Destiny

Prólogo - " Hope"


Esperança.

4 sílabas. 9 letras. 8 fonemas.

Meu irmão sempre me definiu como uma mulher esperançosa, Howard adorava apontar isso como um defeito, como se ter esperança fosse um pecado capital ou então alguma doença que deveria ser tratada e eliminada o mais depressa possível do meu organismo. Dizia que em tempos de guerra, e no meu trabalho, esperança não era útil. "Nós Stark's lidamos com fatos, tecnologia, ciência... Não com a incerteza, fé, Deus, esperança ou o que quer que você queira chamar, Kitkat"

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Ele estava certo.

Esperança é como uma droga, se espalha rapidamente pelo seu sistema, afeta o seu cérebro, distorce a realidade, e o pior de tudo, lhe dá expectativas.

Eu sonhava com um futuro depois que a HYDRA fosse destruída. Uma vida depois da guerra. Uma casa, Bucky e eu, nossos filhos, quem sabe até um cachorro. O pacote completo. A vida perfeita.

Um conto de fadas.

Mas ao contrário dos contos de fadas que nossos pais nos contam quando somos crianças, onde o príncipe e a princesa vivem felizes para sempre, a realidade infelizmente não funciona assim. Não existem finais felizes. São finais, eles geralmente incluem mortes e a não ser que você tenha tido uma vida completamente plena e feliz, o que eu duvido muito, ou esteja agonizando, já é um fator para eliminar o feliz da equação.

O fato é, eu idealizei uma vida inteira. Criei expectativas, sonhos, e tudo foi pelo ralo abaixo. Tudo se desmoronou aos poucos em minha frente, enquanto eu assistia incapaz de reagir. Minha vida foi gradativamente se tornando um inferno. E eu que sempre tive esperança, acabei sem nada. Passei de Katrina Stark, médica renomada, noiva, com uma vida toda pela frente, para ninguém, um ser sem nome, sem identidade.

No fim, Howard estava certo desde o princípio, nós Stark’s não podemos nos dar ao luxo de termos esperança. E esse foi o meu maior erro.

Foi o que me trouxe até aqui.