Sweet Temptation

Chantagem, reforço e violão


P.O.V Geral

Mandy correu para perto dos amigos, foi abraçada primeiro por Nora, que saltitava feliz e não parava de elogiar a amiga. A Valdez sorria corada e agradecia os elogios, em seguida Gibby abraçou a garota tirando-a do chão e girando-a, fazendo ela gritar e pedir para ele a colocar no chão. O rapaz obedeceu e Ricardo deu um rápido abraço na amiga.

Freddie se aproximou de Mandy e eles se encararam por alguns segundos, a garota ficou ainda mais corada e desviou o olhar, fitando o chão.

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— Você foi incrível. - Ele se aproximou ainda mais e ela ergueu o olhar, colocou uma mecha para trás da orelha e sorriu tímida.

— Obrigada. - A garota mordeu o lábio inferior e Freddie ajeitou o óculos.

— Posso te dar um abraço? - O rapaz perguntou um pouco acanhado.

— Pode. - Ela assentiu.

Freddie a abraçou desajeitado, aquele abraço durou tempo o bastante para ele sentir o corpo pequeno e delicado contra o seu, as mãos dela nas costas dele e o perfume que exalava doçura. A garota de longos cabelos lisos e olhos cor de mel tinha cheiro de cereja.

Eles ouviram Nora dando risadinhas e Gibby coçando a garganta forçadamente, ambos se soltaram envergonhados.

— Então, galera, vamos voltar a comer? Não sei vocês, mas estou muito faminto! - Ricardo disse rompendo o silêncio.

— Também estou morrendo de fome. - Gibby passou a mão na barriga.

E o grupo voltou a sentar para desfrutar do lanche. O intervalo já estava terminando.

Minutos depois...

Sam voltou para a sala de aula com a maquiagem retocada, ela ainda estava com raiva, colocou sua máscara de alegria, forçando o seu melhor sorriso para as amigas não desconfiarem que ela havia chorado durante 5 minutos trancada numa cabine, no banheiro.

— A Mandy mandou bem, não é Sammy? - Carly cutucou a amiga.

— Não foi nada demais, eu canto melhor que ela. Até a Missy canta melhor que ela! - A loira respondeu indiferente.

— Pelo menos uma vez na vida, custa admitir que uma garota tem mais talento pra cantar do que você? - Wendy a olhou indignada pela resposta da amiga.

— Talento? - Sam riu debochada.

— O que você tem contra a garota? - A morena indagou séria.

— Como assim? Não sou obrigada a gostar da voz dela. Não curti ela cantando. Não sou amiga dela. E também não vou com a cara dela! - Respondeu rude.

Sam Puckett cruzou os braços e bufou. Ela só queria que aquelas aulas chatas acabassem logo para ela poder sair dali. Para a moça aquilo era demais, até as amigas dela gostaram da Valdez cantando.

— Ih, parece que ela ainda está de TPM, Carly. - A ruiva achou graça.

— É o que parece, Wendy. - Carly teve que concordar.

— Que saco! Calem a porra da boca! - A loira gruniu.

— Qual é o seu problema? - A morena perguntou estranhando a amiga.

A loira não era de se irritar por bobagens. Ela sempre entrava na zoação e levava na esportiva.

— O meu problema não é da conta de vocês! - Respondeu com raiva, apanhou a bolsa, o caderno e os livros e se levantou, apressada, indo sentar lá nos fundos.

[...]

As aulas finalmente acabaram, Sam agradeceu metalmente, ela odiava as aulas de História. Ela foi para o colégio de carro, portanto, não teria que ir pra casa de carona com as amigas.

— Queremos pedir desculpas, não era a nossa intenção te irritar! - Carly foi sincera e Wendy assentiu.

— Tô de boas, esqueçam aquilo. - Mentiu.

Ela ainda estava chateada, só queria ir para longe, longe daquele colégio idiota.

— Então, vamos? - A garota ruiva a chamou.

— Não vou agora, preciso ir ao banheiro. - Sam mentiu.

— Okay. Nós já vamos então, até amanhã, Sammy. - Carly a abraçou.

— Até amanhã, meninas! - Forçou um sorriso e acenou.

Olhou para Freddie que ainda estava organizando a mochila. O amigo dele não estava por perto e a sala já estava ficando vazia.

Fingiu que ia para o banheiro, conseguiu despitar Carly e Wendy, esperou uns minutinhos e correu para a sala novamente, o rapaz moreno estava esperando ela.

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— Ei... - Ela nem deixou ele formular uma frase, pulou em cima dele, calando-o com um beijo urgente.

