Olá apareci. Entre o próximo capítulo e o outro, entrego a verdade que estão esperando ok. Houveram tantas coisas que me fizeram demorar nela. A falta de tempo foi a maior delas, mas também meu jeito de escrever. Só nesse capítulo meti seis mil palavras. Não sou capaz de escrever pouco e esconder os mínimos detalhes que formam cada cena, diálogo e narrações. Enfim, essa sou eu escrevendo fanfics e já levam 9 anos, sabe? É muito tempo kkk quem me todo esse tempo deveria estar acostumada. Andei até dizendo que minha ausência também pode ser enjoo. Caramba 9 anos fanficando. Será que tenho uma vida? Kkkenfim boa semana pravocês e boa leitura!

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Inês ainda olhava Victoriano. Tocou nos ombros dele encharcados pela água que caiam sob eles, e suspirou. Ele era tão grande e tão dela... sempre estava ali pra ela e por ela, ela sabia disso. Lembrou da conversa que tiveram quando tinham ido almoçar antes mesmo de estarem ali, antes mesmo dela convida-lo a estar em seu apartamento e em sua cama.

Ela tinham sim pedido o divórcio que ele nunca pediu quando ela sofria demasiadamente para conseguir ser a esposa e mãe que ele e suas filhas mereciam. Mas agora? Agora era diferente. Ela estava diferente e se sentia diferente, e ele não percebia, ou não queria ver. Não queria ver que ela estava totalmente sana e que Carlos Manuel era sim filho deles. Ele era Fernando.

Ela se virou rapidamente, dando as costas para ele. Ouviu o respirar dele profundo, enquanto ela passava as mãos no rosto e em seguida arrastava para os cabelos molhados.

—Victoriano: Morenita.

Ouviu a voz dele baixa. Sabia que ele se manteria ali por trás dela, até que fosse necessário. Mas já não era. Não o queria mais daquela forma, não se contentava, ainda mais naquele momento que ele se fazia presente para garantir sua "segurança". Não estava doente, nem mentalmente muito menos fisicamente. Havia vomitado sim, mas depois de ouvi-lo em sua absurda declaração que entre ela e Loreto chegaria a passar algo, além de sentir que tinha vivido emoções demais em um só dia. Assim então ela disse sem olha-lo.

—Inês: Queria que me deixasse, Victoriano. Já estou bem.

Ela encostou as mãos na parede úmida e gelada depois de falar. Sentiu Victoriano se aproximando mais. Depois o ouviu falar.

—Victoriano: Me perdoe pelo que eu disse. Foi meu ciúme falando por mim, morenita.

Ele falou, depois tocou na parede também com uma mão, enquanto a outra abria sua camisa.

Inês suspirou. Nada doía mais do que a certeza que ele não acreditava nela, e que para ele ela sempre seria a insana que um dia ele havia deixado em um hospital psiquiátrico.

Assim então, ela o olhou de lado e disse firme.

—Inês: Seus ciúmes não me incomoda mais do que você não acreditar em mim e na verdade que encontramos nosso filho, Victoriano.

Conseguiu ouvir outro respirar fundo dele, depois ouviu a camisa dele sendo jogada ao chão. Notou assim que ele estava se despindo também.

—Victoriano: Vamos acabar com tudo isso com esse exame que faremos. Já não quero mais brigar por isso, Inês. Por favor... Estou cansado.

Ela se virou para ele depois de ouvi-lo. Quis retrucar, sentiu um misto de sentimentos revoltos. O claro sentimento recíproco de que ambos estavam cansados e mais que isso, ambos procuravam suas próprias soluções para mudar tudo àquilo. Eram casado por mais de duas décadas mas pareciam não se entender mais e não falar a mesma língua.

Ela tinha em mãos o fim de um sofrimento que afetou não só o casamento deles mas também toda à família que formaram juntos, mas ele, apenas ele não era capaz de dar um voto de confiança a ela, e só iria fazer aquele exame porque estava certo que daria negativo.

De fato teria muito que perdoa-lo. Muito porque teria que restaurar o que com muito esforço ele vinha quebrando. Mas também tinha ciência que não tinha sido perfeita em tudo como mulher.

Ela então levantou a cabeça, piscou mais de uma vez. Tinha um misto de sentimentos dentro de si, raiva, tristeza e até felicidade, coisa que não era capaz de colocar pra fora apenas com lágrimas.

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Chegaria o momento que diante da verdade o gritaria que sempre teve razão e ele tão teimoso como era, fez de tudo para afastá-la e colocando em cheque sua verdade e intuição, que desde do início teve, que o rapaz que ele tanto desprezava era o primogênito deles.

—Inês: Eu sei que está confiante que esse exame dará negativo, mas não irá acontecer isso Victoriano. E eu, eu também estou cansada. Cansada.

