Sweet Temptation

Final de semana em Portland


Dias depois...

P.O.V Geral

— Por quê não podemos ir? - Carly perguntou quando Sam estava arrumando a mala.

— Não seja tapada, Carls, não percebeu que a Sam quer ficar esse final de semana sozinha com o namorado? - Wendy cutucou a garota morena.

— Foi mal, meninas, mas eu combinei com o Benson. Não foi fácil convencer a mãe dele, mas ela deixou porque confia em mim e também confia nele. - A loira sorriu orgulhosa e fechou a mala roxa mediana.

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— Eu sei muito bem o que anda planejando, loira, você é muito safada, sabia? - A ruiva riu deitando de lado na cama da amiga.

— Sam, eu não acho isso certo, o Freddie realmente gosta de você. - A morena disse preocupada.

— O quê? Eu não planejei nada demais. Só vou passar o final de semana com ele. Tudo por diversão. Você não sabe de nada, Wendy, é melhor ficar na sua. E você, Carly, não se preocupe, eu sei o que estou fazendo, já sou bem grandinha, eu faço o que quero! - A garota de cabelos cacheados falou séria.

— Quem avisa amigo é. Vamos, Wendy? - Carly chamou a garota ruiva.

— Vamos, Carls. - A garota de olhos azuis-claros levantou. - E bom final de semana, Sam. - Sorriu, maliciosa.

A moça loira apenas riu e balançou a cabeça. Suas amigas foram embora e ela ficou ali no quarto arrumando a nécessaire.

Depois foi tomar banho e trocou de roupa. Vestiu um short jeans azul-claro, uma regata lilás e uma jaqueta jeans de lavagem escura. Colocou as novas rasteirinhas cor de creme enfeitadas com pedraria, e deixou o cabelo solto.

Terminou de fazer uma maquiagem leve e se olhou no espelho pela última vez. Sorriu gostando do resultado. Estava bonita e bem natural, pela primeira vez na vida se sentia linda e bem consigo mesma, não precisava de muita maquiagem e nem de roupas mais sofisticadas para ficar linda como costumava pensar.

Checou as horas no relógio fino e delicado da marca Tiffany, a jóia era cravejada de pequenos e belos cristais.

Will havia lhe dado as chaves da casa de campo, era um chalé de família, ficava no interior de Portland. Pam e ele costumavam ir para lá durante o inverno, o lugar era propício para noites românticas.

O casal já não podia mais negar que o casamento já estava em crise. Dormiam na mesma cama, embora fazia meses que não tinham relações de marido e mulher.

Todos os casais brigam, mas Will e Pam brigavam sempre, até demais por coisas bobas na maioria das vezes. A mulher era orgulhosa demais, mesmo estando errada jamais se desculpava e ele não insistia no assunto, e por isso acabavam se distanciando cada vez mais.

Sam não percebia, quase não parava em casa, e raramente presenciava alguma briga. Portanto nem sonhava que um possível divórcio poderia estar por vir. Porque uma hora, um deles ia acabar pedindo o divórcio.

[...]

— Ansioso para conhecer Portland? - Sam perguntou ao Freddie quando ele entrou no conversível vermelho.

Marissa passou mais de 5 minutos dando recomendações aos dois. Parada de frente ao portão observava os jovens dentro do carro.

— Vão com Deus! - Acenou a mulher.

Sam e Freddie acenaram sorrindo, por fim, a moça deu partida e quando estavam fora de vista acelerou o carro.

— Você é um verdadeiro bebê da mamãe. - Zombou com sorrisinho brincando nos lábios convidativos cobertos por uma bela camada de gloss sabor morango.

— Às vezes ela esquece que eu já tenho 17 anos. Ela me faz pagar cada mico, mas eu a amo. Claro, é a minha mãe e sei que ela daria a vida por mim. - Comentou apertando o cinto.

— Sorte a sua. Minha mãe e eu brigamos o tempo todo. Ela me tira do sério e você tem muita sorte de ser filho único. A minha irmã gêmea nem mora aqui, mas é a queridinha da mamãe. - Ele notou o tom de mágoa na voz dela.

— Não é legal ser filho único, eu sempre quis ter um irmão. Quando o meu pai foi embora, a minha mãe nunca mais se relacionou com ninguém, ela focou no trabalho e em mim, se dedicando ao máximo. E você tem o Will, que você considera como pai e ele...

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— Ele é meu pai, o único pai que tive. O homem que deixou a minha mãe para ficar com uma vagabunda não significa nada para mim. O Will daria a vida por mim e eu o amo tanto. Não sei o que vai ser de mim quando ele se for... - Seus olhos arderam e ela segurou as lágrimas. - Ele começou a sentir cansaço e muitas dores no peito, e isso me deixa apavorada, eu não posso perdê-lo, Freddie, eu não quero que o meu pai morra... - Disse com a voz ficando embargada.

— Eu sei, princesa, eu sei... Você tem fé? - O rapaz acariciou o ombro dela.

Ela não respondeu. Nunca havia parado para refletir aquilo. Não frequentava a igreja. A família de sua mãe era judia e a do Will era cristã.

— Você pelo menos acredita em Deus? - Formulou outra pergunta.

— Sim. - Ela assentiu.

— Então, tenha fé. - Freddie a aconselhou.

[...]

Algumas horas depois...

Chegaram de noite em Portland, era uma sexta-feira, a capota do conversível estava levantada os protegendo da chuva fina.

A pequena cidade parecia tranquila e pacata durante a noite. O carro acabou empacando numa rua de terra que estava toda coberta de lama.

Chovia muito em Portland. Eles sairam do carro e tentaram empurrar o veículo.

