Follow Your Soul

Capítulo 18


18º Capítulo

Se calhar era melhor assim… ele de qualquer maneira já não me falava, só mesmo quando tínhamos que nos encontrar os três para continuar o trabalho de área de projecto. Este estava quase concluído pelo que agora limitávamo-nos a trabalhar mesmo na aula.

Isto começava a tornar-se na minha rotina diária. Vir para a escola de manhã estar com a Ana e o Daniel e o meu novo amigo João, depois, enfrentar o desprezo do Sérgio e vê-lo todos os dias á distância de apenas umas mesas na sala de aula e, mesmo assim, sem nos falarmos. As coisas com a Mariana estavam a acalmar, ela percebeu que o quer que tivesse acontecido entre mim e o Sérgio, não passou de algo do momento, e, que agora pertencia ao passado. Isso deixava-a contente e, portanto, eu de certa forma também ficava feliz. Pelo menos era o que eu pensava.

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-“Oh… ele já se foi embora. Vamos para a aula? “ – perguntou o João , animado. Esse era sem duvida o seu estado habitual –“ Já tocou! Aulinhas!”- exclamou.

-“ O quê?” - perguntei , desviando-me dos meus pensamentos e regressando á realidade.

-“Já tocou. Duh! Inês acorda!” – Disse a Ana gesticulando com as mãos. Quase que me cegava. Mas não me chateei , ela ria-se e o seu riso era contagiante.

Assim lá fomos os três para a aula. O Daniel despediu-se da Ana com um beijo apaixonado. -Ai como era lindo o amor assim! – pensei para mim enquanto me dirigia para o pavilhão G.

* * *

Hoje era a apresentação do trabalho de Área de Projecto. As aulas estavam a acabar e com isso os testes e trabalhos também. Já se tinham passado semanas e portanto a minha relação com o Sérgio, ou o que quer que aquilo fosse, não era nenhuma. Agora parecíamos meros conhecidos. Aquelas pessoas a quem dizemos “ Olá!” e “ Adeus!” só por uma questão de boa educação.

Quando entrei na aula reparei que ele já não tinha o gesso na perna, senti-me extremamente feliz por isso. Quer dizer que ele já estava bem e que já não teria nenhuma dor. Dirigi-me rapidamente para ele, queria abraçá-lo e felicitá-lo por já estar bom da perna e falar com ele sobre tantas coisa que me surgiam á cabeça, quando fui puxada pela Ana.

-“Onde vais com tanta pressa Inês?” – perguntou-me ela séria, olhando para mim com os olhos alertados.

-“ Eu…eu só ia ter com o Sérgio. Já reparaste que ele já tirou o gesso? “ – perguntei-lhe… um pouco animada de mais. Notava um tom de histeria na minha voz.

-“Sim… já reparei.” – disse ela abanando a cabeça - “Mas já reparei que vocês não se falam há imenso tempo, isto se alguma vez falaram como deve ser. Não achas que ía parecer estranho depois de tudo o que se passou, tu ires ter com ele assim animada como ‘tás?” – Realmente não podia ir ter com ele, e muito menos assim. Sentia os meus olhos húmidos. E logo a Ana me abraçou.

-“Shh.. miga. Não vais desanimar agora. Tens estado tão bem… e já reparei que o João está cada vez mais próximo de ti.” – disse-me ela rindo e dando-me pancadinhas nas costas.

-“Ana… isso não me interessa. Não é ele. Não é o João!” – disse-lhe olhando-a bem nos olhos, o meu coração estava tão apertadinho. Por muito tempo que se tenha passado sem falar com ele, nem sentir o seu toque, eu sei , eu sempre soube, que era o Sérgio. Cada vez que o via o meu coração acelerava e eu tinha que contar até três e respirar calmamente, para o meu coração encontrar o seu ritmo.

-“ As meninas vão entrar e sentar-se , ou vão ficar aí na porta é conversa?” – perguntou a Professora Luísa já impaciente batendo o seu pé no chão.

-“Desculpe!” – foi a única coisa que conseguimos dizer. Fomos sentar-nos ao pé do Sérgio, para podermos começar a ver as apresentações dos trabalhos de Área de Projecto. Olhei para ele e, para meu espanto, ele também estava a olhar para mim. Aqueles olhos azuis lindos água estavam fixados em mim. Senti-me corar.

-“Olá!” – disse-lhe a medo , sorrindo.

-“Olá Inês!” – disse ele , retribuindo o sorriso. Ali estava ele, ao meu lado, sorrindo para mim, como se nada tivesse acontecido. Eu sentia-me muito feliz por isso.

-“Já reparei que tiraste o gesso. Doeu?” – perguntei-lhe sussurrando , porque a apresentação do grupo da Mariana já tinha começado.

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Ele riu-se. –“Não! Mas sinto a perna meia dormente. Estive tanto tempo assim. Mal posso acreditar que já vou jogar futebol outra vez. Nem imaginas as saudades que tive…” – disse-me ele.

-“Também tive saudades…” – respondi-lhe , vagueando no azul dos seus olhos.