Entre Nós

Contato


— Você não tem direito algum de vir aqui! — para surpresa de todos, fora Liam que gritou, aproximando-se da mesa, encarando com um ódio que nunca vi nele.

— Ora, e quem decide isso é você? Adrian, querendo ou não, é meu filho. Eu tenho todo o direito de vir.

— Você perdeu esse direito depois de tudo o que fez comigo — finalmente encontrei minha voz, voltando a ficar ao lado de Liam. — Vamos ao escritório, prefiro falar em particular com você.

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Magnólia sorriu, eu sabia que ela achava que teria o que queria, mas eu não estava disposto a entrar em um acordo com ela.

Sentei na cadeira de couro atrás da mesa de madeira, era o escritório de Patrick, mas ele sempre deixou que eu o usasse.

Magnólia fez o mesmo a minha frente, sorrindo para mim enquanto os minutos de silêncio se seguiam.

— O que exatamente você quer? — questionei, quando o fato de olhar demais para a mulher me dera náuseas.

— Você sabe o que quero, cuidei de você por sete anos preciosos de minha vida, foram nove meses de gestação infernal. Preciso de um ressarcimento, não acha? — suas mãos se sobrepuseram sobre a mesa, o olhar afiado me analisando.

Sinto muito, mãe, mas você não me conhece mais.

— Sinto informar, mas você não cuidou de mim. Sua presença me enoja e me da repulsa. Peço para que saia agora mesmo, ou serei obrigado a chamar a policia. Prostituição infantil é crime. Agora, por favor, retire-se. — me levantei, indo até a porta, ouvindo o som de seus saltos.

— Se você pensa — pausou, parando a minha frente, do outro lado da porta, apontando seu dedo para mim. — que isso acabou aqui. Você está muito, mais muito enganado. — virou as costas, indo embora, não esperei para fechá-la e seguir para o sofá de dois lugares, que tinha ali, me jogando e sentindo o peso do mundo em meus ombros.

Não se passou minutos e a porta voltou a ser aberta, abri meus olhos, retirando o antebraço do meu rosto, olhando para Liam, ele sorriu e trancou a porta, sentando ao meu lado.

— Como foi? — suas mãos pegaram a minha, passando uma sensação de conforto. Me inclinei, pousando minha cabeça em seu ombro, sentindo o cheiro leve de chocolate que sempre emanava de si.

— Me sinto acabado — murmurei, sabendo que ele ouviria. Uma de suas mãos foram até minhas costas, acariciando enquanto a outra até meu queixo, fazendo-me fitá-lo. A intensidade dos seus olhos castanhos me deixando zonzo.

— Vai ficar tudo bem, eu prometo — por vezes Liam tomava o papel de irmão mais velho, me acalentando depois dos pesadelos.

Sorri, sentindo as pontas de seu dedo por meu rosto, acariciando minha barba, e depois, meus lábios.

Aquilo me surpreendeu, mas não me afastei, nem quebrei o contato, esperando, ansiando, para o que viria.

Seus lábios tocaram os meus, de forma rápida e abrupta, fazendo, de forma clichê, sensação de borboletas em meus estomago alçando voo ser sentida.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.