Ele a tocou no rosto, ela virou o rosto do outro no mesmo momento que o teve mais próximo. As respirações se encontrando, o hálito quente e com o respirar cansado, dizendo como estavam iguais.

—Victoriano: Vou pagar pra ver . Estou disposto a pagar pra ver porque não acredito nesse conto de fadas que meu filho, meu filho que também me tiraram apareceu na minha porta, Inês. Desculpe mas não acredito nisso.

Depois de ouvi-lo, ela o olhou, e o que viu no olhar dele, a fez sofrer um pouco mais. Victoriano não acreditava nela por querer, não acreditava por medo. Ele era orgulhoso demais para deixar que seus sentimentos de pai falassem mais alto. Se fazia de forte demais para não sentir o que ela desde do início sentia.

Ela então o tocou no rosto mais uma vez. Quebrantada por dentro. Se ele abaixasse sua armadura e deixasse ao menos por um minuto sentir o que ela sentia, buscaria a verdade àquele momento mesmo. Impediria o filho deles de ir a qualquer canto e o traria para casa. A casa dele, ali onde sempre fora seu lar por direito. Era esse homem que ela queria, esse homem que ela sabia que ele podia ser capaz. Tão genioso, forte e orgulhoso ao ponto de conseguir o que queria.

Sabia que se tivesse esse marido ao seu lado, Carlos Manuel não estaria solto. Sim solto, porque no momento o jovem rapaz poderia estar confuso e até se sentindo culpado como ela pensava que ele estava por querer ir embora. E temia tanto que isso acontecesse, e o pior era se acontecesse com o pai dele podendo impedir e não fazer nada.

E de repente, a mão dela lhe deu um tapa no peito. Teve raiva de ter um marido tão orgulhoso e teimoso.

—Inês : Você está com medo! Medo de sentir a verdade e ouvir seu coração, Victoriano!

Ela agora o acertou com outra mão. Victoriano a olhou e a segurou pelos pulsos. Assim, firme a respondeu.

—Victoriano: O único medo que tenho é de te perder novamente! Não entende isso, Inês?

Ele a olhou sério depois de falar.

Inês torceu os lábios de lado, e o gritou como ele havia feito com ela.

—Inês: Já está me perdendo e perderá para sempre se nosso filho voltar a nos deixar, Victoriano! Eu já não estou como antes, deveria saber mais do que ninguém!

Ela mexeu os braços querendo ser solta, andou para trás e sentiu a parede. Victoriano desligou rápido o chuveiro com uma mão, segurando apenas a outra dela. Depois a olhou e nervoso disse.

—Victoriano: Quer me deixar essa é a verdade! Me deixou quando foi embora e pediu esse divórcio! Esse rapaz sendo nosso filho ou não, seguirá com isso de vivermos separados! Eu sei Inês, eu sei!

Ele a soltou de repente . Se virou e puxou uma toalha pendurada. Saiu do box do chuveiro enquanto ela o olhava com raiva.

Ele se enrolou já nu na toalha. Inês então o gritou dando um passo em direção dele.

—Inês: Então é isso? Prefere ser um covarde colocando tudo a perder independentemente do resultado que nos trará esse exame? É o nosso amor Victoriano!

Ela saiu do box. Ele riu quando ouviu o final das palavras dela. Sentiu que não podia guardar para si independentemente se suas palavras poderiam feri-la pois se sentia ferido, e um ferido ferirá sempre outro.

Assim então ele se virou para ela e disse.

—Victoriano: Agora eu sou o covarde? Te vi escolher viver de lembranças que te afastava de todos, até de mim, te vi se entregar várias vezes quando se trancava naquele maldito sótão, eu li uma carta de despedida que você optava me deixar, eu te vi preferir várias vezes o passado e agora vejo novamente isso acontecer! Eu só não quero que o final disso seja eu outra vez te internar, Inês!

Inês andou tomada de uma fúria inquietante, mas também uma dor imensa de uma culpa que não aguentava sentir. Lembrava também de tudo que ele havia dito e como tratou sua dor e aprisionou todos nela, mas aquele momento qual viviam poderia ser um renascimento para todos, um novo tempo e tudo novo. Bastava apenas seguirem unidos.

Ela se viu chorando quando chegou nele. Chorava de tristeza, vergonha, dor e até raiva porque o amava e também não suportava viver como estavam. O agarrou então pelo pescoço erguendo os pés, e tentou mirá-lo nos olhos com ele tão mais alto que ela.

—Inês: Para de falar! Para de seguir preso também em um passado que já não estou nele. Me veja como estou agora, Victoriano! Olhe para mim e verá que já não sou essa mulher! Me olhe!

Ele nada disse, quando a boca dela tomou a dele. Ele não rejeitou o beijo. A pegou rapidamente pelos braços e saiu do banheiro com ela.

Ofegante, seguia beijando-a e sendo beijado. As palavras naquele momento só estavam servindo para abrir feridas e prever um futuro incerto. Apesar de amar por anos uma única mulher, não sabia ainda como poderia ser o outro amanhecer ao lado dela.

