado, como num descanso terno, aspirando o perfume deste - que parecia já ter levantado à algum tempo -, ainda impregnado sobre o tecido.

Os olhos continuavam fechados, mesmo que quisesse levantar e ir procurá-lo, onde quer que estivesse. As mãos se moveram com preguiça, caindo ainda assim ao lado do corpo.

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Resmungou algo baixo, sentindo um ventinho entrar no quarto, mas se mexendo ou fazendo o mínimo esforço que fosse para ver de onde ele vinha. Quer dizer, de manhã cedo assim... De certo, Shin havia deixado a porta aberta.

Mas que se danasse também, não iria mesmo levantar...

- Reno-chan...

Ah sim. Aquela voz baixa das melodias, tão diferente de quando se impõe diante de um microfone e atinge as alturas dos seus agudos, lhe parecia um bom motivo para finalmente virar de barriga para cima e olhar aquela criatura parada de pé ao lado da cama, toda encasacada, segurando uma xícara de chá e a outra mão escondida.

- Onde foi...? - sussurrou, olhando-o de olhos estreitos pelo sono e pela preguiça - Está cedo...

- Já passam das três da tarde, meu Renchan!

Shin sorriu e estendeu o chá para ele, como havia feito de madrugada. Esperou até que ele sentasse e sentou-se ao lado dele sobre a cama, abrindo um pouco o casaco quente.

- Preguiçoso... Parece um gato gordo com preguiça! - riu baixinho, sendo acompanhado dele, que ainda mordeu sua bochecha - Nee, trouxe uma coisa pra você...

- Pra mim? O chá?

- Não! Isso aqui ó!

Mostrou o pequeno maço de flroes bem vermelhas, quase tendendo ao rosa escuro, sorrindo. Reno não entendeu muito bem o porquê daquelas flores, até que Shin respondeu a sua dúvida.

- São as flores que eu te disse.

- Amaranth.

- Exatamente... Espero que goste mais do que tudo... Minha flor de amaranto.