— Eu te levo pra casa, bebê. - Disse a garota após o beijo, se pendurando no pescoço dele.

— Tá bom. - Freddie sorriu corado e acariciou o rosto dela.

— Seus amigos já foram? - Sam perguntou deslizando os dedos pela nuca do rapaz.

— Sim. - Respondeu o moreno ainda desconcertado.

— Ótimo. Minhas amigas também já foram. Vamos ficar mais alguns minutinhos aqui... - Ela não queria que ninguém soubesse do lance deles.

Seria uma tremenda vergonha. O fim de sua reputação. Ser pega com um nerd não ia ser nada bom pra imagem dela.

— Por quê ninguém pode nos ver juntos? - Freddie desviou dos lábios dela que não paravam de avançar contra os dele, depositando selinhos.

— Porque seria bem chato, eles não iam entender, iam ficar enchendo o saco, entende? Eu sou muito popular. E você é você, não quero te ofender, mas eles vão implicar com você por está saindo com a garota mais cobiçada do colégio. - Sorriu convencida.

— Ah, entendo... - O garoto compreendeu.

Por um momento, ele pensou que ela tinha vergonha dele, mas logo tirou aquilo da cabeça, pois aquilo não era verdade, certo?

[...]

— Vamos para o seu quarto... - A garota já tinha tirado o blazer e já estava desabotoando a camisa do moreno.

— Melhor não, a minha mãe pode chegar e ela não vai gostar... - Freddie estava com os lábios inchados e o cabelo desalinhado.

Eles estavam no sofá, com ela sentada no colo dele, e ela queria passar dos beijos... Mas o rapaz não queria apressar as coisas, ele estava se controlando ao máximo, pois mais que fosse tentador, ele não estava preparado para avançar. Ainda era muito cedo.

— Awn, bebê, você não quer passar dos beijinhos? Você nem está me tocando direito. - Sam fez bico desabotoando a própria blusa.

Freddie não conseguiu desviar o olhar do sutiã exposto, os seios dela eram volumosos e quase saltavam da peça íntima com detalhes em renda.

A loira sorriu maliciosa e subiu a saia exibindo a calcinha preta toda rendada e minúscula. O moreno enguliu em seco e começou a transpirar.

— Quer me tocar? - Perguntou pegando a mão esquerda dele, ela já havia notado que ele era canhoto. - Não seja tímido, vamos lá, me toque... - Pediu.

— E-eu... É... - Ele estava nervoso demais, não conseguia falar.

— Faz assim... - Sam colocou a mão dele em cima do seio esquerdo. - Aperte. - Sorriu e fez ele apertar o seio dela. - Com mais força... Não gosto com delicadeza... - Ela gemeu sentindo a mão dele botar pressão no aperto. - Isso, bebê, eu tenho muitas coisas para te ensinar. Oh, você está...

O celular dela tocou. Freddie tirou a mão do seio dela depressa e ela bufou, frustrada.

— Não vai atender? - O rapaz perguntou lutando para não gaguejar.

— Vou. - Sam respondeu irritada. Pegou a bolsa e a abriu, pegou o celular e revirou os olhos. - É a minha mãe... Que saco! - Saiu de cima dele e atendeu de má vontade. - Fala mãe! - Disse seca. - Tô na casa da Carly... Uhum... É... Fala logo o que você quer. - Pediu irritada. - Ahhn. O quê? Uhum, imagino a sua felicidade... Sei, sei... Já tô indo. Não prometo nada! - A loira desligou e bufou. - Minha irmã acabou chegar de Londres e vai passar uns dias lá em casa. Preciso ir, bebê! - A loira disse sem ânimo.

— Tá. - Freddie levantou e acompanhou ela até a porta.

— Até amanhã. - Sam lhe roubou um selinho.

— Ei, espera! - O moreno a puxou.

— Ah, como sou esquecida... - Riu quando ele começou a abotoar a blusa dela. - Valeu! - A loira lhe deu mais um selinho. - Tchau, delícia! - Apertou a bunda dele, fazendo-o sobressaltar e ela foi embora rindo.

[...]

No dia seguinte: Terça-feira, em Chadwick High School...

Sam estacionou o carro perto do carro rosa de Carly, ela saiu do conversível e tirou o óculos escuro, ela estava com o blazer amarrado na cintura, seu cabelo estava solto e cacheado como sempre costumava usar. Colocou um chiclete sabor morango na boca e ajeitou a bolsa preta no ombro.

— Ei, Puckett! - Shannon Mitchell, uma morena baixinha de cabelos cacheados a chamou.