De verdade temia o resultado daquele DNA. Ele deitou Inês na cama, assumindo para si o risco de Carlos Manuel ser o filho que tiveram arrancado deles. E ela. Apenas ela tinha sido capaz de descobrir antes de um maldito exame que ele não tinha pensado antes.

Ele a virou de costas. O corpo de Inês ainda molhado marcou a cama deles. Ela não ligou, pensou apenas que naquele momento seria ele e ela desnudos de tudo, íntimos e necessitados de deixar àquela tensão em algum canto.

Ela levou a mão abaixo de seu corpo. Tocou-se freneticamente à espera dele. Victoriano debruçou sob ela e segundos depois a penetrou. Ele gemeu entrando nela, e ela gemeu também em um grito tomada pelo desejo e a necessidade de ter-se aliviada.

Ele se moveu olhando-a. Seu corpo embaixo dele, os cabelos negros caindo pelos lados da cabeça, costas nuas e bumbum empinado, o fascinava. Ele foi rápido, apertando-a em sua cintura com uma mão enquanto a outra, segurou firme no lençol da cama. A cama que estava dormindo sozinho por culpa dela. Sentiu então que a raiva dos recentes acontecimentos entre eles, só se misturavam ao desejo naquele momento.

Com dentes apertando seus próprios lábios inferiores, tomada pelos mesmos sentimentos que Victoriano, as mãos de Inês também agarravam os lençóis da cama, enquanto alternava seus gritos abafados pelo colchão ou contidos quando cerrava seus dentes nos lábios.

Seu corpo movia em um vaivém nas mãos dele, conforme seus movimentos. Ela gostava, se sentia mais excitada que nunca. Queria mais daquilo, mais do que parecia tão incerto. Estavam à beira de uma verdade que mexeria com a família toda e então seria mais mãe que mulher. Estava certa disso.

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Sentiu a mão de Victoriano deslizando abaixo de seu corpo, e ele segurar um de seu seio com a mão. Sentiu ele apertar, enquanto seguia penetrando-a com rapidez. A boca dele alcançou um de seus ombros, ele lambeu e gemeu em seguida sugando onde sua língua havia percorrido. Depois sentiu o corpo dela indo novamente nos braços dele, enquanto não o sentia mais dentro de si. Ele se deitou de lado, deixando-a em sua frente.

Ela o buscou com o rosto e então as bocas se encontraram outra vez. Victoriano voltou a penetrá-la e então voltou a fazer amor com ela daquela maneira.

Inês deixou de beijá-lo. Começava a sentir sua intimidade mais quente e molhada. Ia gozar. Fechou os olhos abrindo a boca enquanto gemia, alertando Victoriano que seu gozo estava perto. Desgraçadamente, o dele também. Ela ia levá-lo junto num domínio que tinha dele, de seu corpo, mente e coração.

Ele apertou o corpo dela mais forte, sentiu a pele dela, e consequentemente, seu ventre tremer nos espasmos que denunciou que ela gozava. Ela gritou tremendo, e pulsando em volta de seu membro enterrado nela, fazendo-o gozar também. Assim, seus próprios espasmos de prazer juntaram com os dela.

Ele foi parando devagar, respirando profundamente para conseguir falar, e quando conseguiu falar, ele disse.

—Victoriano: Se Carlos Manuel for nosso filho, farei de tudo para que ambos me perdoem. Você e ele. Mas senão for...

Ele ficou calado, Inês também apenas para esperar que ele seguisse. Como não o ouviu, ela disse.

—Inês: Não sabe o que dizer caso ele não seja nosso filho, porque no fundo sabe que ele é.

Ela se arrastou pronta para sair dos braços dele. Mas Victoriano trouxe ela mais firme e disse.

—Victoriano: Eu não o quero como filho. Não consigo vê-lo assim. Ele não pode ser nosso Fernando. Não pode!

Ela olhou rapidamente pra ele, e disse.

—Inês: Mas ele é. Ele é Victoriano.

Amanheceu. Inês acordou na cama de seu quarto com Victoriano. Ele não estava nela. Ela apalpou rápido o lado dele e sentiu um papel na mão. O pegou abrindo os olhos ainda pesados de sono, até ver letras escritas à mão e de caneta azul.

"Fui resolver antes que acordasse, o que nos separa, morenita. Não queria vê-la deixar nossa cama e nossa casa mais uma vez. Isso dói mais do que possa imaginar."

Inês se sentou, de coração acelerado e pensativa no que tinha lido.

Na frente do apartamento de Carlos Manuel, Victoriano o esperava. Estava nervoso. À noite passada havia vivido fortes emoções, não só pela noite o dia havia sido repleto de altos e baixos . Mas não ia faltar com um compromisso que havia selado com Inês e àquele jovem que poderia ser filho deles.