— Não adianta, Sam, está muito atolado. - Ele avisou quando a chuva começou a engrossar.

— Que droga! Isso não pode está acontecendo! - Sam esbravejou.

"Tudo tinha que ser perfeito. Passei dias planejando essa viagem. Mas que merda!"

— Vamos ter que seguir andando. Você disse que estamos perto. São quantos minutos de caminhada até lá? - Ele tinha retirado os óculos para não molhar as lentes novas.

— Eu não sei, Benson, mas vou estragar as minhas novas rasteirinhas nessa lama. Caramba! Isso só pode ser castigo! - Se queixou irritada.

O rapaz prendeu o riso. Ela bufou.

— Amanhã eu ligo para o guincho, não tem outro jeito. Vamos! - Foi até o porta-mala.

— Relaxa, loirinha, eu estou me divertindo, não viemos para cá para isso? - Pegou a mochila.

Sam não respondeu, estava brava por ter que ir andando até o chalé. Freddie pegou a mala dela. A garota nem conseguiu dar três passos, se desequilibrou e acabou caindo de bunda na lama.

Deu um grito de raiva, estava ensopada e suja, não faltava mais nada. O moreno riu e lhe estendeu a mão.

— Isso não tem um pingo de graça, Nerd. - O fuzilou com os olhos azuis-escuros.

— Tem sim, oh, se tem... Você fica linda toda bravinha. - A ajudou a levantar.

A moça se segurou nele para se equilibrar. E juntos foram caminhando por baixo de chuva, sozinhos por uma estradinha enlameada.

Ela tinha planejado tudo. Mas quem garantia que tudo sairia do jeito que ela queria?

O destino costuma pregar suas peças. E nunca sabemos o que nos espera nessa estrada da vida, não é mesmo?

[...]

Freddie ficou impressionado assim que chegaram no chalé. Fizeram uma longa caminhada, mas sem sombras de dúvida, valia a pena. Era lindo.

Ficava de frente para um lago. Havia árvores e mais árvores ao redor. Era um belo lugar para passar o fim de semana.

Sam se atrapalhou com as chaves na hora de abrir a porta. Ninguém morava por perto. Mas seus pais tinham contratado um caseiro e sua esposa para cuidar de tudo.

O chalé estava limpo e organizado, e o melhor, a despensa estava cheia.

A porta foi aberta, as luzes estavam acesas e a lareira também. Sabiam daquele detalhe pela fumaça que saía da chaminé.

Entraram, ela na frente, e o rapaz se surpreendeu mais ainda quando se deparou com uma decoração sutil e com um toque de sofisticação.

Tapeçarias decorando as paredes de madeira. Um conjunto de tapetes vermelhos sobre o piso amadeirado. A chaminé era larga e grande, a madeira crepitava, queimando lentamente.

O ambiente cheirava à lavanda. Era espaçoso e arejado. Tinha um sofá marrom, almofadas coloridas e uma poltrona da mesma cor de couro.

Sam trancou a porta. Tinha apenas uma parede de vidro. Dava de frente para o lago e a linda paisagem que se estendia. A varanda estava iluminada.

O caseiro e sua mulher tinha deixado tudo pronto.

— Gostou? - Perguntou um pouco ansiosa.

O rapaz assentiu dando um belo sorriso. Estavam encharcados. E ela suja de lama. Acabaram sujando o piso polido, mas não tinha problema.

— Que lugar incrível. - A voz dele saiu mais rouca que o normal.

— É a segunda vez que venho aqui. Gostei da nova decoração. - Até ela estava admirada. - Estamos precisando de um banho. - Se aproximou sorridente.

Freddie sentiu o corpo se arrepiar. Estremeceu de leve. Estavam sozinhos. Longe do centro. Longe de todos.

Até quando ele iria conseguir conter os desejos? Ele sabia que à cada dia estava ficando cada vez mais difícil. Ele a queria desesperadamente.

[...]

Prensou o pequeno e delicado corpo contra a parede revestida de madeira lisa. Era 14 centímentros mais alto que ela, a água morna caia sobre seus corpos nus.

A apertou contra a parede, sentindo a pele macia. Os lábios molhados e levemente inchados por conta de longos beijos intensos desceram para o pescoço fino, cobrindo a pele alva com beijos calorosos.

Fechou o chuveiro. Sam gemeu de olhos fechados quando ele começou a depositar chupões. Roçou os seios contra o peito dele, pedindo por mais. Freddie sentindo os bicos durinhos se excitou ainda mais.

Ela deslizava as unhas nas costas dele que estavam avermelhadas. Ele a segurava pela cintura, acariciando e apertando-a. Sam gemeu alto sentindo a ereção dele roçar nela.

Freddie se afastou e olhou para os seios fartos, fitando os mamilos rosados. Umedeceu os lábios. Quando já ia tocá-los, ouviram uma forte trovoada, não puderam ver o clarão do relâmpago que cortou o céu.

E tudo ficou escuro. A energia havia caído. E os pais dela tinham esquecido de mandar recarregar as baterias do gerador extra.

— Droga! Só faltava essa... - Sam reclamou sentindo frio.

Além da lareira, tinha um aquecedor no chalé. E sem energia, o aparelho não funcionava.

— Você tem medo de escuro, princesa? - Perguntou tateando o vidro do box.

— Claro que não, bobinho. - Ela riu sentindo arrepios por conta do frio.

— Vem, vamos sair daqui. Cadê você? - Estava um breu.

— Estou aqui, bebê. - Ela acabou esbarrando nele.

Saíram do box com cautela, de mãos dadas. Se esbarraram na privada e na pia, e conseguiram sair do banheiro, ambos rindo.

Era só uma queda de energia e aquilo não ia estragar com a noite deles, certo?