Equidistante

Epílogo - Sobre almas gêmeas e fins felizes


Alexander Lightwood não se importava em atrasar. Isso significava que ele tinha passado mais tempo com Magnus nas manhãs de frio, enrolados embaixo do coberto, alheios a qualquer outra realidade que não fosse aquela. O tempo era seu aliado, fazendo-o apreciar os momentos que tinha com Magnus, porque estava consciente dos minutos sem ele.. Seus relógios sincronizados o provocavam com cada toque de minuto pragmático, como se zombassem da passagem rápida do tempo, que assombrava Alec diariamente. A rotina não o massacrava e muito menos entediava, era, na verdade, extremamente familiar e confortável, um lembrete diário de conseguiu abrir seu coração e todo dia era recompensado por isso.

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Alexander Lightwood não se importava em falar com estranhos. A prática era um lembrete de que já tinha encontrado o seu alguém, que não precisaria passar por atividades sociais sem sentido para algum fim. Era uma desculpa para que pudesse falar de Magnus o quanto quisesse. E ninguém teria nada para oferecer a alguém como ele; nenhuma piada, agrado ou conselho que ele não poderia conseguir com Magnus. Mas mesmo assim, era divertido vê-los tentar.

E mais do que tudo, Alexander Lightwood não se importava em se apaixonar. Se apaixonava todos os dias, pelo sorriso de Mangus, pelos seus olhos, pelo seu talento, pela sua paixão. O amor ainda não fazia sentido, era inimigo da lógica e fatalmente irreversível. Penetrava no corpo e alma de forma irregular, mudava comportamentos e ações, era quase uma afronta ao normal. O amor consumia, pegava qualquer partícula de razão e a destruía. E ele não podia estar mais feliz por isso.

Magnus Bane queria perder o foco. Porque isso significava que estava perdendo seus sentidos movidos pela paixão por Alec. Sua motivação e determinação ainda eram as únicas coisas que tinham sua absoluta atenção. Mas agora elas não era apenas voltadas ao seu trabalho e sim ao seu amor, que tinha desencadeado em coisas muito mais maravilhosas que seu trabalho jamais poderia. Ainda eram as muletas que o levaria para onde deveria estar, o seu real objetivo de vida, o que envolvesse seus verdadeiros talentos e o recompensasse de forma justa, mas dessa vez poderia compartilhá-lo com alguém que o ajudaria e entenderia a jornada.

Magnus Bane queria trabalhar mais do que deveria. Isso significava que poderia ver o sorriso de Alec experimentando sua comida mais vezes e essa era toda a recompensa que queria ter. Trabalho só deveria ser feito com algum propósito e agora achara o seu. O dinheiro que ganhava ainda não era suficiente e os seus superiores não podiam se importar menos com o seu bem-estar, mas a verdade é que estava mais próximo do que nunca de seu sonho e agora tinha alguém com quem compartilhar.

E mais do que tudo, Magnus Bane queria se apaixonar. E se apaixonava diariamente pelos olhos de Alec, pelo seu sorriso, pela sua paixão, pela sua honestidade. O amor fazia sentido até demais, era inimigo da emoção, tirando-a todo o poder e fatalmente irresistível. Penetrava no corpo e alma de forma irregular, mudava comportamentos e ações, era uma maravilhosa afronta ao normal. Mas o amor consumia, pegava o seu coração e o destruía toda vez. Exceto uma. A última. E ele não podia estar mais feliz por isso.

É seguro dizer que, por toda a eternidade que Alexander Lightwood e Magnus Bane ficassem juntos, essas afirmações permaneceriam verdade e que nenhum coração seria quebrado. Pois o destino os juntou e provou que nenhuma certeza pode ser feita sobre o próprio caráter, especialmente ao se tratar de amor.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.