— E foi assim que o nosso romance começou — Ann finalizou a narrativa, trocando olhares com seu noivo, Castiel, junto de seus famosos sorrisos.

A loira olhou para os presentes, vendo que a maioria parecia dispersa, conversando baixo entre si ou mais entretida com a própria bebida. Lysandre e Catherine os observavam do outro sofá, com a violinista tendo a cabeça apoiada no ombro do namorado. Além deles, mais alguns dois ou três continuavam atentos ao casal.

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Ann olhou para Castiel, que apenas murmurou um “eu te avisei”. Irritada, ela deu uma cotovelada de leve na barriga do noivo, que se afastou um pouco e levantou do braço do sofá, onde estava sentado aquele tempo todo.

— Será que alguém ainda tá prestando atenção nisso aqui?! — ela exclamou alto, interrompendo qualquer conversa paralela e trazendo a atenção dos bêbados para ela. Porém, eles pareciam confusos com o que acontecia ali. Ann bufou e se levantou de seu lugar no sofá. — Divirtam-se.

A moça foi em direção à varanda, pegando um copo de bebida no meio do caminho. Passou pela porta e arrepiou um pouco ao sentir o frio da noite tocar-lhe os braços desnudos.

— Nem vem me dizer um “eu te avisei” — anunciou sem se virar e levou o copo da bebida aos lábios.

Ouviu a risada soprada do noivo e sentiu o beijo do rapaz em seu pescoço. Não pôde evitar sorrir após tomar do conteúdo do copo plástico.

— Deixa eles. Não é problema nosso se eles não quiseram ouvir.

Castiel abraçou a noiva pelas costas e deu mais um beijo em seu pescoço. Ann ficou feliz de sentir o calor de seus braços esquentarem-lhe um pouco do frio que sentia na varanda.

— Perderam uma história digna de um Oscar — Ann brincou com a situação, disfarçando sua irritação por baixo. — Eu pelo menos pagaria pra ver esse filme.

— Duvido que achem alguém tão bonito pra me interpretar — Castiel afirmou cheio de si, causando riso na noiva.

— Se acha menos, vai, Castiel. — Ann virou o rosto e ambos trocaram seus sorrisos tão característicos.

Se encaram por alguns segundos e aproximaram o rosto para um beijo.

— Ei, vocês dois! — Afastaram-se um pouco ao ouvir a voz de Catherine. — Deixem pra ficar se pegando depois — ela repetiu a mesma sentença que o ruivo lhe dissera mais cedo, recebendo um olhar atravessado dele em troca. — O Martin tá reclamando que acabou a bebida.

— Mas será que só tem pinguço nessa festa? — Castiel exclamou irritado e Ann e Catherine riram.

Mas acabaram voltando para a festa, mesmo que não fossem mais o centro da atenção dos convidados.

— Mãe, a gente tá atrasada! — Ann reclamou, enquanto dona Geni terminava de ajeitar um detalhe, que somente ela via, no vestido da filha.

— Calma, querida. Você é a noiva, tem o direito de se atrasar — Anne-Marie riu com a fala da mãe.

Ouviu seu celular vibrar sobre a penteadeira e desbloqueou a tela, vendo uma mensagem de Catherine.

— Cath disse que o Castiel tá impaciente lá no altar. — A jovem riu ao imaginar as caras que o noivo possivelmente fazia, nervoso e impaciente.

— Pronto! Pode olhar, querida. — A senhora uniu as mãos e olhava com os olhos cheios de lágrimas para a filha.

A noiva se aproximou do espelho de corpo todo, preso à porta do guarda-roupa.

O vestido, de tecido leve e com bordados diversos percorrendo todo o torso e a saia da peça, caiu como uma luva no corpo da jovem, se adequando à silhueta magra da moça. Ela deu uma volta, vendo a abertura atrás revelando-lhe as costas e voltou-se para frente, observando o caimento das mangas longas. Não admitiria, mas estava admirada com a própria imagem e também emocionada com o momento, único em sua vida.

— Você está linda. — A mãe, já não contendo as próprias emoções ao ver a filha vestida de noiva, parou atrás da moça, arrumando-lhe milimetricamente o enfeite no cabelo.

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Ann continuava olhando admirada e emocionada para a própria imagem no espelho. Sorriu ao ver o próprio reflexo e a beleza da peça que usava.

— Espero que o Castiel não fique babando quando me ver chegando.

A mãe riu do comentário da filha e secou as lágrimas. O celular sobre a cômoda vibrou novamente, trazendo as duas de volta ao mundo real. Estavam atrasadas. Meia hora de atraso.

— O carro chegou — Ann afirmou ao ver a mensagem.

As duas finalmente desceram as escadas em direção à sala, trancaram a casa e logo entraram no carro em direção à igreja, tudo de forma apressada e ansiosa.

Ann, por mais que não admitisse, estava nervosa como nunca antes. Tamborilava os dedos pela saia, batia o salto no assoalho do carro e evitava de mexer no próprio cabelo, enquanto a paisagem do lado de fora parecia não mudar nunca.

— Já estamos chegando, querida. — A mãe apertou a mão da filha, sorrindo. Ann também sorriu, vendo que estavam quase chegando ao destino.

Após alguns minutos e muita aflição, o veículo finalmente parou e, com ajuda da mãe, a noiva desceu do carro. Ajeitou a saia do vestido, certificando-se que nada se amassara e permanecia impecável.

Trocou olhares com a mãe e subiram os degraus da igreja, lentamente. A cada passo, Ann ficava mais aliviada, pois estava um passo mais próximo do altar, do noivo e do momento tão esperado.

As portas se abriram e a marcha nupcial tomou conta da capela, tocada por um violino e um piano, ambos os instrumentos em perfeita sincronia. Catherine e Lysandre sorriam de onde estavam, ao ver a noiva entrar. A música dos dois leve e afinada.

Todos se puseram de pé e Ann sorriu ao ver os olhares dos presentes dirigidos a ela. Seu pai estendeu-lhe o braço e a jovem segurou, vendo o sorriso que mal parecia caber no rosto do homem.

Ambos começaram a caminhada em direção ao altar e Ann finalmente o viu. Castiel estava parado no fim da nave da igreja, alinhado como nunca antes e com seu sorriso “marca registrada” no rosto. E ela sorriu, enquanto vivenciava um dos melhores momentos de sua vida.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.