Existir

Uma mulher de sorte


Haley não era uma pessoa exatamente matutina. Não podia reclamar a respeito dos horários, mas sempre que podia estender um pouquinho além na cama, aproveitava cada minutinho.

Claro que essa rotina mudou drasticamente quando tornou-se mãe. Jamie chorava demais. Fosse por fome, por cólicas ou qualquer outro motivo pelos quais os bebês choravam.

Ela e Nathan se revezavam para ver quem despertaria na madrugada, nos vinte minutos seguintes. Mas em geral, ele sempre acabava se levantando. E ela agradecia mentalmente por isso. Todas as vezes.

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O choro dele ressoou mais uma vez no quarto ao lado. Haley queria cobrir a cabeça com o travesseiro, mas forçou-se a se levantar.

− Tudo bem. – disse Nathan. – Eu vou.

− Mas você já foi antes, Nate. – murmurou, convencendo a si mesma de levantar. – Tem jogo amanhã.

− E você tem suas obrigações. – rebateu, depositando um beijo em sua testa. – Eu vou.

Haley balbuciou alguma coisa que soava como obrigada, caindo no sono em seguida. Pelo restante da noite, não despertou uma única vez.

Na manhã seguinte, o silêncio ainda imperava. Achou estranho. Nenhum choro de bebê. Nenhuma reclamação.

Haley abriu os olhos, encarando o lado da cama, onde Jamie dormia no meio dos dois. Um sorriso brotou de seus lábios, singelo e terno. Seu coração aqueceu-se a tal ponto que a alma parecia derreter e transbordar de amor. Nathan ainda ressonava baixinho, e ela desligou o despertador. Pensando que poderia perder mais alguns minutinhos apenas encarando-os. Os homens de sua vida. E deu-se conta do quanto era sortuda apenas por seu existir.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.