E Se Eu Não Te Amar?

Sorvete dos Apaixonados


André era um sorveteiro famoso em Paris. Seus gelados eram conhecidos como o “Sorvete do Amor”. Diziam que os casais que dividissem um destes ficariam juntos para sempre. O único problema era que André não tinha um local fixo onde colocar sua barraquinha, assim encontra-lo era sempre uma missão complicada.

Marinette foi encontrar seus amigos, ansiosa para ver Adrien e poder passar uma tarde com ele tomando o “sorvete dos apaixonados”. Ao avistar a amiga a garota acenou e gritou enquanto corria até ela.

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— Hey, Alya!

— Hey, Marinette!

Ela abraçou a amiga e depois olhou desesperada atrás dela procurado pelo Loirinho.

— Onde está o Adrien?

— Nino acaba de receber uma mensagem, ele já deve estar a caminho — afirmou Alya.

O sorriso de Marinette se abriu de orelha a orelha ao pensar no modelo, enquanto seus amigos Nino, Mylene e Ivan se aproximavam e a cumprimentavam.

— Hey, Marinette! — Disse Nino.

— Tudo bem? — Perguntaram Mylene e Ivan ao mesmo tempo.

— Oi pessoal. Eu estou bem, obrigada. Então, vocês sabem onde o André vai estar hoje?

— Você sabe... na verdade você nunca sabe onde ele está, temos que encontrar pistas que irão nos ajudar a localizá-lo — disse Nino apontando para o celular.

— A primeira vez que eu e a Mylene fomos tomar sorvete tivemos que procurar três horas até finalmente o encontrarmos — disse Ivan enquanto abraçava sua namorada.

Neste momento Adrien chegou correndo, ele havia atrasado porque teve que despistar a Natalie e seu guarda costas para conseguir sair de casa.

— Oi pessoal, desculpem o atraso.

Marinette deu um pulo de susto ao ver o modelo, ele estava tão lindo com seus olhos verdes esmeralda e seu cabelo loiro brilhante. Marinette suspirou apaixonada. Então percebeu que todos olhavam para a cara de boba que ela fazia. A garota tentou disfarçar sorrindo e cumprimentando o loiro a sua frente.

— O-oi Adrien!

Ele sorriu para ela que se derreteu admirando a beleza do garoto.

— Então, já localizaram o André — perguntou Adrien.

— Veja! Alguém acaba de postar uma foto, ele está sobre a ponte — disse Nino mostrando a foto pelo telefone.

Eles saíram todos correndo e rindo indo rumo a ponte onde encontrariam o sorveteiro. Nino foi o primeiro a chegar até a Pont des Arts conhecida como “ponte dos cadeados”, ela recebeu este nome por ser repleta de cadeados presos em suas grades, segundo a tradição os cadeados simbolizam o amor eterno entre os casais que os prendiam.

— Ele está ali — gritou Nino apontando para a barraquinha de sorvete.

Eles terminaram de chegar até o sorveteiro, Mylene e Ivan foram os primeiros a pedir. Eles chegaram juntos na frente da barraquinha se abraçando.

— Oi André — disse Mylene.

— Ah... Mylene a Doce e Ivan o Forte. Como vão os meus dois pombinhos? — disse André se voltando para seu carrinho — Chocolate, bombons e nougat. Perfeito para a princesa e seu gigante.

Ele colocou as bolas de sorvete sobre a casquinha e entregou para o casal a sua frente que saíram felizes. Foi a vez de Nino e Alya se apresentarem, Nino havia passado seu braço pelos ombros de Alya que lhe abraçava pela cintura.

— Ah... este casal... eu não sei... é a primeira vez que vêm aqui? — perguntou André.

Os dois riram olhando um para o outro e sorrindo responderam juntos.

— Sim!

— Limão, banana e maracujá- disse André colocando as bolas sobre a casquinha e entregando a Nino.

Marinette havia se sentado em um banco de frente para a barraquinha e observava enquanto André escolhia o sorvete perfeito para os casais. Adrien olhou para ela e se sentou ao seu lado no banco.

— Você não vai tomar sorvete, Marinette? — perguntou ele.

A garota deu um pulo, não havia percebido que ele se sentara ali ao seu lado.

— Bem... E-eu, não sei se devia.

— Porque não?

— O sorvete do André é o sorvete dos apaixonados...

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— E você não está apaixonada por ninguém? — perguntou Adrien curioso.

— E-eu... bem...

Ela começou a dizer gaguejando, mas foi salva pelo sorveteiro que chegando perto dos dois disse.

— Ah... e estes dois... vocês formam um casal tão lindo, eu vou preparar um sorvete especial para vocês.

Os dois olharam para o sorveteiro e depois um para o outro, suas bochechas ficaram vermelhas. Marinette desviou o olhar encarando novamente o André.

— Quem? Nós? — disse observando ao seu redor para ter certeza de que ele não falava com outra pessoa.

— Sim – respondeu o sorveteiro — Qual o nome de vocês?

Adrien o interrompeu com uma tentativa de explicar ao sorveteiro que os dois não eram namorados.

— N-nós não somos um casal, somos só amigos.

André colocou a mão nos ombros dos dois e os encaminhou até a sua barraca.

— Onde há amor o sorvete do André nunca está errado — insistiu ele enquanto pegava uma casquinha e colocava nele algumas bolas de sorvete — Vermelho de cereja como os lábios dele e vede de limão como seus olhos, o morango com gotas de chocolate, azul escuro para os cabelos dela e azul claro para seus olhos.

André se virou para os dois e entregou a Marinette um sorvete com cinco bolas uma vermelha, uma verde, uma de morango vermelha pintada de gotas pretas de chocolate e duas azuis.

Adrien e Marinette olharam para o sorveteiro com os olhos arregalados e o rosto todo vermelho de vergonha, depois olharam para o sorvete e por último um para o outro.

Marinette envergonhada se virou para o sorveteiro e tentando devolver a ele o sorvete disse:

— Eh... não, não. Você cometeu um erro, André. Nós não somos namorados... Desculpa, eu nem estou com vontade de tomar sorvete.

— Não seja tão discreta, minha pequena — disse o sorveteiro empurrando o sorvete de volta para ela.

Alya vendo a cena correu até eles e tentou convence-los.

— Marinette, Adrien, vocês não podem fazer uma desfeita dessas para o André, vocês podem não ser namorados, mas nada impede que vocês dividam um sorvete. E olha para esse sorvete, são cinco bolas ninguém consegue comer tudo isso sozinho.

Adrien e Marinette se olharam novamente, as bochechas ainda coradas. Adrien deu um leve sorriso para a garota de cabelos azuis e disse com calma.

— Se você não se incomodar eu não me importo de dividir esse sorvete com você.

Ela ficou olhando para ele sem reação, seu corpo travou e ela não se lembrava como fazer para se mexer. Sua amiga, então, mais uma vez veio ao seu socorro.

— Claro que ela não se incomoda — disse Alya empurrando a Marinette para mais perto de Adrien.

Com o empurrão o corpo de Marinette pareceu pegar no tranco e ela deu um sorriso amarelo e respondeu:

— C-claro, p-por mim t-tudo bem.

Ao ouvir isto Adrien se aproximou dela e pegou uma das duas colherzinhas que estavam fincadas no sorvete, ele sorriu para Marinette e pegou um pouco do sorvete de morango com gotas de chocolate.

— Com certeza este é o melhor sorvete da cidade — disse o garoto colocando o sorvete na boca.

Eles saíram andando pela ponte enquanto atrás deles André gritava.

— E não se esqueçam: O sorvete do André é para o Amor!