A Floresta de Areia

A profecia


— Alguns de vocês já devem ter percebido que a Lucy está um pouco estranha, então vou ser o mais direto possível com o que está acontecendo — o Mestre olhou para todos de cima do palco, Gemini estava ao seu lado em sua forma. — A Lucy deixou o Gemini aqui para impedir que vocês fossem atrás dela.

— Ela saiu da guilda? — perguntou Happy tristonho.

— Não, ela apenas saiu em uma missão para tentar impedir que uma profecia, feita pela nova vidente do Conselho, se realize... A questão é que, ela junto do Sting e do Lector são os únicos que podem resolver isso. Vocês não podem se meter, por isso ela saiu escondida.

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— E que profecia é essa, Mestre? — perguntou Levy curiosa.

Mestre Makarov pegou um papel que estava dobrado dentro do bolso da sua calça, era uma cópia da profecia. Desdobrou o papel e revelou a profecia para todos ali presentes.

Uma loira, um loiro e um exceed. Um trio.

Três almas que devem as trevas guiar.

Verão, inverno, calor ou frio.

A luz novamente irá reinar.

Duas pedras opostas.

Um quadro curioso.

Segredos nas costas.

Um trio ambicioso.

Uma guilda secreta, prestes a se mostrar.

Um futuro terrível, tragédias e magia.

Poderes ocultos e o gato irão se revelar.

A chave para tudo está na Bacia.

Tudo ainda é incerto, em nada se pode confiar.

Caminhos errados, informações distorcidas.

Um Templo no deserto, esse é o lugar.

Uma sala com senhoras eternamente agradecidas.

— O senhor está falando sério? — perguntou Gray.

— Sim, essa foi a profecia passada.

— Que estranha, igual a Luxi...

— Realmente, ela não faz nenhum sentido... — Erza deduziu.

— Além disso, a Lucy também recebeu uma carta que... — o Mestre os olhou confuso. — Eu não me lembro da carta, acho que o Mestre Jones talvez se lembre, mas enfim. Se eu souber que um de vocês tentou interferir nas buscas deles, vão sofrer “aquilo” — saiu do palco, seguindo para sua sala enquanto Gemini voltava para seu mundo.

— Credo — Natsu arrepiou-se só de imaginar.

— Bem... Agora só nos resta esperar — Erza suspirou derrotada.

—— // ——

— Jones, desculpa incomodar ligando a essa hora...

— Sem problemas, Mestre Makarov. Aconteceu algo?

— Sim, eu queria perguntar se você se lembra da carta que a Lucy mostrou.

— Agora que o senhor falou, eu não me lembro de absolutamente nada, e olha que eu li várias vezes para ter certeza do que estava escrito... — o olhou confuso.

— Algo não está normal...

— O senhor acha que devemos nos preocupar?

— Por enquanto não, mas se as coisas começarem a ficar muito estranhas... algo deverá ser feito!

—— // ——

Lucy olhava pela janela do trem ainda com uma “pulga atrás da orelha”, queria perguntar o que tanto incomodava o loiro, mas não tinha coragem.

A tensão era visível dentro do vagão, até Lector que tinha acordado percebia isso, mas tentava ignorar isso apenas se concentrando em seu leite.

— Sério, Sting. Desembucha logo, o que aconteceu para você ficar assim? — a loira não se aguentou.

— Eu tive um pesadelo, com um gato, os olhos dele eram as pedras que estamos procurando... — revelou sem rodeios.

— Será que é esse é o gato da profecia?

— Não sei, pode ser só uma representação dele, mas não sei o que quer dizer... Eu achava que o gato era o Lector.

— Nada faz sentido...

— Quase me esqueço, a sua carta estava embaixo da pata dele, depois ela começou a flutuar e a virar na minha frente.

— A carta? Estranho...

— Talvez devêssemos ler ela novamente, além de vasculharmos o envelope.

— Concordo, faremos isso quando estivermos na próxima cidade. Não podemos deixar que aquele homem saiba o conteúdo dela.

— Certo. O que acha, Lector?

— Eu? Eu acho que ainda estou com fome, podemos pedir mais alguma coisa?

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— Claro, amigão — riu junto com a loira.

A viagem demorou bem menos do que o esperado, em menos de meia hora o trio já estava desembarcando em uma cidade sem nome, tanto que o trem apenas parou sem avisar e todos que ainda estavam nele desceram.

— Nossa, que estranho. Por que será que não tem nome? — Lector perguntou confuso.

— Pelo que parece, os habitantes não querem ser reconhecidos como moradores de uma cidade, pois acreditam que isso poderia trazer má sorte. É isso que está escrito no panfleto que achei no chão — a loira mostrou o papelzinho.

— Agora é mais estranho ainda...

A cidade seria completamente normal, mas todas as casas eram pretas ou em tons muito escuros, dando um ar macabro.

