Meu Pequeno Anjo

Bônus: Romance, sorvetes e... Babá?


Stuart

Tenho milhares de provas para corrigir, vários planos de aula para fazer e estou aqui deitado olhando para o teto do meu quarto. Hoje é sábado e só queria vê-la outra vez. Desde que nos encontramos por acaso antes do acidente de Izzie, Debbie e eu vínhamos nos falando pelo celular, no início foi por causa do carro, mas eu não resisti a irritá-la nem ela a me responder, então agora nossas mensagens eram a melhor parte do meu dia.

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Se há alguns meses alguém me dissesse que eu estaria conversando como um adolescente apaixonado com uma mulher a qual eu nem beijei ainda eu diria que a pessoa estava louca, que tinha um parafuso a menos ou estava bêbada. Mas cá estava eu, sorrindo como um bobo olhando para o celular relendo a última mensagem que ela havia me mandado. Débora tinha viajado para ajudar em uma investigação em outra cidade e não nos víamos desde o concerto do carro há quase três semanas, mas finalmente ela estava voltando e queria me ver.

Oficial: Ainda está me devendo um sorvete, que tal nos vermos quando eu chegar e você pagar sua divida?

Se isso não era um encontro, eu não sabia o que era. Dez minutos depois ela me pediu para encontrá-la na praça de alimentação do shopping às 14h00m, comi um lanche e desde então eu estava deitado alternando o olhar entre o teto e o relógio do celular que ainda marcava 12h32m, mas não foi meio dia há uma eternidade? Eu morreria de ansiedade antes de sair. E se eu fosse mais cedo e almoçasse a esperando? Mas e se ela quiser comer comigo? E...

O toque do meu celular interrompeu minhas divagações e sorri assim que vi o apelido de duas letras na tela. Iz, como Angie costumava chamá-la, estava me ligando e isso só me deixava ainda mais feliz. A morena já tinha se recuperado completamente e vê-la bem era ótimo, ela tinha completado sete meses ontem e eu não sabia quem estava mais ansioso para conhecer Grace, eu, Connor, Angie, Gwen ou tia Vera. Essa pequena era realmente muito esperada.

- Alô? – atendi depois de um minuto.

- Oi, Stu! Você sabe que eu te amo, né?

- Na verdade não e agora com medo. Quem é você, e o que fez com a minha Iz?

- Ah — a ouvi suspirar. – Saudades da Angie me chamando assim. Na verdade não — ela muda de ideia e acho graça. – Mamãe é mais bonito.

- Concordo.

- Já disse que você é o melhor, Stu? — ela pergunta e sorrio imaginando a bomba que vem por ai.

- Hoje ainda não. E você tem que parar de andar com a Gwen, ela que tem esses papos aleatórios quando quer alguma coisa. O que você quer, Izzie?

- Você sabe que é o tio preferido das meninas, certo?

- Izzie...

- Ok, ok. Você pode cuidar da Angie e da Hannah hoje por meia horinha? Vai ser rápido.

- Sinto muito, tenho compromisso agora, não vai dar.

- Stuart, por favor!

- Tenho compromisso, já disse, fica pra próxima. Você não tem marido, amigas? Por que eu?

- Connor está num coquetel da empresa. Gwen está trabalhando e eu também. Agatha foi pra casa de uma colega, mas não vou pedir a uma criança pra cuidar de outras.

- Mas e o casal meloso, cadê?

- Candy ia ficar com elas, mas ela e o pai estão gripados e Jace vai trabalhar mais tarde e já foi até para o salão de festas que vai acontecer o evento. Só sobrou você. O tio favorito, nunca te pediria isso se tivesse outra pessoa.

- A senhorita está insinuando que não consigo ser babá de duas garotinhas é isso? A última opção?

- Não fui eu quem disse, foi você — ela diz e quase consigo imaginá-la sorrindo do outro lado da linha.

- Izzie...

- Stu... Vai, por favor. Só algumas horas.

- Algumas horas? Não eram minutos? – pergunto sem acreditar. Eu não conseguiria dizer não a Izzie nem se quisesse.

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- Connor só vai terminar o coquetel às 17h00m e eu não saio antes disso. É uma tarde, Stu. Leve elas para ver um filme que já vai metade do tempo. O gatinho vai buscá-las assim que puder. Vem pegá-las aqui na lanchonete.

- Mas eu não disse que eu aceitava.

