A inquisição tinha se desmanchado para não se ter uma provável corrupção, não se tornar vulnerável a ataques da própria organização enquanto Thedas inteira poderia precisar dela. Precisavam agir até mesmo nas sombras, por isso preferiu as recomendações dos que fizeram muito mais por Thedas do que ela, pedindo aos três elfos ajuda, quase como um favor.

E aquele pedido incomum da inquisidora deixou os três elfos confusos. Zevran tinha um brilho estranho no olhar, Fenris com o cenho franzido parecia até mesmo descrente com o pedido e Sera... Bem, Sera sorria de forma marota, como se estivesse tramando algo, mas parando pra pensar, em que momento Sera não estava tramando algo?

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Apenas uma missão, mas o que valia era a intensão na maioria das vezes, não é mesmo? Era isso que a inquisidora Trevelyan pensava ao ver os três elfos na sua frente com o elfo mais procurado pela antiga e poderosa Inquisição de Thedas, esse amarrado e de forma bem firme.

Ela achava que seria inútil, afinal, Solas ou Fen’harel, era um mago. Antigo e poderoso, mas acima de tudo, perigoso, já tinha conquistado a confiança de todos antes e sendo até mesmo parte da inquisição, mas uma fachada apenas.

“Eu apenas pedi que conseguissem alguma informação ou o paradeiro do Dread Wolf...” A inquisidora falou um pouco receosa.

Como os três elfos tinham chegado naquele ponto? Simples e resumido em um nome. Sera.

Claro, quando a inquisidora preferiu a ajuda deles do que a dos espiões da Divina e espiã mestre, Leliana, sabia da capacitação de cada um do que foi dito pelo Herói de Ferelden, pelo Campeão de Kirkwall e por ela mesma, aqueles elfos eram os melhores e acompanharam os melhores. Ou foi assim que Trevelyan pensou.

... Uma semanas antes.

Das florestas da Planície Exaltadas, Fenris olhava de um lado para outro do acampamento onde estavam, resmungando quando a jovem Sera falava um palavrão aleatório e que queria estar com a sua amada Trevelyan.

Bem, Fenris também sentia saudades do seu querido Hawke, mas não estava de bobeira com uma missão, ainda mais importante.

Eles tinham de tomar cuidado com os elfos apostatas ou templários corrompidos, até mesmo o próprio Fenris temia que o lirium vermelho crescesse em sua pele, que essa lhe fizesse perder a noção de si, de esquecer quem ele era. Já foi torturante esquecer quem ele era e ter as marcas da escravidão marcadas na pele por magia e feito por um mago de Tevinter.

Alguns galhos se quebraram e um halla surgiu, um dourado e curioso, mas não intimidado por Fenris, o que era estranho e peculiar para um halla. Brandiu a enorme espada antes guardada nas suas costas e mesmo assim o halla o encarou sem temor algum.

“É por isso que ninguém gosta de você, querido Fenris” O elfo de madeixas loiras falou, pendurado em galho alto de uma árvore e mesmo assim, o halla encarava Fenris “Não perdoa ninguém não? Imaginei, seu amado deve ser o oposto de você pra mesmo assim lhe aceitar” Comentou, descendo e caindo com destreza, andando ao lado de Fenris.

“Você é a pessoa mais desagradável que tive de conhecer...” Resmungou e Zevran apenas deu uma risada do desconforto de Fenris, mas claro que a atenção dele virou-se para o halla dourado.

“Quem diria, temos companhia” Sorriu de forma sombria para o ser ali, desembainhando as duas adagas e colocando a tão famigerada máscara que usava me suas ações furtivas.

“Um informante?” Perguntou e Zevran negou.

“Metamorfo...” Falou simplesmente e Fenris arregalou o olhar, a mão no punho de sua espada ainda mais firme.

Zevran sabia daquela informação por já ter sido companheiro de equipe da famosa Morrigan, a vendo se transformar em aranhas gigantes até mesmo em um dragão, mas ali? Um halla era algo mais... Élfico?