Ele alisou o rosto. Agora caindo em si e temendo que a verdade pudesse ser a que ele tanto se negava crer.

E simplesmente porque não queria lidar com as consequências de seus atos até ali e não só com Inês. Nunca havia sido bom com Carlos Manuel e acreditava que não podia sentir nada pelo mesmo. Não. Nem queria mais filhos. Havia superado a ausência de seu menino.

Tocou os dedos no volante até ver o carro do rapaz deixar a garagem do prédio . Carlos Manuel acenou para ele com a cabeça, e ele seguiu em frente dirigindo seu próprio carro até onde realizariam o exame.

De início, Victoriano para garantir que àquele exame fosse feito, quis que o rapaz fosse com ele, mas o mesmo se negou e no final acabou sendo um alívio não precisar ficarem tão juntos .

Escolheu o hospital que fariam o exame tudo naquela manhã. Duas semanas com uma análise completa das células sanguíneas, traria o resultado e tudo acabaria. Enquanto seguia com o carro atrás de Carlos Manuel, Victoriano pensava nos cuidados que estava tomando, primeiro de tudo para não serem vítimas de uma trama, depois para garantir que dois exames fossem feitos em sigilo no mesmo hospital . Já que Diana não sabia daquele primeiro exame, enquanto o dela com Carlos Manuel havia ficado para o dia seguinte.

Quando enfim chegaram no hospital. Victoriano havia descido primeiro. Respirou então se vendo nervoso até que Carlos Manuel apareceu diante dele. O jovem rapaz também não parecia muito calmo. Tinha as pupilas dos olhos um pouco dilatadas e o verde cristalinos brilhantes demais. Victoriano reparou no seu olhar a semelhança instigante com o dele, e desviou seus próprios olhos dizendo.

—Victoriano: Vamos acabar logo com tudo isso, hum.

Carlos Manuel nada disse, não queria dirigir a palavra a ele. Victoriano era um homem amargo. Estava se convencendo disso. Queria mesmo não o ver mais depois daquilo, apenas se lamentando que com isso não veria Inês. Mas também sua presença na vida dela causava instabilidade no seu quadro emocional, assim, seria preferível não vê-la mais também depois daquele exame. O tão almejado negativo resolveria todos os problemas e de todos envolvidos.

Caminharam juntos até a recepção e foram logo atendidos. Uma hora depois às amostras de sangue haviam sido colhidas e devidamente registradas.

Na fazenda. Inês não havia deixado ainda a casa. Se vestiu com as roupas que tinha no closet e desceu para tomar o café com suas filhas.

As encontrou na mesa junto de Bernarda. Não se surpreendeu por ter sido deixada no quarto repousando até àquele momento, recordou que elas também tinham a mesma opinião que Victoriano tinha. Assim para elas, estava enlouquecendo também.

Pensar que tinha feito amor com o pai delas apesar de tudo. Quis apagar da mente as sensações e a entrega. Mas sabia que não poderia, e sabia mais ainda que estava ainda sujeita a repeti-la. Seguiam bons na cama, o problema estava fora dela.

—Inês: Bom dia.

Em uníssono ela teve respostas de todas à mesa. Puxou a cadeira, enquanto tinha olhares de suas filhas sob si. Olhares que não suportava mais vê-lo quando sua condição não era a que pensavam.

Assim então ela disse, arrumando o guardanapo no colo.

—Inês: Parem de me olhar como se eu fosse morrer, ou simplesmente enlouquecer como pensam. Estou ótima!

Começou então se servir de chá. Ouviu então por um longo minuto, apenas o silêncio das filhas e barulhos de talheres. Até que Cassandra disse.

—Cassandra: Quando o papai te trouxe da clínica, não podia nem abrir os olhos direito, mamãe. Nos preocupamos.

Inês ouviu as outras duas de suas filhas concordarem com Cassandra. Ela então suspirou, agora buscando um pão já cortado e disse.

—Inês: Sim, isso acontece quando se está com tranquilizantes no corpo, filha. Mas depois fiquei bem, tão bem que seu pai e eu terminamos fazendo amor como que se não tivéssemos tantos problemas para resolver. O que é vergonhoso e irônico... Então estou ótima.

—Constância: Credo, mamãe.

Diana sorriu com a confissão da mãe. Ela e Cassandra ficando iguais, enquanto Bernarda teve um rosto pálido e Constância com o dela de um tom rosado. Assim então Diana disse, por seus cálculos pensar que já tinha os pais juntos por duas noites seguidas. Para um casal apaixonado aquilo só significava uma coisa.

—Diana: Isso significa que irá voltar para casa, não é mamãe? Vocês dois não conseguem viver longe um do outro.

Bernarda se atentou na conversa, Inês a olhou de canto antes de responder Diana.

—Inês: Para a alegria de apenas uma pessoa à mesa. Não. Não voltarei filha.