- Vou ficar esperando, Stu.

- Mas, em...?

- Você é o melhor, não demore. Beijo — ela se despede e desliga e eu encaro o celular sem acreditar. De encontro romântico a babá em menos de quinze minutos, estou indo muito bem.

Suspiro ficando de pé, eu não negaria algo como isso a minha grávida favorita. Será que Debbie aceita adiar o encontro até amanhã? Troco de roupa enquanto penso num jeito de dizer isso a ela. Mensagem? Ligação? Sinal de fumaça? Saio apressado e dirijo até a lanchonete. O lugar está lotado, cheio de famílias e crianças. Vejo as pequenas na mesa do canto sentadas como duas mocinhas, me junto a elas enquanto passo por Gwen que foi servir uma mesa.

- Preparadas para a diversão? – pergunto quando me sento e elas sorriem.

- Sim! – respondem juntas. – Tio Stu, minha mãe falou que eu e a Hannah vamos passear com você, é verdade? – Angie pergunta animada e faço que sim.

- O que acham? Vamos ver um filme?

- Moana! – a loirinha comenta e faço careta, até eu já estou começando a aprender as musicas desse filme.

- Melhor não, alguma outra sugestão? Hannah?

- Bela e a fera!

- Ok, melhor eu escolher – comento e elas fazem bico. – Ou não – suspiro elas comemoram.

- Vejo que já se entenderam – Izzie surge sorrindo com o seu inseparável bloco de anotações nas mãos. Não resisto a tocar em sua barriga.

- Oi, Grace! Adivinha quem é? Isso mesmo seu tio favorito, não escute as histórias da sua mãe, eu sou o favorito.

- Mamãe, o tio Stu é engraçado – Angie comenta e Hannah concorda, olho para Izzie sem acreditar e ela está rindo.

- Você está me devendo muito, muito mesmo. Até um encontro cancelei, mas só fiz isso por que era pra você.

- Desculpe, eu te reembolso, que tal jantar lá em casa amanhã? Almoço também se chegar cedo – ela sorri e tenho vontade de apertá-la.

- Assim eu me apaixono, você fica ai falando essas palavras bonitas envolvendo comida – digo e Izzie me beija o rosto.

- Você é incrível. Connor mais tarde te liga e vai buscá-las. Muito obrigada mesmo e agora eu tenho que voltar ao trabalho. Se comportem, amo vocês! – ela diz às meninas que acenam para ela como se fossem ficar anos longe e não apenas algumas horas.

- Agora eu só vou ligar para uma pessoa e a gente resolve que filme vamos ver, Ok? – pergunto e elas fazem que sim. Coloco a mão no bolso e nada do meu celular. Tento o outro e nada. Será que ficou no carro? – Merda! – praguejo e as meninas me olham. – Desculpe.

Suspiro sem acreditar. Deixei o celular encima da bancada da cozinha quando fui pegar as chaves do carro. Olho para o relógio preso a parede e faltam meia hora para as duas e não sei se vou para casa atrás do celular para ligar para Debbie ou sigo para o shopping e tendo a sorte. Se eu ao menos soubesse o numero dela de cor, tudo seria mais fácil. Eu adiava o encontro e ia ao cinema com as meninas, mas agora eu volto ou vou, não tenho outras opções.

- Mudança de planos, meninas, vamos ao shopping – decido e elas comemoram. Izzie me olha curiosa e dou de ombros enquanto passo por ela com as meninas ao meu lado. Eu vou até lá e explico a Debbie à situação, isso é melhor que ela achar que desisti de vê-la.

Prendo as duas no banco de trás do carro com o cinto e elas estão exultantes. Sorrio ao olhá-las é fácil animar uma criança.

- Tio Stu, a gente vai comer hambúrguer? – Hannah pergunta e penso a respeito enquanto me sento atrás do volante.

- Vocês estão com fome? – elas se olham e depois olham pra mim pelo espelho.

- Não.

- Então o que querem? – pergunto achando graça.

- Sorvete! – Angie diz e sorrio, é claro que ela quer sorvete.

- A gente pode, tio? – Hannah quer saber e suspiro, não conseguiria dizer não a elas nem se quisesse, principalmente quando me chamam de tio me olhando com esses olinhos brilhantes.

- Podem, mas não digam nada para a Izzie e a Gwen, Ok? É segredo.

- bom! – elas concordam e me sinto meio mafioso aliciando menininhas, mas não me importo, é melhor isso que levar bronca da Iz.