Mas então o halla simplesmente deu a costa para os dois, caminhando pelo mesmo caminho da qual veio. Os dois ficaram apenas observando a criatura sumir para olharem um para o outro, concordando com a cabeça e seguindo o halla.

A consequência de saírem assim foi deixar Sera para trás e sem avisa-la, o que podia trazer raiava para a mesma e perder um pouco de ação, mas não havia uma ação, era apenas uma suspeita de algo errado e eles iriam dar uma olhada.

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Eles não demoraram tanto pra andar e encontrar vestígios de adorações e representação de poucos dos deuses élficos, o que assombrava o lugar. Ruínas assim sempre atraiam espíritos ou magos, a junção de ambos foi uma experiência o suficiente para Fenris em Kirkwal.

Seus passos ecoavam ali, sua presença claramente não seria bem vinda, mas do que importava?

De portões já abertos, eles seguiram o rastro do halla deixado, entrando em uma sala diferente e com um espelho peculiar, que não refletia, mas tinha magia. Andando até o espelho, uma figura masculina encapuzada e ambos em passos leves se aproximaram mais, já armados.

“Ei!” Fenris gritou, chamando a atenção da pessoa e vendo o rosto, como também por pouco as orelhas pontudas.

Fen'harel. Não, aquele homem era o antigo companheiro de equipe da inquisidora, Solas. Estavam armados, lutar contra um mago era algo complicado, um Deus antigo? Um desafio.

“Creio que estão aqui para me impedir, não?” A voz serena dele proferiu.

As intenções dele pelo que a inquisidora falou eram para uma causa pelo bem dos elfos, mas a que custo? Ele estava tão tranquilo pelo que causou.

“Pode apostar que sim” Zevran sorriu com malicia e o costumeiro brilho no olhar “Ainda mais, melhor fazer algo e morrer tentando”

“Você não tem nenhum direito de decidir o que acontece com este mundo, Fen'harel! Isso acaba ago–”

“SOLAS!”

Passos apressados ecoaram e uma elfa afastou os dois, quase os derrubando e com a face vermelha de fúria.

“Escute aqui seu pedaço de merdinha do caralho, seu filho de uma puta descarado! Como você tem coragem de estar aqui, cabeça pelada da bunda de um nug? Porra! Eu devia ter arrancado seu pint–”

E os dois elfos seguraram Sera, contendo ela e o caos que ela poderia causar, tendo o medo e o espanto tanto da boca suja dela como do cenho franzido de Solas.

“O que você pensa que está fazendo?” Zevran rosnou, segurando também uma poção que Sera tinha nas mãos e costumava usar em efeitos de suas flechas, da boca da poção poucas gotas caindo na perna dela.

“Caralho, ele precisa ouvir boas e poucas!” Falou, ainda alterada.

“Sera, nã– não o provoque muito...!” Fenris sussurrou para ela, claramente alarmado.

E Solas ainda os olhava confuso, a descrença total. Cabeça da bunda de nug.

“Creio que você está aqui para me parar também, não?” Perguntou, o cenho franzido em descrença.

Solas conhecia bem Sera e o mesmo dela com ele, algo que os irritavam era as diferenças e indiferenças um do outro.

“Claro que sim, porra!”

O que se seguiu foi tão rápido que quando os três notaram, Solas estava no chão, desmaiado. As gotas da poção que caíram na perna da Sera escorreram para os pés, surtindo efeito bem na hora em que ela deu um chute no ar, um chute que deveria ter acertado o ar, mas acertou Solas.

Agora eles tinham um deus antigo desmaiado no chão. Os três estavam congelados pelo susto.

“Puta merda...” Zevran sussurrou e Sera conteve uma risada.

... Tempo presente.

Solas estava desmaiado no chão e os três elfos que o prenderam pareciam confiantes de que ele nem iria acordar ou explodir algo. Sera mostrava a língua e o dedo do meio para Solas, Zevran apenas fazia uma pose de vitória, já Fenris tinha a face exausta.

“Como no mundo vocês...?” Sussurrou, a mão na testa e não sabendo se ria ou chorava em lamento.

“Acredite em mim, inquisidora, você não vai querer saber...” Resmungou.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.