Não vou desistir

A semana passara rápido, Cora levou Emma e Ruby para conhecer alguns pontos turísticos da cidade enquanto a filha estudava.

Killian tinha se interessado por Ruby, mais nada tinha acontecido, como ele dizia para Regina “melhor não apressar as coisas”.

Assim que as provas terminaram Killian voltou para ver sua família que morava em uma cidade próxima, e fez Ruby prometer que voltaria mais vezes, o que para ela não ia ser um sacrifício.

Todas voltaram para casa, tinham quase trinta dias para aproveitarem as férias antes das aulas voltarem.

David e Robin foram buscá-las no aeroporto. Depois de todos se cumprimentarem, Emma e Regina se despediram, pois cada uma ia para uma casa.

— Meu amor! Quando puder me manda uma mensagem, vamos dar um jeito de nos ver ok! – Falava Emma enquanto estava abraçada a menina.

— Eu mando sim... Já estou com saudades coração! – Emma beijou Regina disfarçadamente, porque a mais nova morria de vergonha.

A noite tinha chegado e o encontro que Regina temia estava para acontecer. Cora, os filhos e a neta estava na sala. Anna estava brincando com os tios, Zelena e a mãe conversavam sobre Los Angeles e alguns assuntos da empresa.

— Boa noite família! – Disse Henry entrando na sala.

Na mesma hora, sentiram que o clima tinha ficado pesado. Henry colocou a maleta no chão e afrouxou a gravata, primeiro passou por Cora, dando um beijo no rosto da esposa, que tentou se esquivar sem obter exito, depois se aproximou da filha mais nova, que estava pálida.

— Como está filha? – Disse fazendo com que ela se levantasse para abraça-lo. – O que é isso no seu braço? – Falou se referindo as cicatrizes.

— Estou bem. – Regina disse sem conseguir olhar para o pai, ignorando a segunda pergunta.

— Regina você e Robin não iam sair? – Perguntou Cora encarando a filha, que consentiu sem saber o que falar – Então vão se arrumar para não atrasarem.

Os filhos concordaram e subiram para seus quartos, minutos depois Cora bateu na porta da filha.

— Regina, posso entrar? – Ouviu a filha dizer que sim – Está pronta?

— Mãe, não tínhamos combinado nada. – Falou Regina não entendendo.

— Eu sei que não, mais também sei que você não quer falar com seu pai, e com razão... já falei com Robin, então vão se divertir, chame as meninas Regina... sei lá. Só não fiquem em casa. – Cora disse e saiu do quarto.

Regina enviou uma mensagem para Emma contando o que sua mãe tinha feito e a namorada pensou que seria uma ótima ideia se todos se reunissem em sua casa. Minutos depois Robin saiu com a irmã para a casa dos Swan.

Zelena, August e a filha ficaram na mansão Mills para o jantar. Conversaram bastante, afinal, fazia alguns meses que Zelena não via a mãe. Henry não tocou no assunto do namoro da filha e nem perguntou com quem os filhos iriam sair, estava calmo, parecia até ser outro homem.

Após terminarem o jantar, Zelena, o marido e a filha voltaram para casa. Deixando Henry e Cora a sós.

Cansada pela viagem, a mulher foi para o quarto que estava dormindo desde que resolvera se afastar do marido.

— Cora... – Disse Henry abrindo a porta – Podemos conversar?

— Pode dizer. – Falava enquanto penteava os cabelos.

— Vamos esquecer tudo que aconteceu? Volta para nosso quarto... – A mulher o olhava através do espelho – Tive todo esse tempo para pensar e quero nossa família de volta.

— Henry – falou se virando para o homem – eu nunca vou conseguir esquecer o que aconteceu! Você destruiu a nossa família... e vai ter que carregar isso para o resto da sua vida. Poderia ter te denunciado para polícia mais não fiz porque pensei que você tinha agido por impulso, por raiva de ser contrariado ou até por medo das coisas que nossa filha pudesse ter que enfrentar... eu tentei te compreender mesmo e achei que você mudaria com o tempo. – A mulher riu sem achar graça. – Mais a verdade é que o maior problema que ela teve que enfrentar foi você! Você quase matou nossa filha, ela vai ter esse trauma para vida toda e a culpa é SUA! Sinceramente... eu não sei mais quem é você!

— Cora, estou aqui para pedir perdão! Eu vou mudar. Só quero que nossa filha se comporte, não estou pedindo nada demais, eu quero a filha que eu criei de volta! – Falava como vítima.

— Que ela se comporte? – Cora riu – Ela nunca fez nada de errado, nunca tivemos sequer um problema com ela... agora, só porque ela não que viver a vida que você planejou, não significa que ela se transformou em uma outra pessoa. A Regina é a mesma pessoa Henry, independente de quem ela namore, ela vai continuar sendo a minha filha. Você é realmente repugnante, eu tenho nojo de você.

— Eu sei que você apoia esse... isso que elas tem – fez cara de nojo - ... e também sei que não chegou ao fim porque você e aqueles imbecis dos Swan deixa com que elas criem expectativas. – Henry chegou bem perto de Cora que agora estava de pé – Mais isso não vai ficar assim querida! Um dia elas vão aprender... elas tem que aprender, porque esse relacionamento é inaceitável, é vergonhoso! – o homem segurou a nuca de Cora forçando um beijo, a mulher o empurrou limpando sua boca. – Vou deixar que aproveitem, mais saiba que enquanto eu estiver vivo, eu não vou desistir!

— Saia daqui... AGORA! – O homem foi saindo lentamente do quarto enquanto ainda encarava a esposa. – E se voltar a encostar um dedo nela, dessa vez eu mesma vou acabar com você, não tenha dúvidas disso. – Cora trancou a porta com a chave.

A mulher tremia de raiva, não poderia mais morar sob o mesmo teto que Henry. Sentindo um pouco de medo das palavras do marido, Cora enviou uma mensagem à Robin para que ele avisasse assim que estivessem chegando, para que ela pudesse certificar que os filhos estavam bem.