A loira fingiu não ouvir e continuou caminhando pelo gramado.

— EI, PUCKETT, VOCÊ É SURDA? - A garota correu mesmo estando de saltos atrás de Sam.

A outra garota parou de andar e se virou entediada para a morena.

— O que é, Mitchell? - Cruzou os braços, mascando o chiclete com força.

— Quero falar com você. - Shannon agarrou o braço direito de Sam e começou a puxá-la.

— Ei, me solta! O que você quer? Me solta agora! - A loira protestou.

A garota apertou o braço dela e a arrastou para trás de uma BMW prateada.

— Calminha aí, nervosinha! - Shannon a soltou.

— Me arrastou até aqui para abusar de mim, é? - Sam abriu um sorriso debochado.

— Fala sério, você é muito convencida, garota! - A morena revirou os olhos.

— Desembucha logo, então. - A loira cruzou os braços.

— Ontem eu flagrei você e o nerd aos beijos lá na sala. - Mitchell revelou.

Sam Puckett ficou pálida e quase enguliu o chiclete.

— Você está alucinando, queridinha? Isso nunca aconteceu, eu jamais...

— Cala a boca! - A outra garota ordenou e sacou o celular. Ela mexeu no aparelho depressa e mostrou a tela para Sam. - Eu tenho prova, queridinha! - Sorriu maldosa.

A loira perdeu o ar e arregalou os olhos.

— Quêm mais viu essa foto? - Perguntou entre dentes.

— Ninguém. Mas eu vou...

— Você nem é louca, Mitchell. Apague essa foto agora! - Ordenou a garota nervosa.

— Não! - Shannon sorriu ainda mais.

— Se não apagar, eu juro que...

— Se tocar em mim, eu envio para a Valerie e para a Missy, elas terão o prazer de expôr o seu caso com aquele pé rapado! - Ameaçou a morena falando sério.

— Isso é sério? - A garota loira fechou os punhos. - Está mesmo me ameaçando? - Riu sarcástica.

— Quer pagar pra ver? - Shannon sorriu e Sam sentiu o sangue ferver.

— O que você quer? - Perguntou tentando se acalmar.

— Quero ganhar a coroa de rainha do baile esse ano, todo mundo sabe que o baile está chegando e eu quero ser a rainha. E para isso, eu preciso de você fora do caminho, você ganha todos os anos e não é justo. Quero que você não vá ao baile, é só isso, queridinha! - A garota morena explicou o que queria em troca de silêncio.

— Está bem. Pode ficar com a coroa, é toda sua, se você ganhar é claro. Eu não vou ao baile, satisfeita? Agora apague essa foto! - Ordenou a loira irritada.

— Apague você. Eu não tenho cópia. Vou até esquecer a cena de você e daquele nerd boboca trocando saliva. - Mitchell entregou o celular com capa rosa-choque para a loira.

Sam apagou a foto e devolveu o celular para a morena.

— Tudo certo, então... - A garota sorriu satisfeita. - Eu estou chocada, sabe? Eu não imaginava que você estivesse tão carente. Está pegando o nerd, sério? Nossa! Ainda bem que vi com meus próprios olhos, se alguém me contasse, eu não acreditaria, agora sei que aquele boato é real... A garota popular e o garoto nerd, oh, tão clichê, não acha? Enfim, se está curtindo abrir as pernas para aquele idiota fracassado, isso não é da minha conta, né amore? - Riu debochada.

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— Boa sorte, Cara de Rato! Quando ganhar a coroa, enfia ela no cu, vadia! - Sam passou esbarrando em Shannon com força.

[...]

No dia seguinte: Quarta-feira, às 08:00 da manhã...

Freddie havia acordado bem cedo, ele estava ansioso, estava aguardando Sam para as aulas de reforço. Ele havia organizado um cantinho na sala para estudarem, colocou o livro e o dicionário de Espanhol na mesinha de centro.

A campainha tocou, ele se apressou para ir abrir a porta. E lá estava a loira, ela estava usando um short jeans bem curtinho, regata branca e sua camisa xadrez por cima, a camisa que ela não havia devolvido para ele. O cabelo dela estava preso num coque despojado com algumas mechas soltas e ela tinha uma mochila pendurada no ombro.

— Buenos días, rubia! - Freddie sorriu para ela que o empurrou e entrou logo o beijando com volúpia.

— Ótimo dia, bebê, ou prefere ser chamado de professor? - Sorriu sapeca.

