Rosa estava saindo da aula de Transfiguração quando ouviu alguém chamar seu nome. Quando virou-se, viu o garoto loiro, de olhos azuis com quem geralmente vivia brigando, vindo em sua direção.

— Oi, Malfoy – disse ela, tentando parecer displicente.

— Ahn... Posso falar com você? – perguntou o garoto.

Rosa olhou para Alvo, seu primo, e Mary Jordan, sua amiga, ao lado dela e hesitou.

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— A gente se encontra no Salão Principal – disse Alvo. Mary piscou para Rosa e eles saíram junto com os outros quintanistas.

— Vem aqui – falou Escórpio, segurando a mão de Rosa e levou-a na direção oposta a do Salão Principal.

— Fala logo, Malfoy – Rosa aborreceu-se. – Eu tenho que almoçar e ir à biblioteca antes da aula de Herbologia. Esses N.O.M.s estão me deixando maluca.

O garoto parou em um corredor deserto e virou-se para ela, sorrindo. – Você vai passar nos N.O.M.s mesmo se fizesse os exames de olhos fechados – Rosa meio que sorriu. – E para de me chamar de Malfoy, Weasley - eles riram.

— Ahn... tá. Fala logo o que você quer – Rosa jogou os cabelos castanho-avermelhado para trás. Escórpio pareceu distraído. Depois pigarreou:

— Hum... ahn... Próximo fim de semana em Hogsmeade... é... - ele parou, vermelho. Por que estava nervoso? Nunca ficara nervoso conversando com Rosa antes.

— Quê? - incentivou a garota.

— Bom, aceita sair comigo no próximo passeio a Hogsmeade? – Escórpio falou rápido e esperou, ansioso.

— Ahn – disse Rosa. – O.k., eu aceito.

Escórpio sorriu. – Ótimo. Tá bom, então. – Eles olharam-se por um tempo, depois Rosa saiu andando para o Salão Principal. Escórpio andou rápido para acompanhá-la. Eles desceram a escada de mármore para o Saguão. Ao chegarem ao Salão, eles sorriram um para o outro e se dirigiram à mesa de suas respectivas Casas.

Quando Rosa sentou-se à mesa da Grifinória, Mary perguntou: – E aí, o que Escórpio queria?

— Me convidar pra sair - disse Rosa, sorrindo.

— Tipo um encontro? - perguntou Lílian Potter, prima de Rosa.

— É, suponho que sim.

— Finalmente - disse Molly, outra prima de Rosa, ao lado de Lílian.

— Sortuda você - disse Pixie McLaggen, colega de Lílian, sentada ao lado de Hugo, irmão de Rosa, depois de Molly. - Escórpio é, tipo, o cara mais lindo da escola.

— Puft - fez Hugo. - Tá precisando de óculos, garota? - Pixie olhou para ele, indignada, mas o garoto continuou para irmã: – Se você sair com aquele b... (Hugo! - disse Lílian, repreendedora), eu vou mandar uma coruja pro papai.

— Não, se eu lançar um Feitiço da Memória em você - disse Molly, puxando a varinha.

Hugo ficou olhando aborrecido para Escórpio, à mesa da Sonserina. O outro não parava de olhar para Rosa, que estava de costas para os sonserinos.

No sábado, Escórpio estava parado no primeiro patamar, no alto da escada de mármore, esperando Rosa. A garota apareceu, acompanhada por Lílian e Mary, alguns minutos depois. Escórpio sorriu para Rosa. Ele tirou duas rosas do buquê que carregava e deu uma para Lílian e outra para Mary. Elas agradeceram.

— Pra você – disse Escórpio, estendendo um ramalhete de rosas azuis para Rosa.

— Obrigada - disse ela.

— A gente se vê – Mary e Lílian despediram-se e desceram a escadaria.

— Tem uma fadinha na flor do meio - disse Escórpio, enquanto desciam. - Você disse que gosta, né?

— Ah, é linda! – disse Rosa ao ver a fadinha brilhando, olhando para ela, no meio do botão. A fada voou, rodou sobre a cabeça de Rosa, pegou um dos cachos do cabelo dela e depois o soltou, fazendo o vermelho brilhar. – Legal!

Filch, muito magro e velho, estava parado na frente da porta, com sua assistente, Betzaida Briston, uma bruxa gorda com um queixo enorme e cara enfezada. Ele olhou, piscando para Escórpio e Rosa, tentando ver quem eram.

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— Escórpio Malfoy e Rosa Weasley – disse o garoto, alto. Filch olhou o pergaminho com a lista dos alunos que poderiam sair, bem perto do rosto. Betzaida indicou os nomes para ele.