Constância que estava próxima à Bernarda, buscou a mão da senhora e disse, sabendo que aquele comentário era direcionado a ela.

—Constância: Nossa vó Bernarda está nos ajudando com sua ausência, mamãe. Ela também ficou preocupada.

Inês olhou o gesto e deixou a faca que passava manteiga no pão, bem ao lado de sua caneca de chá, e disse em tom de ironia.

—Inês: Que comovente.

Ela bebeu do seu chá. Enquanto ouviu Cassandra chama-la baixo em um tom repreensão. Cassandra sempre ali buscando apaziguar tudo.

Bernarda que por fim se manifestou, disse.

—Bernarda: Deixe ela meninas. Não é novidade que a mãe de vocês não lida bem com minha presença na casa.

Inês a ignorou como gostava de fazer, dizendo.

—Inês: Adelaide dormiu na casa? Lembro de ter visto ela . Preciso conversar com ela.

Diana assentiu dizendo.

—Diana: Dormiu sim, mas foi à feira.

Inês respirou descontente.

—Inês: Ela não deveria mais fazer isso. Ir à feira ou a qualquer lugar que precisamos, temos outras meninas para isso.

Cassandra concordando com a mãe, disse.

—Cassandra: Ela que é teimosa, mamãe. Sabe como ela é.

Inês assentiu com a cabeça.

—Inês: Sim, eu sei.

E Constância que não se aguentou mais, quis iniciar a conversa que ela desejava desde da noite passada.

—Constância: Bom, por que não falamos do que de fato interessa? Que é o fato de que teve uma crise por conta de um desconhecido, mamãe?

Houve um silêncio na mesa novamente. Inês suspirou, sabia que teria que conversar com todas suas filhas e também ter uma conversa com Carlos Manuel já que sempre que estava diante da verdade de suas origens, se desequilibrava o suficiente para não conseguir verbalizar nada. E teriam tanto o que falar. Agora, poderia começar por partes. Primeiro com suas filhas ali, e principalmente com a que a questionava. Assim então ela disse.

—Inês: Gostaria de falar sobre isso sim. Mas com você especialmente, filha, sinto que deve ser em particular.

Constância bufou com o tom de seriedade da mãe. Pensava que a ter sana na mesa deixasse de lado a ideia que Carlos Manuel era o infeliz irmão que ela desejava longe. Mas não, ela seguia com a mesma ideia apesar de tudo. Assim então Constância tacou o guardanapo na mesa, dizendo.

—Constância: Que droga, mamãe, meu médico não é seu Fernando! Para isso não precisamos de uma conversa particular!

Inês respirou fundo para não se alterar também e a respondeu.

—Inês: Precisamos sim dela, filha. Precisamos conversar.

Bernarda que viu Constância toda vermelha querendo chorar, olhou Inês e disse.

—Bernarda: É melhor não forçar Constância a ter essa conversa, Inês. É incrível como segue só pensando em suas necessidades.

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Bernarda gesticulou com as mãos como que se demonstrasse o absurdo do pedido que Inês fazia. Inês não se aguentou, se levantou, segurando com força o guardanapo em mãos, ficou vermelha sabendo que não precisava de muito para se sentir furiosa com a querida madrasta de seu marido, e consequentemente com ele que a mantinha ali mesmo sabendo de seu desagrado. Mas sabia também que ela tinha o poder de mudar aquilo se quisesse. Assim então rebateu as palavras da senhora.

—Inês: Você não se meta nisso, Bernarda! São minhas filhas, minha família e minha casa! Se está aqui é porque ainda não exigi ao Victoriano sua saída! Sei que se coloco minha condição de volta em cima da sua saída, não ficaria um segundo mais aqui!

Ela deu um sorrisinho de vitória no final. Bernarda ficou vermelha, e se levantou também cheia de raiva. Queria tanto estar só com Inês e berrar todos seus ressentimentos contra ela. Mas não podia, assim apenas deixou a mesa. Inês voltou a sentar diante do olhar da filhas e voltou a comer.

Depois do café levemente conturbado, Inês não quis deixar a fazenda enquanto Victoriano não chegasse e ela pessoalmente certificasse com ele que tudo havia dado certo. Viu então Diana ir para empresa, Constância sair para qualquer lugar que ela sabia que não era a escola, e Cassandra ficando para fazer companhia a ela.

Na sala ela se serviu de um pouco de bebida. Era manhã ainda mas estava nervosa demais para não relaxar. Victoriano tinha ido com o filho deles fazer o exame tão esperado. O resultado dele mudaria tudo ali e entre eles. Não tinha como ficar calma. Botou meio copo da bebida mais forte de Victoriano e bebericava ela, na companhia de sua filha.

A olhou sentada no sofá, enquanto ela andava de um lado ao outro. Assim então, ela parando disse, com um sorriso.

—Inês: Daria tudo para que Constância tivesse nascido tão calma e compreensiva como você é minha filha. Sempre foi a que menos nos deu trabalho.

