Meu Gêmeo Favorito

Sylvester Stallone de PG


Pov. Percy

Depois daquele incidente bizarro com o tal do Profeta da Praça, sentamos num banco para Annabeth verificar o mapa.

— A única mansão listada por aqui, - disse Annie – é essa Mansão de Vila Hilda, que aparentemente, de acordo com Arabella, é assombrada por um fantasma.

— Se isso for verdade talvez eu possa me comunicar com o fantasma – falou Duncan

— Fica muito longe? – perguntei – Estou começando a ficar com fome...

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— Eu também. – a loira respondeu – Mas precisamos chegar nessa mansão primeiro, aí sim podemos pensar em comer.

Duncan e eu resmungamos mas mesmo assim começamos a caminhar para nosso próximo ponto de interesse, o qual não ficava tão longe de onde estávamos. Em menos de vinte minutos já víamos a grande e majestosa construção. Annabeth mais uma vez ficou maravilhada. Era uma mansão bem antiga, mas tinha sua beleza magnífica.

— Uau! – exclamou Duncan – No passado devia morar só gente rica aqui, mas... Parece abandonada hoje.

— E está. – confirmou Sabidinha – Olhem a placa de “à venda” no portão. Depois das notícias de fantasma, as pessoas não devem querer morar mais aqui.

— Como vamos entrar? – indaguei – Esse portão é muito alto, deve ter uns quatro metros!

— Deixa comigo pessoal! – Declarou Duncan, que num movimento rápido agarrou meu braço e de Annabeth e de repente estávamos do lado de dentro.

— Quê? – disse uma Annabeth confusa – Duncan! Tem muitas testemunhas na rua, alguém podia ter visto...

— Calma Sabidinha, - falei a tranquilizando – a Névoa estava nos encobrindo e também, esse era o jeito mais rápido de entrar aqui. Vamos lá.

Andei em direção ao que parecia a entrada da grande casa. Subi os degraus de madeira e parei frente a enorme porta branca, no momento que fui girar a maçaneta, ouvi um barulho enorme lá dentro.

— Gente, – falei desesperado – alguém pode segurar a minha mão?

— Vamos lá Annie – disse Duncan – Vamos ajudar a Percyana medrosa.

— Ei! – gritei – Eu ouvi!

— Essa era a intenção, meu caro irmão. – respondeu ele girando a maçaneta e abrindo a porta – Tem alguém aí?

— Deixa de ser trouxa. – retruquei adentrando o lugar – Essa é a pergunta mais idiota que alguém pode fazer, não vê filme de terror não?

— Não. – disse ele – Sou evangélico.

Gargalhamos e logo estávamos no que parecia ser a sala principal do lugar. Pessoas não entravam na mansão fazia realmente uns bons anos. Tudo estava coberto por grossas camadas de poeira, teia de aranha por todos os lados, o que deixou Annabeth extremamente tensa e a fez agarrar minha mão.

— Se aparecer uma aranha, ela vira pó. – disse a ela

— Espera... – falou Duncan sorrindo repentinamente – Annabeth tem medo de aranhas? Isso é muito interessante.

— Nem pense nisso Dun... – mas Annabeth não teve a chance de terminar pois, do nada, um estalo muito alto nas paredes foi ouvido e logo uma figura translúcida foi vista.

Era a imagem de uma pequena menina, que devia ter vivido até os seus dez anos de idade.

— Oi, nós somos... – começou Duncan mas foi interrompido pela fantasma.

— Eu sei quem são. – respondeu – Eu espero vocês desde que morri, cinquenta anos atrás.

Deuses. Cinquenta anos.

— Finalmente meu espírito poderá descansar no Mundo Inferior – continuou a menina – Meu nome é Lucy, eu morava nessa casa, até ser morta pelo meu próprio pai. Ele era um semideus louco, que almejava a ascensão dos deuses malvados, como Gaia. Por anos ele planejou e planejou, mas não chegou a lado algum. Ele enlouqueceu procurando a deusa perdida, num ataque de raiva ele acabou... Bem, causando essa cicatriz no meu corpo. – Foi aí que reparei o enorme corte que Lucy tinha de uma ponta a outra de seu tórax. – Vocês precisam ir para a Vila Velha.

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— E como a gente chega lá? – indaguei.

Mas era tarde demais. Lucy com um forte clarão havia simplesmente evaporado da sala.

— M-mas o que?

— Ela acaba de chegar ao barco de Caronte. – disse Duncan – Acabei de sentir isso. Ela está... Feliz.

Um silêncio se instaurou no velho cômodo. Até que uma minúscula aranha surge, o que faz Annabeth gritar e correr desesperada para fora da Mansão.

[...]

Estávamos sentados em uma mesa de um Burger King da vida, comendo e pensando sobre como chegaríamos na tal da Vila Velha. Pelo que Annabeth disse que era uma espécie de parque, era o principal ponto turístico da cidade, lá havia furnas, a tal da Lagoa Dourada e arenitos, que são nada mais nada menos rochas, pedras que com o passar dos anos, foram se modificando e adquirindo formatos únicos, como a taça, o principal arenito de lá. Era literalmente uma pedra em formato de taça.

Mas tinha um pequeno grande problema. Como chegaremos lá? Duncan apontou no mapa a região do Parque de Vila Velha e cara... Era longe, meio isolado da cidade. Pensa no bairro mais lá na puta que pariu da sua cidade. Pensou? Agora pega uma estrada e dirija mais meia hora.

Estávamos perdidos, frustrados e nem ônibus podíamos pegar, pois se por um acaso, entrássemos na condução errada, poderíamos ir para o lado totalmente contrário.

— Acho melhor irmos a um lugar menos movimentado e mandarmos uma Mensagem de Íris para Arabella, ela deve saber como ir pra lá – disse Annabeth por fim.

No momento que dobramos a esquina, um cara vestido de... Sei lá... Policial, segurança, militar... Seja o que for chamou nossa atenção.

— Ei semideuses – disse ele.

— Ah deuses! – exclamou Annie – Você é o Stallone de PG!

— Quem? – perguntei – Ahhh, agora entendi.

O cara simplesmente era o sósia do Sylvester Stallone. Da cabeça aos pés. Será que ele ficava o dia inteiro assim? De boina, óculos escuros e de farda? Só tem gente doida nessa cidade de Ponta Grossa...

— Espera – falou Duncan – como sabe que somos semideuses?

— Muito simples. – disse a cópia do Stallone – Ouvi vocês conversando, eu posso ajuda-los. Filho de Ares ao seu dispor! – E em seguida bateu continência.

[...]

Sim. Por mais maluco que pareça, estávamos pegando carona com o Sylvester Stallone de PG. Bizarro. Pelo menos assim a gente conseguiu chegar rapidamente e sem se perder, graças aos deuses, até nosso objetivo: Parque Estadual de Vila Velha.

Pra falar a verdade mesmo, a gente não sabia o que encontraríamos lá, nem se ao menos a deusa estava por lá, mas se a menina fantasma disse, quem somos nós para não obedecer?

— Muito obrigado seu Stallone – disse Duncan.

— Disponham guerreiros! – falou ele e em seguida foi embora com seu Sylvester Móvel.

— Cara doido... – murmurou Annabeth.