Durante a metade do percurso o humano acordo, mas Aqua permaneceu quieto, com nariz fungando e os olhos cheios de lágrimas que ele já desacreditado sobre si mesmo, deixava apenas uma e outra escorrer pelo rosto por causa do acúmulo que ficava em seus olhos. O olhar vazio, ele nem se quer fez mais perguntas. Seus pensamentos estavam num transe de confusão, medo, tristeza, ansiedade, desesperança.

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Depois de um bom tempo ao mar, os quatro chegaram num porto. Wan puxou Aqua pelo colarinho fazendo-o ficar de pé.

— Wan, não seja tão bruto com o filhote... — Disse Mhonikr se aproximando de Aqua e ajeitando sua roupa bagunçada. Mari estava mais a frente e olhou para trás observando a cena em silêncio. Já o Wan, apenas deu um suspiro em relação as falas da companheira. — Olhe bem fofinho, agora nós iremos até minha casa, e como você ainda é pequenininho e fofo, eu vou deixar que você ande sem estar amarrado tá?

— O que? Mari você está de acordo com isto? E se por acaso ele fugir? — Wan perguntou para a ruiva.

— Pra ele fugir de vocês dois e de mim ele tem de ser a coisa mais poderosa desse universo, mas não, ele é só um humano. E sem contar que... ele vai morrer logo logo, deixa ele aproveitar seus últimos momentos numa capital. — Mari terminou sua fala e virou-se. — Agora vamos logo para o abrigo, quero entrar em contato com o rei.

E assim foram. Aqua ficou ao lado de Mhonikr já que os outros dois estavam a frente. O lugar em que eles estavam era repleto de predadores e podia ver que em algumas bancas haviam partes mutiladas de presas. Um comércio. Ao contrário dos outros lugares que pareciam manter um equilíbrio ou até mesmo uma pacificidade, a capital do Norte parecia ter a lei do mais forte. O que faz com que os predadores se acumulem num ponto. Ao menos aqueles que tinham garantia sobre si mesmos.

Vozes altas, rosnados, grunhidos e discussões. Era uma barulheira, uma competição. Mas não era bagunçado. De certa forma mesmo sendo violentos, eles mantinham uma ordem.

Conforme se desaproximavam da parte inicial mais focada no comércio, a quantidade de criaturas ia diminuindo-se e as coisas se acalmando.

Eles pegaram uma estrada de terra, cercada de uma mata densa.

E mais a frente, chegaram numa área residencial. Com casas de pedras, e bem reforçadas.

— Qual é a que vocês pegaram? — Perguntou Mari.

— A penúltima, da porta marfim. — Respondeu Wan.

E não demorou para que chegassem até a casa. Ela era grande, de dois andares. Quando entraram, logo na sala de entrada, ao fundo havia dois filhotes, amarrados, de costas para a entrada, não revelando seus rostos.

— Mas que... — Wan foi interrompido, com gritos desesperados, a filhote mais nova só conseguia chorar em agudo, e o filhote mais velho identificou-se.

— Pai! Mãe! Nos tire daqui!

Wan e Mhonikr surpreenderam-se de momento. Reconhecendo as vozes de seus próprios filhotes. De repente, as paredes da casa se quebram, devido a uma força e explosão forte que ela recebeu pela parte de trás da casa. Os dois filhotes presos voaram com o impacto, junto aos escombros e poeira forte.

Wan, Mhonikr e Mari defenderam-se do ataque, deixando Aqua entre eles.

O filhote de humano, tossiu por causa do acúmulo de poeira, olhou para o chão e viu o casal de filhotes ensanguentados porém visivelmente sem algum machucado maior. Por serem filhotes de dragões, suas resistências são grandes.

De trás da casa destruída em um segundo, quando a poeira deixa de impedir a visão. Aqua e os outros puderam ver o responsável.

— A... — Aqua regalou os olhos, falando alguma coisa mesmo que em murmúrio de surpresa depois de um bom tempo em silêncio. O brilho dos olhos do humano retornaram, e mais uma vez ele sentia uma explosão de sentimentos.