Ela se sentou ao lado de Cassandra e tocou seus cabelos cumpridos. Cassandra que deitou a cabeça no peito da mãe, sentindo abraçá-la com um braço, disse.

—Cassandra: Acho que tenho mais da senhora, enquanto Constância e Diana puxaram ao papai.

Inês suspirou concordando ainda que Diana não tivesse o sangue do mesmo pai das duas que Cassandra achava ter.

—Inês: É verdade, querida. Acredito também que seu irmão pode ser igual.

Cassandra se afastou devagar, viu Inês beber um pouco mais, então ela disse de um jeito manso.

—Cassandra: Acha mesmo que esse exame que Diana fará com Carlos Manuel revelará que ele é nosso irmão?

Inês bebeu mais, não podia dizer que o exame já estava sendo feito e não seria com Diana. Por isso precisaria mentir até que sua mentira e de Victoriano sobressaísse com a verdade.

—Inês: Acho sim. Ele é seu irmão mais velho. Eu não tenho dúvidas disso.

Cassandra sorriu e depois a abraçou firme, surpreendendo-a.

—Cassandra: Eu espero que seja mesmo. Fernando voltando para casa encerrará todo e qualquer sofrimento que já tivemos.

Inês deixou o copo na mesa, e a abraçou de volta com os dois braços. E então disse.

—Inês: Me perdoe por isso. Por tudo que viu.

Cassandra suspirou.

—Cassandra: Não foi sua culpa, nem do papai. Perderam um filho.

Inês a beijou na cabeça e sentiu uma lágrima correr.

Cassandra precisou ir trabalhar. Inês ficou só, ou se iludiu que estava. Bernarda estava em algum canto da casa como um encosto. Ela tinha certeza disso.

Então depois de tanto pensar só, e não ver Victoriano aparecer teve a ideia de revisitar o sótão que guardava tudo que um dia pertenceu a Fernando ainda bebê. Lembrou que naquele lugar havia álbuns de fotos com ele bebê. E precisaria de algumas fotos .

Subiu então a escadas, depois entrou no quarto que dormia com Victoriano e seguida se esforçou para lembrar onde estava a chave do lugar que queria ir. Vasculhou gavetas e sua penteadeira, até que achou.

Quando abriu o sótão foi golpeada por lembranças mais tristes do que felizes. Reparou que estava tudo igual desde da última vez que entrou ali e bagunçou tudo. Talvez fosse melhor esvaziar aquele lugar. Ele já não servia para nada e estava feliz por sentir o desapego com tudo que acumulou ali.

Entrou então com cuidado para não se machucar com madeiras do móvel que estava fora do lugar, depois começou vasculhar uma cômoda. Achou então dois álbuns de seu interesse. O abraçou contra o peito e saiu dali.

Mostraria algumas daquelas fotos ao Carlos Manuel. Seria impossível o mesmo não se reconhecer mesmo ainda bebê naquelas fotos. Agora ela sabia que poderia reconhecer, faltava ele e também Victoriano mas com ele uma simples foto não resolveria . Já estava convencida.

Entrou no quarto dela com Victoriano outra vez. Deixou o álbum no sofá e sentou . Abriu um deles começando a folhear , até que Victoriano apareceu a surpreendendo ainda na casa e com àquelas fotos nas mãos.

—Victoriano: Não sabia que ainda estava aqui. Se eu soubesse teria vindo mais rápido.

Ela ergueu a cabeça e o mirou. Analisou a expressão dele notando algo errado nos detalhes. Ele tinha os olhos vermelhos, os cabelos um tanto revoltos como se tivesse passado a mão, a camisa aberta em três botões. Notou então duas coisas, uma que ele havia chorado e outra era que havia bebido antes de voltar para casa.

Como previa ele não tinha deixado a bebida como gostaria que ele tivesse feito desde que ela havia deixado Constância bêbada em casa.

Assim então ela disse.

—Inês: Não deveria ter bebido e dirigido Victoriano.

Ela deixou o álbum ao lado dela pronta para levantar e acolhe-lo. Em troca Victoriano foi de encontro dela, e fez do joelho e pernas dela, seu colo, deitando a cabeça ali enquanto ele sentava no chão.

—Victoriano: Eu estou com medo Inês. Medo desse resultado. Eu não saberei lidar, não saberei lidar se esse rapaz for realmente nosso filho.

Inês alisou a cabeça dele . Ficando em silêncio. Se tinha aprendido em tantos anos de terapias e acompanhamentos, era que precisava ouvir primeiro quem necessitava falar. E naquele momento viu Victoriano se rasgando mais uma vez.

—Victoriano: Eu não saberei ser pai dele. O desconheço Inês. Desconheço esse Carlos Manuel. Eu conheço Fernando. O conheci. Ele não pode ser meu filho.