Elas vão o caminho todo cantando as musiquinhas de Moana e canto junto por que não sai da cabeça.

- ...Saber quem sou! – elas estão praticamente gritando quando estaciono o carro e sorrio indo tirá-las do bando de trás.

- Antes do sorvete eu tenho que ir falar com uma pessoa, tudo bem? Vai ser rapidinho – aviso e elas reclamam um pouquinho antes de assentirem.

Elas vão saltitando na minha frente e quando um grupo de pessoas passam entre nós nos separando entro em pânico quando não consigo mais vê-las.

- Angie? Hannah? – olho em volta e nada. – Meninas!? – grito, mas elas simplesmente sumiram.

Tem dois minutos que cheguei e consegui perdê-las. Ai meu Deus! Se a Izzie sonhar com isso ela me mata. Começo a andar e chamar por elas, estou suando frio, talvez perto de um ataque do coração. Isso tudo por causa de um celular que não trouxe. Estou olhando em volta como um lunático, mas não vejo nem sinal dos cabelos loiros de Angie ou dos olhos verdes de Hannah. Vamos Stuart pensa, onde elas poderiam ter ido? O que elas queriam?

- O sorvete, claro! – digo em voz alta para ninguém em particular e no instante seguinte estou praticamente correndo em direção a praça de alimentação.

Não preciso procurar muito para vê-las de costas conversando despreocupadamente com alguém.

- Graças a Deus! Vocês quase me mataram do coração! – as repreendo e ambas se viram para me olhar, as pequenas estão sorrindo e não posso acreditar que não estão com nenhum pouquinho de remorso por terem quase me feito enfartar.

- Você chegou tio Stu, a moça bonita ia ajudar eu e a Hannah a procurar você – Angie avisa. – Por que foi embora? – ela pergunta e a braço rindo e não sei nem se é de divertimento ou alívio.

- O senhor tem que ser mais cuidadoso com suas filhas – uma voz familiar avisa e eu nem tinha me dado ao trabalho de agradecer a quem quer que tenha as encontrado.

- Elas não são minhas filhas – aviso ficando de pé e sorrio sem acreditar.

- Você? – Debbie pergunta surpresa e é claro que com minha sorte só poderia ser ela a encontrá-las.

- Oi.

- Oi? – ela meio que responde meio que pergunta. Ainda está me olhando sem acreditar. – Você... Por que as trouxe junto?

- Sabe, essa é uma história engraçada e longa envolvendo minha falta de coragem para dizer não a garotas bonitas.

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- Garotas bonitas? – Debbie pergunta e sorrio. Ela está com ciúmes e só isso já seria o suficiente para me deixar feliz pelo resto do dia.

- Sim, essas aqui – aponto para as pequenas. – A mãe dessa aqui – mostro Angie.

- É, a mamãe é bem bonita, o papai que disse – a loirinha diz e Débora sorri.

- Essas são as sobrinhas de quem falou?

- Essas mesmas, as mulheres da minha vida. Angie e Hannah – apresento as pequenas. – Meninas, essa é a Débora, uma amiga minha.

- Sua namorada, tio Stu? – Angie pergunta animada e a olho sem acreditar.

- Não! Ela não é...

- Mas você olhando pra ela com cara de beijo – a pequena me interrompe e engasgo com a minha saliva, Debbie fica vermelha e nenhum de nós consegue encarar o outro.

- Angie, chega dessa conversa, Ok? Nós já vamos. Eu as trouxe por que aconteceu um imprevisto de última hora e acabei virando babá, espero que não se importe. Nós podemos deixar o sorvete pra amanhã? – finalmente encaro Débora e ela ainda está olhando de mim para Angie enquanto sorri.

- Amanhã? Você disse que ia ter sorvete hoje, tio Stu! – Hannah reclama.

- É foi hoje, agorinha, nada de amanhã não – Angie concorda. – Chama a moça bonita que é sua namorada, tio Stu.

- Angie, ela não é minha namorada e deve ter outros planos, vamos deixá-la passear. Numa próxima vez a gente a convida, Ok?

- Ok – ela responde solene e depois se vira para Debbie. – Moça bonita, quer tomar sorvete comigo, a Hannah e o tio Stu?

- Vai ser um prazer – Debbie sorri e olha diretamente pra mim. – Eu vou adorar.