— Saímos de uma cidade no escuro para uma que me arrepia só de olhar — Lucy se encolheu.

— Não parece tão ruim, pelo menos o sol ilumina tudo — Sting deu de ombros, começando a andar.

— Continua sendo assustador. O trem deveria ter parado na Cidade Solar...

— Realmente... Bem, não temos nada a perder, quem sabe a gente não encontre algo que nos ajude.

O primeiro passo era encontrar uma pousada. Isso eles conseguiram fazer rapidamente, poucos metros depois da estação tinha uma pousada. Entraram meio receosos, afinal dentro da mesma estava tudo escuro por causa das paredes também pretas.

Uma senhora sentada na ponta da escada deu uma chave para os três sem perguntar e nem dizer nada, depois se levantou e entrou em uma porta camuflada, deixando os três surpresos para trás.

— Sting-kun... — Lector subiu na cabeça do loiro, encolhendo-se.

— Vamos ficar aqui mesmo? — perguntou Lucy, olhando para a chave de olhos esbugalhados.

— Eu acho que precisamos ficar aqui, talvez seja um sinal — Sting tentou acalmar os dois.

— Sinal para sairmos daqui...

— Ah, Loira, pode ser legal — sorriu, subindo as escadas.

— Isso é macabro — olhou para os lados.

— Não gosta de filme de terror? — zombou.

— Você sabe que não e... STING, SOCORRO — correu e se escondeu atrás do loiro.

— O que foi?

— Ali — apontou para a parede.

Sting aproximou-se da parede devagar, olhando atento para a mesma. Grudado nela tinha um quadro não muito grande com um rosto pintado, o estranho era que os olhos dele mexiam de um lado para o outro incansavelmente.

— O quadro está possuído — Lector voou até o colo de Lucy, que se mantinha afastada do quadro.

— Está soltando faíscas, deve ter algum mecanismo que faz isso — o loiro se aproximou mais.

— Sting, pode ser perigoso — a loira advertiu.

— Relaxa — tirou o quadro da parede, confirmando sua teoria.

Fios de vários tamanhos e cores ligavam o quadro à parede. Nos olhos da pintura tinha algo parecido com o direcional de um joystick, girando para todas as direções.

— Eu não disse!

— Então é aí que está o problema, por isso o computador estava apitando — a senhora de antes apareceu. — Gosto de deixar tudo com um ar meio macabro. Desculpem-me, não me apresentei, me chamo Guta, sou a dona daqui. Eu estava esperando por vocês.

— Pela gente?

— Sim. Na verdade eu ainda não tenho certeza, mas espero que vocês sejam os certos.

— Certos o quê?

— Isso eu ainda não posso falar. Agora vão logo para o quarto, vocês precisam estar bem descansados, confiem em mim — sorriu antes de descer as escadas, deixando os três sozinhos de novo.

— Assustador — Lector e Lucy murmuraram em uníssono.

— Eu achei divertido, que outras coisas estranhas nós vamos encontrar por aí? — Sting sorria igual uma criança descobrindo algo novo.

— Descubra sozinho, nós vamos nos trancar no quarto para não sair mais — Lucy saiu andando.

— É o que veremos — sussurrou animado, seguindo a loira.

O quarto indicado na chave mais parecia um pequeno apartamento do que só um quarto, tinha uma pequena cozinha, um banheiro e o quarto com duas camas.

— Eu vou fazer algo para a gente comer, pode tomar banho primeiro. Virgo já deixou nossas malas no quarto — a loira foi para a cozinha com Lector no colo.

O Dragon Slayer apenas seguiu para o quarto, pegou algumas roupas e foi para o banheiro, onde tinha várias toalhas brancas empilhadas, o que chamava a atenção afinal tudo ali era preto.

Ligou o chuveiro e foi aí que tudo começou a ficar mais estranho ainda, o que saiu não era água e sim um pó vermelho. Infelizmente o loiro não saiu de debaixo do chuveiro a tempo, a água começou a sair junto com o pó e o deixou todo vermelho.

Nervoso o loiro apenas enxugou-se e se vestiu com uma bermuda, saindo do banheiro e indo para a cozinha.

— Nossa, você toma banho rápido — Lucy olhou para ele, logo começando a rir junto com o gatinho.

— Isso, continuem rindo. Não foram vocês que tomaram uma chuveirada de água vermelha...

— Será que você vai ficar assim para sempre?

— Espero que não, como vou tirar isso agora?

— Sendo sincera, eu não sei — continuou rindo.

— Droga — virou-se deixando as costas à mostra.

— Sting, tem algo nas suas costas — aproximou-se e analisou o local.

— O que é?

— Tem uma parte que não ficou vermelha, está escrito “Carta”...

— Esse é o sinal. Sentem-se, crianças, vou explicar algo importante para vocês — Guta entrou no quarto, sentando no chão. — É sobre a carta que vocês carregam — jogou na lata para a surpresa dos três.