Ele riu e corou, ela também riu e olhou para as almofadas espalhadas ao redor da mesinha de centro.

— Sente-se. - Apontou para as almofadas no carpete. - Pode ficar à vontade. - Ele sentou numa almofada verde.

— Prefiro sentar no seu colo. - Disse sorrindo maliciosa.

Largou a mochila no chão e sentou numa almofada laranja.

— Vamos começar, então... - Freddie abriu o livro.

— Como quiser, querido professor de reforço. - Piscou para o rapaz que corou ainda mais.

Minutos depois...

— 'J' tem som de 'R', entendeu? - O rapaz tentava explicar com toda a paciência que tinha.

— Entendi. - Sam assentiu.

— Então, repita comigo... Trabajo. Tra-ba-jo... - Ele estava ensinando a pronúncia de algumas palavras.

— Você fica tão sexy com esse sotaque, sabia? - A moça mordia a ponta do lápis.

— Você não está levando à sério, eu estou tentando fazer minha parte...

— Eu sei, bebê, foi mal... Como é mesmo a palavra? - Lançou seu melhor olhar de inocente.

— Trabajo. - O moreno repetiu.

5 minutos depois...

— Como se diz cachorro em Espanhol? - Ela anotava algo no caderno.

— Perro. - Respondeu ele.

— E bola? - Sam largou o caderno e o lápis em cima da mesinha.

— Pelota. - Freddie respondeu.

— E lua? Sol? Estrela? - Ela estava contornando a mesinha de centro, se aproximando dele.

— Luna... - Ele enguliu em seco não terminando de falar o resto.

— Todas las veces que miro tu boca siento una loca voluntad... - Sam o beijou sem terminar a frase.

Sentou no colo dele e eles aprofundaram o beijo. Freddie deslizou as mãos pelas costas dela, cintura e quadril... Sam rebolou no colo dele e gemeu contra seus lábios.

Suas línguas se moviam em sincronia. O rapaz desceu as mãos para as coxas dela, apertando-a. A loira passou a rebolar em cima dele, sentindo ele ficar rígido.

Pararam o beijo por falta de ar e ela sorriu marota.

— Tus labios son como miel, y tus ojos son como los cielos, y tu piel es como seda, princesa... - Freddie disse com a voz rouca arrancando um lindo sorriso da loira.

— Tócame, me siente, bésame, mi cuerpo estas ardiendo... - Ela deslizou as mãos para o peito dele.

Sam havia acabado de se entregar, ela entendia e falava em Espanhol muito bem. Ele riu quando a ficha caiu. Ela estava o enganando, mas ele não entendia o porquê...

— Ops! - Tapou a boca, se dando conta da mancada.

— Você compreende e sabe falar muito bem em Espanhol! - Ele agarrou a cintura dela.

— Eu me rendo! Sou fluente em Espanhol, Italiano e Francês, bebê! - Ela admitiu.

— Me enganou direitinho... - Freddie fez bico. - Pra quê fingir que precisava de aula de reforço? - Indagou.

— Vai por mim, você não vai querer saber a resposta... - Ela levantou, saindo de cima dele.

— Você estava querendo ter aulas particulares com o professor, né? Meu amigo tinha razão... - O garoto disse evitando olhar pra ela.

— O que aquele gordo linguarudo falou de mim? - Indagou franzindo o cenho.

— Ele tem nome. E o nome dele é Gibby, na verdade, é apelido, mas você não pode falar assim dele. - Freddie se levantou chateado.

— Tá, foi mal, bebê, não precisa ficar chateado comigo, ok? - Ela se aproximou imitando voz de bebê.

— Acho que não tenho nada para te ensinar. Te vejo no colégio! - Ele se distanciou dela.

— Quer que eu vá embora? - A garota recuou.

— Não, mas...

— Vamos para o seu quarto, podemos jogar no computador, ouvir música e dar uns beijinhos. - Sugeriu ela.

[...]

— Que legal! Você também tem violão! - Exclamou surpresa pegando o instrumento musical.

— É, eu gosto de tocar às vezes, mas estou meio enferrujado. - O rapaz explicou.

— Ah, eu gostaria que você tocasse para mim. - Posicionou o violão, dedilhando algumas cordas.

— Hoje não, outro dia eu toco para você. Preciso ensaiar primeiro, não quero passar vergonha. - Disse a ela.

— Está bem, olha que eu vou cobrar, hein? - Sorriu para ele que assentiu.

— Que tal você tocar para mim? - Sugeriu o rapaz.

— Quer alguma música em especial? - Perguntou.

— Prefiro ser surpreendido. - Respondeu.