- Tem certeza? Quer dizer, vamos ter as meninas à tira colo.

- Eu não me importo. Elas são encantadoras e sinceramente estou com medo de você perdê-las outra vez – ela diz rindo e a olho feio, isso só faz Debbie gargalhar ainda mais. – Vamos, meninas?

- Vamos! – elas respondem animadas e eu sei que perdi essa batalha.

- Aqui, me dêem as mãos – digo pegando Hannah e Angie uma de cada lado. – Nada de saírem do meu lado. Estão presas comigo até irmos embora.

- Eu quero fazer xixi, tio Stu – Angie anuncia e a olho sem acreditar.

- Isso só pode ser brincadeira – comento e ouço Debbie gargalhar.

- Eu a levo – ela se oferece depois de se recuperar. – Pode deixar.

Eu suspiro sem acreditar. Essa tarde que tinha tudo para ser romântica e produtiva vai ser é longa, muito longa.

Débora as leva ao banheiro e depois nós seguimos até a sorveteria. Elas pediram e nos sentamos em uma mesa, mesmo que esse não fosse o encontro ideal eu estava me divertindo, e a julgar pelo sorriso dela, Debbie também. Eu estava terminando minha casquinha quando ouvi um toque de celular parecido com o meu, quando o bolso interno da minha jaqueta começou a vibrar eu fiquei sem acreditar.

- É sério isso? – perguntei indignado pegando a parelho e Debbie me olhou sem entender. Sorri da minha falta de noção e olhei a tela, era Izzie.

- Oi, Gatinha – atendo e vejo Debbie prestar atenção à conversa.

- Oi, Stu. Como estão as coisas? Tudo bem? Aconteceu alguma coisa?

- Estamos ótimos, tudo tranquilo – respondo e vejo Débora me olhando curiosa.

- Tem certeza? Vocês foram ao shopping, né?

- Sim estamos aqui é... Passeando.

- Passeando? Você está bem Stuart?

- Ótimo.

- Vou acreditar dessa vez, mas eu te liguei para dizer que estou indo buscá-las. O meu chefe teve piedade de mim e me liberou mais cedo, como diária Gwen, privilégios de estar grávida. Já chego aí, onde estão?

- Na praça de alimentação – me entrego sem pensar e ouço a morena rir do outro lado da linha.

- Elas te convenceram a tomar sorvete, né?

- Talvez – comento e ela ri um pouco mais.

- Por hoje tem problema não, vou chamar um táxi, não demoro.

- Ok – digo e me despeço para logo em seguida desligar.

- Agora eu entendo por que ela é o amor da sua vida – Debbie diz remexendo seu milk-shake com o canudo. – Sua expressão muda quando fala com sua “Gatinha”.

- Está com ciúmes, Oficial? – pergunto e ela arregala os olhos ficando vermelha.

- Não! Eu não... Só... Nós nem temos nada – ela murmura e desvia o olhar.

- E o que acha de termos?

- É o que!? Que tipo de conversa é essa?

- Foi você quem começou.

- Eu nada. Vai lá conversar com o amor da sua vida, vai – ela diz fechando a cara e sorrio. Eu poderia beijá-la agora se me inclinasse para frente. Poderia continuar beijando ela pelo resto da vida se ela assim quisesse. – Stuart! Está me ouvindo?

- Claro, o que disse mesmo? – pergunto e ela ri.

- Que acho que já chega de sorvete para essas duas, ou não? – ela pergunta apontando para Hannah e Angie que ainda estão comendo os enormes sundaes que pediram.

- Elas já estão aqui, melhor deixá-las terminar.

- Você é um péssimo tio e uma babá ainda pior – ela comenta e coloco a mão sobre o peito num claro sinal de ofensa.

- Isso dói, Ok? Ofendeu-me.

- Que bom – ela sorri ficando de pé. – Vou ao banheiro. Querem ir também, meninas?

- A gente ainda não terminou de comer, tia Debbie. Vamos depois – Angie comunica e Débora sorri. Não demorou muito para ela deixar de ser a “moça bonita” para se tornar a “tia Debbie”, e ela aparentemente não se importa.

- Ok então, já volto. Não levantem daí.

- bom! – elas respondem juntas e Debbie se afasta. – Você ouviu né, tio Stu? Não pode sair daqui.

- Ouvi – digo sorrindo. – Ouvi sim.