Ele chorou e Inês não sentiu a necessidade de corrigi-lo nem de impor sua verdade. Victoriano precisaria passar por aquele processo de aceitação e seria preferível que ela fosse mesmo antes de uma certeza eminente.

Quase duas semanas havia se passado. Os dias se alastrando como em passos de tartarugas. Inês seguia no apartamento, manteve uma distância de Carlos Manuel, apesar de estar desesperada para vê-lo e passar algumas horas com ele, havia sido aconselhada por sua nova terapeuta que independentemente do resultado que esperavam não deveriam sufocar o jovem rapaz que tinha a ideia de ir embora por exatamente se sentir assim. Sufocado. Carlos Manuel teve outra vida, outra família. Inês estava caindo em si que ter o afeto de seu filho como gostaria, custaria tempo e paciência.

Constância também erra outro problema a ser pensado e saber lidar . Como sempre a relação das duas era como pisar em ovos, ainda mais naquele momento que viviam quando ela via a chegada de Carlos Manuel à família como ameaça. Diana e Cassandra seguiam pendente à família e a espera do resultado do DNA mas seguiam também suas vidas. Diana voltando a se relacionar com Alejandro e Cassandra mantendo seu relacionamento calmo e amoroso com seu colega de trabalho.

Inês já não procurava Loreto como antes mas naquela tarde havia aceitado seu convite para almoçar. Aceitou porque queria ter uma conversa franca com o mesmo. Depois que já não estava desesperada como antes esteve, sem apoio de Victoriano, podia ver os sinais de alertas da boa vontade de Loreto que tanto seu amor alertava. Que falando em amor. Inês seguia gostando daquela condição qual viviam. Separados naquele tempo mas não tão separados assim. Faziam amor todas vezes que se viam, brigavam menos e conseguiam conversar de temas importantes como o fato de que a possibilidade de Fernando voltar para eles ser real.

Era manhã quando Inês acordou sendo beijada e despida ao mesmo tempo. Victoriano havia dormido com ela mais uma vez. Mas já tinha que ir. Ele para empresa e ela para ONG que agora havia se tornado uma voluntária aceitando os termos da diretora. Gostava de ir e esquecer entre os que mais precisavam de proteção e ajuda, seus problemas conjugais e familiares. Fazia um bem que a deixavq bem. Esse era seu maior pago.

Ela gemeu sentindo a língua de Victoriano deslizando em sua intimidade. Estava nua e aberta para ele, segurou assim em seus cabelos grisalhos, e rebolou incitando-o a continuar. Victoriano começou mover sua língua em círculos freneticamente enquanto a ouvia gemer mais. E seguiu até que ela tremeu e gritou gozando. Ele vestia apenas uma cueca boxer, quando apareceu cobrindo o corpo dela com o dele. A beijou em um beijo lento. E ofegante, depois do beijo a olhou e pediu.

—Victoriano: Volta para nossa casa, morenita. Te quero em nossa cama, em nosso lar.

Ele beijou um lado do pescoço dela, desceu o beijo para o ombro, foi dando beijos e Inês fechou os olhos. Ele sempre fazia aquele pedido quando a fazia gozar, e ela sempre tinha a mesma resposta.

—Inês: Não, querido. Não é a hora.

Victoriano parou e a olhou nos olhos. Respirou fundo porque sempre se sentia nervoso com o não dela apesar de estarem se dando melhor. Apesar de estarem fazendo amor como que se não existisse ainda aquela separação imposta por ela. Assim então, ele levou a mão abaixo na cueca, sem deixar de olhá-la e disse.

—Victoriano: Ás vezes não entendo o porque segue com esse calvário. Estamos bem. Estamos melhores.

Ele não esperou resposta dela, foi deslizando com sua ereção para dentro dela. Inês abriu a boca em um gemido baixo. Agarrou o travesseiro atrás de sua cabeça e empinou os peitos arqueando-se de prazer.

Ele começou a se mover e para perdição de Inês, sua resposta foi apenas um pedido que visava seu prazer.

—Inês: Oh, não pare.

Victoriano a olhou fechar os olhos e sabia que não teria dela mais nada que fosse pedidos como aqueles e gemidos que o tirariam a sensatez . Então seguiu como ela pediu. A olhando entrava e saia de seu corpo excitante, até vê-la revirar os olhos em um gozo e tremer todo seu corpo abaixo do seu. Quando viu ele retirou sua ereção. Ela notou mas não se doeu mais. Não ligava mais e não sofria mais. Depois de conversarem sobre o exame realizado, havia ficado claro que Victoriano seguia não querendo mais filhos. E ela? Havia se convencido que um bebê naquele momento não seria bom.

Assim o viu se masturbar para gozar fora dela. Ela então ergueu o corpo se apoiando pelo cotovelo para olhá-lo. E depois que viu que ele gozaria, não resistiu e foi beijá-lo bem na fonte de seu prazer.