— Okay. - Sam sorriu e pensou numa música.

Ela primeiro dedilhou algumas cordas, dando uma rápida afinada no violão. E depois começou a tocar, Freddie conhecia aquela música.

'Eu não quero ser a garota que ri mais alto
Ou a garota que nunca quer estar sozinha
Eu não quero ser aquela que liga às 4:00 da manhã
Porque eu serei a única que não estarei em casa'

Sam soltou o primeiro verso de Sober da cantora P!nk.

'Ahh, o sol está cegando (me cegando)
Eu fiquei acordada de novo
Oh, eu estou descobrindo
Que não é assim que eu quero que minha história termine'

Freddie jamais se cansaria de ouvir a voz dela. Simplesmente amava ouvi-la cantar.

'Eu estou segura lá em cima, nada pode me tocar
Por quê eu sinto que esta festa acabou?
Não sinto dor, não sinto nada, você é como uma proteção
Mas como posso me sentir tão bem assim, sóbria?'

Aquela música era especial para a garota. Ao cantá-la, ela estava expondo os próprios sentimentos.

'Eu não quero ser a garota que tem de preencher o silêncio
O silêncio me assusta porque ele grita a verdade
Por favor, não me diga que tivemos aquela conversa
Eu não vou lembrar, guarde o seu fôlego, de que adianta?'

Ela tocava bem, ele sorriu, como ela conseguia ser tão boa naquilo? Sem dúvidas, ela deveria gravar um CD.

'Ahh, a noite está chamando
Ela sussurra para mim "a culpa é sua"
Eu ouço você caindo
E se eu me deixar ir, serei a única culpada'

Sam cantava dando tudo de si, de olhos fechados, sentindo a música.

'Eu estou segura lá em cima, nada pode me tocar
Por quê eu sinto que esta festa acabou?
Não sinto dor, não sinto nada, você é como uma proteção
Mas como posso me sentir tão bem assim, sóbria?'

Sam abriu os olhos e fitou os olhos castanhos do rapaz.

'Descendo, descendo, descendo
Girando, girando, girando
Procurando por mim mesma, sóbria
Descendo, descendo, descendo
Girando, girando, girando
Procurando por mim mesma, sóbria'

Ele sorriu para ela, curtindo a música.

'Quando está bom, então está bom
Tudo está bom, até que fica ruim
Até que você esteja tentando encontrar aquele antigo você
Eu me feri e gritei 'nunca mais'
Magoada em agonia
Apenas tentando encontrar um amigo, oh'

Sam tocou os últimos acordes, encerrando a música com a voz mais grave, dopada de emoção.

— Essa música é especial para você, não é? - Perguntou o moreno.

— Sim. E agora ela se tornou ainda mais especial... Quando estou com você, eu me sinto sóbria, sinto que sou eu mesma, você me faz sentir como se eu fosse especial e única. - Confessou.

— Mas você é especial e única... - Freddie tirou o violão das mãos dela e a beijou.

[...]

— Eu não sabia que você desenhava também. - A loira ao bisbilhotar as coisas do garoto, acabou encontrando um caderno de desenhos.

— Me dá isso aqui, são apenas desenhos bobos. - Freddie tentou tomar o caderno dela.

— São belos desenhos, isso sim... - Ela subiu em cima da cama.

— É sério, devolve o meu caderno, não quero que veja esses desenhos feios! - Subiu na cama e ela rolou pela mesma rindo.

— Deixa de bobagem, Nerd! Você desenha muito. Tipo, são incríveis... - Continuou folheando o caderno.

— São apenas super-heróis e personagens de mangás, não são nada demais... - Ele tentava a qualquer custo tomar o caderno dela.

— Tem caricaturas, paisagens e alguns esboços interessantes também. - Finalmente ela entregou o bendito caderno. - Será que você consegue me desenhar? - Sorriu se aproximando dele.

— Acho que consigo... - Respondeu olhando nos olhos azuis que pareciam brilhar naquele momento.

— Quero que me desenhe, pode ser amanhã? - Sam tocou no rosto do moreno e ajeitou o óculos dele.

— Uhum, sim. - Concordou. - Vou tentar desenhar esse seu rostinho angelical ou prefere que eu faça uma caricatura? - Perguntou a ela.

— Nada disso, bebê, eu quero que faça um desenho bem especial... Quero que me retrate nua... - Sam disse a ele com a maior naturalidade possível.

— N-nua? - Freddie gaguejou.

— Isso mesmo. Quero posar nua para você poder me desenhar. - A loira arfimou.