- Ai estão vocês! – a voz de Izzie me chega aos ouvidos antes de eu vê-la. Viro-me e ela está sorrindo e vindo em nossa direção.

- Mamãe! – Angie é a primeira a vê-la. Ela corre até a morena e Hannah faz mesmo. Elas se abraçam no meio da praça de alimentação e logo depois ela consegue chegar até mim. Levanto-me e a abraço também.

- Oi, Gatinha.

- Oi, Stu. Parece que deu tudo certo. Obriga mesmo por isso – ela se estica e me beija o rosto.

- Vejo que você arrumou companhia, melhor eu ir por hoje então – Debbie anuncia depois de voltar nos olhando com desconfiança. Sorrio a pegando pela mão e a puxo para perto, ela parece surpresa, mas não se afasta, apenas sorri parando ao meu lado.

- Nada disso. Izzie, essa é a Débora, a oficial que tentou me prender todas as vezes que nos encontramos. Debbie, essa é a Gatinha de quem tanto falo, ela é mãe da Angie e da Grace que ainda está aqui no forno – aponto para a barriga inchada dela e aproveito para tocá-la. – Oi, mini gatinha.

- Essa é a policial do dia do restaurante? – Izzie pergunta divertida e faço que sim. – Era com ela o encontro? – assinto sorrindo e vejo Debbie corar. – Desculpa, se eu soubesse não tinha atrapalhado, vai que dessa vez o Stu desencalha, né? Melhor não atrapalhar.

- Como é? – pergunto sem acreditar e Izzie sorri abraçando Debbie.

- Desculpa a falta de noção do Stu e não desiste dele. Ele é um cara legal.

- Eu sei – Debbie sorri para a morena sem me olhar e quero muito mesmo beijá-la.

- Bem, foi um prazer, Debbie, mas agora eu vou indo já atrapalhei de mais. Stu leve ela para comer lá em casa amanhã! E você, Debbie, boa sorte com ele! – ela deseja como se eu tivesse cinco anos de idade e reviro os olhos. Ganho beijos melados de sorvete das meninas e muitos acenos antes delas se afastarem rindo.

- É bem fácil gostar dela, Izzie é um amor. Fico feliz dela estar bem – Debbie sorri e faço que sim.

- Ela e o noivo, meu amigo Connor, merecem tudo de bom. Mas achega de falar deles. O que a gente faz agora? – pergunto puxando-a para mais perto pelas nossas mãos que ainda estão entrelaçadas.

Debbie parece surpresa, mas não se afasta. Estamos de pé no meio da praça de alimentação e consigo sentir sua respiração acelerada.

- Me diga você – ela sussurra pra mim e não me importo com mais nada, não sei quem é o primeiro a se mover, só sei que no instante seguinte tenho seus lábios doces sobre os meus.

A puxo para mais perto e Debbie se cola a mim, esse é de longe o melhor beijo da minha vida, quero continuar assim pelo resto da vida, sentindo seu calor e seu cheiro. Nós nos separamos ofegantes e ela está sorrindo.

- Qual a graça? – pergunto tentando me recuperar e Debbie me beija os lábios rapidamente antes de responder.

- Você se lembra que a gente está no meio da praça de alimentação do shopping, né?

- Infelizmente, mas sempre podemos ir para outro lugar – comento e ela me olha sem parecer acreditar.

- Você não vai me levara para a cama no primeiro encontro, Stuart!

- Eu estava falando de uma cafeteria ou um parque – comento. - Você foi longe em, Oficial? – a provoco e ela cora e arregala os olhos.

- Idiota! - Debbie dá meia volta e sai pisando duro por entre as pessoas.

- Hei, Oficial! Volta aqui! Eu estava brincando – a sigo, mas ela não para, nem se vira. Só continua andando.

A alcanço perto da saída, a enlaço pela cintura e a faço se virar para me encarar, seu rosto está vermelho e seu olhar é homicida, me atrevo a sorrir.

- Desculpa a brincadeira, se eu te beijar me perdoa? – pergunto e ela finge pensar.

- Isso depende, você vai continuar me irritando assim?

- Provavelmente – dou de ombros e é a vez dela sorrir.

- Então acho que isso pode dar certo.

- Eu te irrito, você fica brava ai eu te beijo e me perdoa, é o melhor plano, não concorda?

- Plenamente – ela sorri antes de me puxar para outro beijo de deixar as pernas bandas e o coração acelerado.

É talvez eu não termine criando gatos afinal de contas.