— Ah, tá. Podem ir – disse Filch.

Escórpio estendeu o braço para Rosa, que entrelaçou o braço dela no dele. Eles desceram os degraus de entrada do castelo e o frio os atingiu. O céu estava cinza-pálido. Rosa tirou a varinha do bolso da capa, apontou-a para as flores, disse “Reducto” e as rosas azuis diminuíram. Ela colocou-as no bolso e a fadinha ficou debruçada na abertura como se estivesse em uma janela.

— Escórpio – disse Rosa, enquanto caminhavam pela estradinha para Hogsmeade. Ele olhou para ela. - É verdade o que disse no sábado?

— O que você acha? - perguntou Escórpio e Rosa encarou os olhos azuis dele. Eles sorriram um para o outro.

Evelyn Pucey, uma garota da Sonserina, de cabelos pretos, passou por eles e os olhou com desprezo. Ela e as amigas saíram, cochichando.

— Que você acha de ir à sorveteria? Tá muito frio? – perguntou Escórpio.

— Acho que uma torta gelada de ruibarbo, com calda quente de caramelo, será uma boa – disse Rosa, sorrindo.

— É por isso que eu gosto de você, ruivinha – falou Escórpio, sorrindo também.

Havia uma filial da Florean Fostescue, ao lado do Cabeça de Javali. Geralmente havia várias mesas com sombreiros na calçada, mas com a ameaça constante de chuva, no mês de fevereiro, hoje não havia nenhuma.

Escórpio abriu a porta e deixou Rosa entrar primeiro. Eles sentaram-se e uma moça veio anotar o pedido deles.

— Sabe, eu fiquei com medo de você não aceitar meu convite - disse Escórpio, tirando o gorro e ajeitando o cabelo.

— Por que?

— Porque a gente já brigou tanto e temos nossos pais querendo nos manter longe um do outro.

— Eu sei que estamos cutucando um dragão adormecido - disse Rosa, sorrindo.

— Dois, você quer dizer – disse Escórpio, quando a garçonete trouxe o pedido. – Obrigado - Eles agradeceram e ela saiu.

— Sabe o que reparei? – disse Rosa, depois de comer a primeira garfada de torta. Escórpio olhou para ela. - Você está usando o cabelo arrumado, no último mês.

— Eu prometi que se você ficasse bem e saísse do hospital, quando foi atacada em Dezembro, eu sempre manteria o cabelo arrumado - falou o garoto. - Sei que não gosta dele bagunçado.

Rosa sorriu. - Ficou com medo de que eu morresse?

— Se você morresse - Escórpio inclinou-se na direção dela -, eu morreria também. Seus rostos ficaram bem próximos, mas Rosa viu a porta abrir-se, por cima do ombro de Escórpio.

— Ah, não – ela se escondeu atrás do cardápio.

— Que foi? – perguntou Escórpio, confuso.

— Tio Jorge acabou de entrar – murmurou Rosa. Jorge fez uma linha reta até a mesa deles.

— Olha se não é a Rosa... – disse ele e Rosa abaixou o cardápio – ...com o jovem Malfoy, quase se beijando – Rosa ruborizou. – Já pensou se seus pais pegam vocês aqui?

— Mas... – começou Rosa.

— Coincidência ou não, os dois estão no povoado, se quer saber – disse Jorge. – Vão, o que estão esperando? Eu pago.

— Valeu, tio! – disseram os dois. Rosa pegou a mão de Escórpio e o arrastou para fora da sorveteria. Eles pegaram o caminho de volta a Hogwarts e só pararam de correr no Saguão de Entrada, respirando, ofegantes. O castelo estava quase deserto, então eles subiram a escada de mármore, correndo.

— Aqui – Escórpio puxou a garota para um corredor estreito, onde só havia janelas. Ele encostou-a na parede e eles sorriram um para o outro. – Prefiro seu cabelo liso – Escórpio enrolou um cacho do cabelo de Rosa.

— Victorie inventou um feitiço para criar pontes nos fios e fazê-los ficar... – Escórpio estava inclinado para ela e Rosa fechou os olhos. Seus lábios iam se encontrar...

— IMPEDIMENTA! – Uma rufada de vento passou por Rosa e ela abriu os olhos. Escórpio estava caído a uns dois metros. Ela correu para ele, ajoelhando-se ao lado do garoto.

— Ah, meu Deus, você tá bem?

Rosa olhou para esquerda e viu seu irmão parado mais adiante, com a varinha na mão. Lílian, Alvo e Mary apareceram, correndo. Escórpio levantou-se e sacou a varinha...