Parasite Eve: 20th Birthday

Epílogo: Feliz Natal!


Eve chegou ao Museu de História Natural de Nova York. Foi uma noite proveitosa, mas não esperava resistência. As mitocôndrias daquela policial, Aya Brea, ainda precisavam de tempo para despertar.

O museu estava escuro, mas não era problema. Eve se adaptou à escuridão como sempre fazia. Adaptação. A mulher subiu as escadas e, no topo, o doutor Klamp lhe aguardava. Tinha uma estatura média, cabelo preto e barba preta no queixo, expressando a satisfação em seu rosto. Minha criação é um sucesso.

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—Pensei que Aya Brea não seria um problema.

—Aya jamais deveria ser um problema, Eve. - O sotaque alemão do homem era evidente - Porém, como precisei dela na sua criação, as mitocôndrias dela foram alteradas. Elas se adaptarão e se libertarão aos poucos, por isso seu despertar demorou mais do que o necessário.

—Preciso obrigar que mais mitocôndrias despertem e que ela esteja envolvida. O que sugere?

Ele deu de ombros, mas sorriu.

—Central Park é bem lotado nesta época do ano.

Aya acordou assustada na viatura da polícia. Encostava seu rosto no vidro do carro, via toda Nova York em movimento. Ao seu lado, Daniel dirigia o veículo e cantava baixinho a música do carro.

—Sinatra numa hora dessas? - questionou Aya.

—Nunca é errado demais para ouvir Frank Sinatra, ainda mais no Natal - retrucou, sorrindo. - Se sente melhor?

—Acho que só vou melhorar depois de tomar banho e nunca mais voltar a andar nos esgotos.

—Bom saber. Seu amigo está bem, a propósito. Foi levado a um hospital, depois vai passar na polícia.

—Ótimo.

Aya se sentia frustrada. Era o primeiro encontro em muitos anos, uma noite tão bem planejada com ópera seguida de um jantar. O plano mal durou dez minutos, parecia algo premeditado - primeiro a esperança, depois a desgraça. E Eve estava livre numa das maiores cidades do mundo. Centenas de pessoas morreram naquela noite e a explicação não fazia sentido. Mitocôndrias, combustão espontânea, despertar… Ninguém estaria seguro enquanto Eve estiver solta por Nova York.

—Tantas dúvidas - sussurrou. - Por que a ópera? Por que a Melissa Pearce? E qual minha relação com ela? O que é a Eve e como ela tem todo esse poder?

—E por que você é a única imune?

—Ela falou sobre minhas mitocôndrias não despertarem. Acho que precisamos entrar em contato com algum especialista nessa área.

—Vou dar uma investigada nisso.

A viatura chegou ao departamento de polícia. Aya e Daniel saíram do veículo, ela subiu para o vestiário e se separou de Daniel, que foi à outra sala se juntar aos outros policiais. Aya imaginava que ele ia ligar para o filho, Ben, que lhe aguardava em casa para abrir os presentes.

Aya entrou no vestiário, encontra alguns policiais se arrumando. Não olhou, apenas foi ao seu armário e pegou a jaqueta de couro, a camisa branca, calça jeans e botas. Caminhou até os chuveiros. Entrando no último boxe e fechando a cortina, ela arrancou o vestido do corpo e girou a torneira.

A água fria caía em sua cabeça e refrescava seu corpo, também sentia a sujeira do esgoto saindo de seu corpo. Pegando o sabonete, sua mão esquerda começou a brilhar. Assustada, largou o sabonete e fechou a mão. Uma aura verde rodeou seu corpo. Saiu do banho e se olhou no espelho. As feridas em seu rosto sumiram. Era o poder das mitocôndrias.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.