Momentos depois estavam deitados no silêncio do quarto. Inês sabia que tinha que levantar , Victoriano o mesmo mas era aquela despedida que incomodavam, principalmente a ele.

—Victoriano: Hoje tenho médico. Depois dele podemos ir almoçar juntos, morenita.

Ela deitada com a cabeça no peito dele, negou mentalmente pois sabia quando dissesse o motivo acabaria aquela paz. Assim então ela perguntou.

—Inês: Vai ao médico? O que tem?

Ela buscou olhá-lo com um olhar preocupado. Até que ele sorriu e disse.

—Victoriano: Ainda não realizei o exame que demonstra que não posso mais gerar filhos. Preciso fazer para que paremos com isso.

—Inês: Ah.

Ela respondeu apenas assim. Evitando relembrar a vasectomia dele a escondida e seus motivos que tanto a machucou. Verbalizar seus pensamentos poderiam reacender ressentimentos que ela não queria despertar, e nem gastar mais suas energias quando existia coisas mais importantes que deveriam se preocupar como os filhos que tinham.

Ele ainda assim suspirou sabendo que esse Ah poderia ser muita coisa contida. Mas assim desejava também não aprofundar o tema já que o lado dele era o mais sujo dos dois. Assim, ele disse.

—Victoriano: E o almoço. Posso te pegar?

Inês sentiu que era hora de sair da cama quando disse.

—Inês: Não posso tenho um outro almoço para ir, Victoriano.

Ela se sentou ainda nua, procurou sua camisola pelo chão e quando a encontrou se sentiu tonta. Levou s mão na testa e fechou os olhos.

Percebia que estava sentindo-se zonza todas as amanhãs naquela semana e na anterior, mas temia dar atenção àquilo por não desejar descobrir uma doença grave no meio de todo furacão que estava vivendo e tentando administrar tudo.

—Victoriano: Que tipo de almoço é esse morenita que não pode adiar?

A voz de Victoriano trouxe a ela forças pra fingir que o quarto não estava rodando.

O olhou e o viu de pé também e se vestindo.

Ela voltou a sentar na cama para que ele não percebesse seu estado e disse.

—Inês: Marquei um almoço com Loreto. E antes que proteste, eu preciso encerrar esse ciclo com ele, Victoriano.

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Victoriano riu sem vontade, vendo ela ainda sentada passando a camisola pela cabeça.

—Victoriano: Eu não gosto disso Inês. Disse que já não via ele como antes. Agora vai almoçar com ele? Loreto é um infeliz que ter quer e já cansei de te avisar.

Inês suspirou. O que tinha era um tanto de peso na consciência quando julgava que tinha usado Loreto quando não teve Victoriano ao seu lado. E agora que tinha Victoriano ao seu lado e a verdade já em suas mãos, não precisava dele. Iria como que descartá-lo e queria fazer aquilo realmente uma maneira gentil e sem deixar espaços para chances como àquela que Victoriano dizia.

—Inês: Loreto me ouviu e se propôs a me ajudar todas as vezes que necessitei. Ele merece meu respeito, Victoriano.

Victoriano vestiu a calça com raiva. Não via daquela forma Loreto nem que ele merecia qualquer tipo de respeito mesmo ao ter passado mais de 20 anos quando o surpreendeu preste a estuprar a mulher que agora era mãe de seus filhos. E Inês tinha sempre a capacidade de esquecer tal ato. Não era só apenas ciúmes era ele mas muito mais que isso .

—Victoriano: Faça o favor que esse almoço seja realmente em um restaurante, que possam ser vistos. E não vou mais falar disso, senão brigaremos pois sabe o que penso, Inês.

Ele deu a volta. Já vestido. Vestia a roupa da noite e pensava em ir pra casa ainda pegar ao menos uma de suas filhas em casa, abraçá-la, tomar banho e depois ir aos seus compromissos do dia.

Inês o olhou e quis despi-lo novamente. Vinha percebendo também que sua libido estava aumentando cada vez mais. Acreditava que àquilo era o efeito de não viver mais à base de remédios. Agora acreditava que já havia sido fria muitas vezes por efeito deles.

Ela segurou ao lado, os lençóis da cama e apertou as pernas. A pouco, sabia que se batesse um vento nela seria capaz de cair ao chão, e agora estava ali desejando algo rápido e intenso na despedida deles.

Victoriano percebeu que o olhar dela tinha um brilho de desejo enquanto percorria lentamente o corpo dele . Assim então ele alertou falando.

—Victoriano: Inês, senão parar de me olhar assim, eu não sairei hoje daqui.

Ela levou as mãos nas coxas. Pegou no pano delicado e fino e começou a subir ele.

—Inês: Meu amor, eu...

O meu amor poderia sair em tom romântico se ela não tivesse se arrastado ao meio da cama, enquanto subia a camisola.

Victoriano não pensou duas vezes, quando começou abrir seu cinto da calça para em seguida ir ao encontro dela.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.